domingo, 19 de janeiro de 2025
PROSSIGA QUE A VITÓRIA É CERTA.
Texto Bíblico: Is 43.2 Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.
1 - CREIA QUE DEUS É CONTIGO NAS TRIBULAÇÕES
* Confie teu problema ao Senhor que a vitória vem – Sl 37.5 Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará.
* Aprenda a esperar que Deus que vai te fortalecer - Sl 27.14 Espera no Senhor, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no Senhor.
* Tenha paciência faça tua parte que Deus faz a Dele - Hb 10.36 Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa.
2 - CREIA QUE DEUS É CONTIGO NAS DIFICULDADES
* Saiba que Deus nunca te negará ajuda - Hb 4.16 Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.
* Saiba que Deus sempre age na hora certa – Is 59.1 Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir.
* Saiba que Deus te sustentará nos fracassos – Sl 145.14 O Senhor sustenta a todos os que caem, e levanta a todos os abatidos.
3 - CREIA QUE DEUS É CONTIGO NAS PERSEGUIÇÕES
* Ele nos protege quando tentam nos destruir - Sl 91.7 Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti.
* Ele nos defende diante de qualquer ameaça - Sl 27.3 Ainda que um exército me cercasse, o meu coração não temeria; ainda que a guerra se levantasse contra mim, nisto confiaria.
* Ele nos sustenta quando procuram nos abalar - Sl 125.1 Os que confiam no SENHOR serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.
Elaborado pelo Pastor Adilson Guilhermel
quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
POR QUE DEVEMOS PERDOAR?
1. Porque faz parte da natureza do povo de
Deus perdoar – Cl 3:13
Ser cristão é ter uma nova natureza, uma nova
mente, um novo coração, uma nova vida. Quem não perdoa é porque
ainda não pertence a família de Deus.
Ainda não chegamos ao céu. Aqui temos falhamos
uns com os outros e precisamos exercitar perdão.
3. Porque temos sido muito perdoados –
Cl 3:13
A igreja é a comunidade dos perdoados. Como Deus
nos perdoou: Completamente (de tudo), eternamente (para sempre). Deus
apagou, afastou, desfez, esqueceu, sepultou do fundo do mar os nossos
pecados.
Jesus ilustrou esse perdão na parábola do credor
incompassivo. Comparar os 10.000 talentos com 100 denários.
4. Porque a recusa de perdoar traz sérios
prejuízos
4.1. Quem não perdoa não pode orar – Mc 11:25;
1 Pe 3:7
4.2. Quem não perdoa não pode adorar – Mt
5:23-24
4.3. Quem não perdoa não pode ser perdoado –
Mt 6:12
4.4. Quem não perdoa adoece – Tg 5:16
4.5. Quem não perdoa é flagelado pelos verdugos
– Mt 18:34; 2 Co 2:10
II. A TERAPIA DO PERDÃO
1. Há pessoas doentes emocionalmente
porque nunca se perdoaram – Fp 3:13
A mulher que viveu 60 anos do cativeiro.
Paulo teve suas memórias curadas.
Doralice – a jovem que tomou soda cáustica
2. Há pessoas doentes porque vivem
cativas da mágoa –
A enfermeira de Patrocínio
No dia 7 de dezembro de 1941 Mitsuo Fuchida
comandou o ataque à frota americana no Porto Pearl Harbour. Jack de
Shaze se dispôs a vingar. Foi preso em Tóquio. Torturado.
Converteu-se. Voltou aos Estados Unidos. Preparou-se e voltou para o
Japão como missionário. Encontrou Fuchida e o evangelizou. Ambos
pregaram em praça pública no Japão. O poder do perdão que
reconcilia.
III. OS PRINCÍPIOS DO PERDÃO
1. Cautela – Lc 17:3
Precisamos ter cautela para não sermos injustos e
esmagarmos a cana quebrada.
A mulher adúltera foi apanhada pelos fariseus
como um objeto, mas foi tratada por Jesus como uma pessoa que merecia
seu amor.
Jesus restaurou Pedro não condenando-o ou
expondo-o ao ridículo, mas perguntando-o: tu me amas?
2. Confrontação – Lc 17:3
O tempo não é um santo remédio para curar as
feridas – Os irmãos de José depois de 22 anos ainda estavam
atormentados pelo pecado cometido.
O silêncio não é a voz do perdão – Davi
adulterou, tramou, matou, mentiu e silenciou o seu pecado, mas o
silêncio o adoeceu. Enquanto não confessou não foi liberto.
Sepultar um problema vivo não ajuda. Não adianta tentar afastar a
culpa. É preciso arrancar o problema pela raiz. Paulo alertou para o
perigo de deixar o sol se pôr sobre a ira.
O confronto precisa ser feito com atitude de amor
– A palavra “repreende” é chamar ao lado para consolar.
Gálatas 6:1 mostra como devemos confrontar uns aos outros.
3. Arrependimento – Lc 17:3
A mesma língua que feriu, deve passar o bálsamo
de Gileade. O arrependimento é mudança de mente, de emoção e de
atitude.
4. Perdão – Lc 17:3
Perdoar é esquecer e esquecer não é amnésia,
mas não cobrar mais a dívida do outro. É não lançar mais no
rosto do outro o que se perdoou.
Perdoar é ficar livre e deixar o outro livre –
Exemplo: Corrie Ten Boon.
IV. OS CARACTERES DO PERDÃO
1. O perdão deve ser ilimitado – Lc
17:4
O perdão de Deus é nosso limite. Ele é obra da
graça de Deus em nós. Pedro certa feita ficou intrigado não sobre
a necessidade do perdão, mas sobre o limite do perdão. E Jesus
mostrou que o perdão deve ser ilimitado, como o perdão que
recebemos de Deus (Mt 18:21).
O perdão de Deus é o nosso referencial –
“Perdoa-nos as nossas dívidas assim como perdoamos os nossos
devedores” (Mt 6:12). O profeta Oséias demonstrou o amor e o
perdão de Deus ao povo de Israel perdoando sua esposa Gômer.
2. O perdão é restaurador – Lc 17:4
O perdão às vezes é unilateral – A pessoa
quer o nosso perdão. Então, nós tiramos a farpa da mágoa do nosso
coração e não nos deixamos azedar.
O perdão restaura os laços quebrados – O
perdão não apenas zera as contas do passado, mas restaura
plenamente o relacionamento no presente – Exemplo: O filho pródigo
foi restaurado pelo pai.
3. O perdão é transcendente – Lc 17:5
Só o Senhor pode nos capacitar a perdoar – Só
Jesus pode curar o nosso coração da mágoa.
Precisamos pedir a Jesus que aumente a nossa fé –
Uma pessoa que tem uma fé trôpega não consegue perdoar. A fé vem
pelo ouvir a Palavra.
Todos nós estamos aquém do padrão de Deus –
“Senhor, aumenta-nos a fé”.
V. O PROCESSO DO PERDÃO
1. Rejeite idéias de desforra – Rm
12:17,21
Jesus não revidou ultraje com ultraje (I Pe
2:21-23; Is 53:7).
José do Egito – Gn 50:20
2. Tome a iniciativa para a solução do
problema
Não importa se você é o ofensor ou o ofendido,
cabe-lhe a iniciativa de desencadear o processo da cura pelo perdão
(Mt 5:23-24).
A experiência de Jonathan Gofforth em Xangai e o
avivemento chinês.
3. Evite as desculpas e racionalizações
a) Ninguém é perfeito, errar é humano – É
justamente porque somos imperfeitos é que precisamos pedir perdão.
b) A ofensa foi tão pequena – Os grandes
problemas conjugais são formados de pequenos problemas não
resolvidos. São as rapozinhas que devastam a vinha.
c) Aconteceu há tanto tempo – O tempo não cura
memórias amargas – Esaú e Jacó – depois de 20 anos a
consciência de Jacó ainda estava pesada.
d) A outra pessoa estava mais errada do que eu –
O perdão concentra-se no nosso erro e não no erro do outro.
e) Eu estava errado, mas você também estava –
O mais provável é que vez de curar a relação, ela fique ainda
mais ferida.
f) A pessoa não vai me entender – Vai sim, se
você for com a atitude correta e com as palavras certas. A palavra
branda desvia o furor.
g) Envolve dinheiro que eu não tenho – Perdão
envolve restituição (Zaqueu).
h) A pessoa envolvida já mudou – Telefone,
escreva, visite.
i) Vou deixar para depois – A procrastinação
adoece ainda mais a relação.
j) Nunca mais farei isto: basta a minha disposição
– Isso é meio arrependimento: O que encobre as suas transgressões
jamais prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará
misericórdia.
4. Formas erradas de pedir perdão
a) Desculpe-me qualquer coisa – Na prática esta
expressão significa: “Não estou vendo nenhum problema, mas como
você é uma pessoa cismada e rancorosa, resolvi perdão do que não
fiz”.
b) Desculpe-me, foi sem querer – Se foi sem
querer não carece de perdão, a menos que a outra pessoa tenha
ficado magoada.
c) Eu estava errado, mas você também estava –
A ideia básica de pedir perdão é um ato de contrição e
arrependimento. Essa atitude reacende as paixões.
d) Se eu estava errado, desculpe-me – Essa
atitude não tem convicção de pecado. Ela representa: “Eu sei que
não estou errado. A dúvida é sua, não minha.”
CONCLUSÃO
1. Não envolva outras pessoas – Não transforme
em fofoca aquilo que poderia ser um exercício de privacidade e
perdão. Não jogue uma pessoa contra a outra. Espalhar contendas
entre os irmãos é o pecado que Deus mais abomina.
2. Seja breve, claro. Não se justifique – Vá
direto ao assunto. O filho pródigo ensaiou o seu pedido de perdão.
3. Não seja esnobe – Seja humilde. Não exalte
suas virtudes.
4. Não exija justiça, exerça misericórdia –
Perdão é um ato de graça. Sofra o dano. Estêvão orou: “Senhor
Jesus, não lhes imputes este pecado”.
Oito Maneiras de Satanás Te Impedir de Adorar
Satanás quer te impedir de adorar Àquele que ele odeia. Ele quer afastá-lo de fazer a coisa certa, quer seja passar tempo a sós com o Senhor nas Escrituras e na oração, assistir e participar dos cultos públicos ou qualquer outra coisa que vai atraí-lo para mais perto do Senhor. Aqui, cortesia de Thomas Brooks, estão oito maneiras que Satanás usará para afastá-lo da adoração.
Eu o encorajaria a usar a lista da seguinte forma. Pense nas vezes em que você decide ficar na cama em vez de levantar-se para ler a Bíblia; pense nas vezes que você desmarcou o culto familiar sem uma boa razão; pense nas vezes que você ficou em casa ao invés de ir para a igreja adorar. Pense nessas coisas, e veja qual dessas tentações é a que Satanás mostra a você.
1) Ele faz o mundo parecer bonito, atraente e desejável. Muitas pessoas professam a Cristo e o veem como desejável por um tempo. Por um tempo, gostam de adoração individual e pública, e fazem tudo com entusiasmo. Mas em pouco tempo, Satanás apresenta-lhes as coisas do mundo e faz com que pareçam mais bonitas e desejáveis que Cristo, e muitas almas são afastadas. “Onde mil são destruídos pelas adversidades do mundo, dez mil são destruídos pelos sorrisos do mundo”.
Eu o encorajaria a usar a lista da seguinte forma. Pense nas vezes em que você decide ficar na cama em vez de levantar-se para ler a Bíblia; pense nas vezes que você desmarcou o culto familiar sem uma boa razão; pense nas vezes que você ficou em casa ao invés de ir para a igreja adorar. Pense nessas coisas, e veja qual dessas tentações é a que Satanás mostra a você.
1) Ele faz o mundo parecer bonito, atraente e desejável. Muitas pessoas professam a Cristo e o veem como desejável por um tempo. Por um tempo, gostam de adoração individual e pública, e fazem tudo com entusiasmo. Mas em pouco tempo, Satanás apresenta-lhes as coisas do mundo e faz com que pareçam mais bonitas e desejáveis que Cristo, e muitas almas são afastadas. “Onde mil são destruídos pelas adversidades do mundo, dez mil são destruídos pelos sorrisos do mundo”.
2) Ele o faz consciente do fato de que aqueles que adoram o Senhor muitas vezes enfrentarão perigos, perdas e sofrimento. Há muitos homens que obedeceriam ao Senhor e o adorariam, não fosse por temerem as consequências. Satanás gosta de apresentar o alto custo da obediência. Este foi o caso de muitos nos dias de Jesus: “Contudo, muitos dentre as próprias autoridades creram nele, mas, por causa dos fariseus, não o confessavam, para não serem expulsos da sinagoga” (João 12. 42).
3) Ele te faz ciente da dificuldade de adorar corretamente. Satanás irá sussurrar: “É difícil orar corretamente, é difícil passar tempo com o Senhor e perseverar até que ele fale com você através de sua Palavra, não vale a pena o esforço de ir à igreja e ser acolhedor e simpático e se envolver com outros cristãos”. Tudo o que Deus lhe disser para fazer, Satanás apresentará como um grande fardo ou como algo que você faz mal, e desta forma irá afastá-lo.
4) Ele te leva a entender erroneamente as implicações do evangelho. Cristo fez tudo por você e deu tudo que você precisa em sua morte e ressurreição. Não há nada para você fazer, apenas se alegrar em Cristo e servi-lo pela alegria da salvação. Mas Satanás vai levar você a fazer inferências erradas do que Cristo fez, incentivando, por exemplo, a acreditar que Cristo libertou-o da necessidade ou do desejo de passar tempo com ele ou de se reunir com outros cristãos. Ele permitirá que você veja o evangelho, mas vai fazer todo o possível para que você entenda tudo errado.
5) Ele mostra como muitos daqueles que seguem a Cristo com obediência são pobres e desprezados. Satanás vai garantir que você veja que aqueles que estão mais interessados na adoração a Deus são os mais pobres e mais desprezados de todos. Você pode ver ecos de João 7 nisso: “Replicaram-lhes, pois, os fariseus: Será que também vós fostes enganados? Porventura, creu nele alguém dentre as autoridades ou algum dos fariseus? Quanto a esta plebe que nada sabe da lei, é maldita”.
4) Ele te leva a entender erroneamente as implicações do evangelho. Cristo fez tudo por você e deu tudo que você precisa em sua morte e ressurreição. Não há nada para você fazer, apenas se alegrar em Cristo e servi-lo pela alegria da salvação. Mas Satanás vai levar você a fazer inferências erradas do que Cristo fez, incentivando, por exemplo, a acreditar que Cristo libertou-o da necessidade ou do desejo de passar tempo com ele ou de se reunir com outros cristãos. Ele permitirá que você veja o evangelho, mas vai fazer todo o possível para que você entenda tudo errado.
5) Ele mostra como muitos daqueles que seguem a Cristo com obediência são pobres e desprezados. Satanás vai garantir que você veja que aqueles que estão mais interessados na adoração a Deus são os mais pobres e mais desprezados de todos. Você pode ver ecos de João 7 nisso: “Replicaram-lhes, pois, os fariseus: Será que também vós fostes enganados? Porventura, creu nele alguém dentre as autoridades ou algum dos fariseus? Quanto a esta plebe que nada sabe da lei, é maldita”.
6) Ele mostra que a maioria das pessoas no mundo, juntamente com os grandes e poderosos do mundo, não adorarão o Senhor. Satanás vai perguntar: “Você não vê que o grande, o rico, o senhor, a elite intelectual, o sábio, o mais honrado e a enorme maioria das pessoas não se preocupam com a adoração ao Senhor? Seria muito melhor se você fosse como eles. Afinal, por que você acha que você, de todas as pessoas, entendeu corretamente?” Para ter sucesso aqui, ele vai intencionalmente chamar a sua atenção para longe de Êxodo 23.2 e muitas passagens semelhantes: “Não seguirás a multidão para fazeres mal; nem deporás, numa demanda, inclinando-te para a maioria, para torcer o direito”.
7) Ele enche sua mente com pensamentos sem importância e o distrai enquanto você está tentando adorar. Ele aflige-o com tanta distração e futilidade que você está tentado a dizer: “Eu não tenho vontade de ouvir o Senhor em sua Palavra, nenhuma vontade de falar com ele em oração e nenhuma vontade de passar mais tempo com outros cristãos nos cultos”. Ele minimiza qualquer ideia de adoração pelo simples peso das preocupações menores.
8) Ele o encoraja a ter conforto em exercícios passadas de seus deveres religiosos e, dessa forma, o convence a parar de tentar. Ele te lembra que, no passado, você leu muito e orou muito e passou muito tempo em adoração. E, tendo-lhe lembrado, ele o convence que você ganhou o direito de se acomodar por um tempo. “Você já sabe disso. Você já fez isso. Você já orou por isso. Você já esteve em melhores cultos que esse”. E no meio de tudo isso, ele o inclina a tirar férias de adorar.
Créditos
| Autor: Tim Challies | | Tradutor: Josie Lima |
Ansiedade, uma ameaça à nossa vida
1. Você é uma pessoa ansiosa? A ansiedade tem tomado conta da sua vida nos últimos dias? Você é daquilo tipo de gente, que vive roendo as unhas? Antecipando os problemas? Os problemas ainda estão longe e você pensa que eles estão batendo à sua porta? Sofrendo antes dos problemas e até criando problemas? Você sofre pensando no que vai comer, no que vai vestir? Onde vai morar? Onde vai trabalhar? Onde seu filho vai estudar? Como vai ser sua aposentadoria? E se você ficar doente? E se alguém da sua família morrer?
2. A ansiedade é o mal deste século. Atinge a homens e mulheres, jovens e velhos, doutores e analfabetos, religiosos e ateus. As pessoas andam com os nervos à flor da pele. São como um vulcão prestes e entrar em erupção. São como um barril de pólvora prontas para explodir.
3. Há várias causas de ansiedade:
a. Ameaça – Tem muita gente ansiosa pela ameaça de uma doença. Ficam ansiosas só em pensar em ficar doentes. Outras têm medo de morrer. Ficam perturbadas só em pensar em morrer. Um amigo meu chorava muito e eu lhe perguntei: Por que você está chorando? Eu tenho medo de perder minha mãe? Ela está doente? Não, mas eu choro só em pensar que um dia ela vai morrer. Outras sentem-se ameaçadas pelo medo da solidão. Outras sentem-se inseguras de perder o emprego.
b. Medo – O medo é mais do que um sentimento, é um espírito (2 Tm 1:7). Medo de não casar, medo casar e medo de divorciar; medo da vida e medo da morte; medo da solidão e medo da multidão; medo do hoje e medo do amanhã; medo do conhecido e medo do desconhecido.
4. Há vários efeitos da ansiedade:
a. Reações Físicas – Mais de 50% das doenças são psicossomáticas. As pessoas estão buscando uma paz química. Vivemos o hoje o império do calmantes. As pessoas dormem um sono artificial. A Bíblia diz que “o ânimo sereno é a vida do corpo” (Pv 14:30).
b. Reações Espirituais – A ansiedade nos afasta de Deus. Onde começa a ansiedade termina a fé. A ansiedade é o útero onde é gestada a incredulidade.
I. O QUE NÃO É ANSIEDADE?
1. Não é desprezar as necessidades do corpo – Jesus nos ensinou a orar: “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje”. Mas, o mundo está adotando um conceito reducionista, degrando o homem ao nível dos animais. Parece que o bem estar físico é o único objetivo da vida.
2. Não é proibir a previdência quanto ao futuro – A Bíblia aprova o trabalho previdente da formiga. Também os passarinhos fazem provisão para o futuro, construíndo ninhos e alimetando os filhotes. Muitos migram para climas mais quentes antes do inverno. O que Jesus proíbe não é a previdência, mas a preocupação ansiosa. O apóstolo Paulo aconselha: “Não andeis ansiosos de coisa alguma…” (Fp 4:6-7). O apóstolo Pedro exorta: “Lançai sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (1 Pe 5:7).
3. Não é estar isento de ganhar a própria vida – Não podemos esperar o sustento de Deus assentados, de braços cruzados, dizendo preguiçosamente MEU PAI CELESTE PROVERÁ. Temos de trabalhar. Cristo usou o exemplo das aves e das plantas: ambos trabalham. Os pássaros buscam o alimento que Deus proveu na natureza. As plantas extraem do solo e do sol o seu sustento.
4. Não é estar isento de dificuldades – Estar livre de ansiedade e estar livre de dificuldades não é a mesma coisa. Embora Deus vista a erva do campo, não impede que ela seja cortada e queimada. Embora Deus nos alimente, ele não nos isenta de aflições e apertos, inclusive financeiros.
II. O QUE É ANSIEDADE?
1. A ansiedade é destrutiva –
A palavra ansiedade (v. 22) significa RASGAR. A palavra inquietação (v. 29) signica CONSTANTE SUSPENSE. Essas duas palavras eram usadas para descrever um navio surrado pelos ventos fortes e pelas ondas encapeladas de uma tempestade. A palavra ansiedade vem de uma velha palavra anglo-saxônica que significa ESTRANGULAR. Ela puxa em direção oposta. Gera uma esquizofrenia existencial. Corrie Ten Boon disse que a ansiedade não esvazia o amanhã do seu sofrimento, ela esvazia o hoje do seu poder.
Ansiedade é ser crucificado entre dois ladrões: 1) O ladrão do remorço em relação ao passado e 2) O ladrão da preocupação em relação ao futuro – O apóstolo Paulo venceu esses dois ladrões da alegria: “Esquecendo-me das coisa que para trás ficaram….Não andeis ansiosos de coisa alguma…”.
2. A ansiedade é enganadora –
A ansidade tem o poder de criar um problema que não existe – Muitas vezes sofremos não por um problema real, mas um problema fictício, gerado pela nossa própria mente perturbada. Os discípulos olharam para Jesus andando sobre as águas, vindo para socorrê-los e cheios de medo pensaram que ele era um fantasma.
A ansiedade tem o poder de aumentar os problemas e diminuir nossa capacidade de resolvê-los – Uma pessoa ansiosa olha para uma casa de cupim e pensa que está diante de uma montanha intransponível. As pessoas ansiosos são como os espias de Israel, só enxergam gigantes de dificuldades à sua frente e vêem a si mesmos como gafanhotos. Davi e os soldados de Saul. Todos vêem o gigante, Davi olha a vitória. Geazi olhou os inimigos e ficou com medo, Eliseu olhou com outros olhos.
A ansiedade tem o poder de tirar os nossos olhos de Deus e colocá-los nas circunstâncias – A ansiedade é um ato de incredulidade, de falta de confiança em Deus. Onde começa a ansiedade termina a fé.
A ansiedade tem o poder de tirar os nossos olhos da eternidade e colocá-los apenas nas coisas temporais – Uma pessoa ansiosa restringe a vida apenas ao corpo e às necessidades físicas. Jesus disse que aqueles que fazem provisão apenas para o corpo e não para a alma são loucos. John Rockefeller disse que o homem mais pobre é aquele que só tem dinheiro.
3. A ansiedade é inútil – v. 25
Côvado aqui não se refere a estatura (45 cm), mas prolongar a vida, dilatar a vida. A preocupação, segundo Jesus, ao invés de alongar a vida, pode muito bem encurtá-la. A ansiedade nos mata pouco a pouco. Ela rouba nossas forças, mata nossos sonhos, mina a nossa saúde, enfraquece a nossa fé, tira a nossa confiança em Deus e nos empurra para uma vida menos do que cristã.
Os hospitais e as sepultas estão cheios de pessoas ansiosas. A ansiedade mata! O sentido da palavra ansiedade é estrangular, é puxar em direções opostas. Quando estamos ansiosos teimamos em tomar as rédeas da nossa vida e tirá-las das mãos de Deus.
A ansiedade nos leva a perder a alegria do hoje por causa do medo do amanhã. As pessoas se preocupam com exames, emprego, casas, saúde, namoro, empreendimentos, dinheiro, casamento, investimentos… mas os temores e as preocupações muitas vezes jamais acontecerão. A ansiedade é incompatível com o bom senso. É uma perda de tempo. Precisamos viver um dia de cada vez. Devemos planejar o futuro, mas vivermos ansiosos por causa dele.
Preocupar com o amanhã não nos ajuda nem amanhã nem hoje. Se alguma coisa nos rouba as forças hoje, significa que vamos estar mais fracos amanhã. Significa que vamos sofrer desnecessariamente se o problema não chegar a acontecer e vamos sofrer duplamente se ele chegar.
4. A ansiedade é cega – v. 23
A ansiedade é uma falsa visão da vida, de si mesmo e de Deus. A ansiedade nos leva a crer que a vida é feita só daquilo que comemos e vestimos. Nós ficamos tão preocupados com os meios que nos esquecemos do fim da vida, que é glorificar a Deus.
A ansiedade não nos deixa ver a obra da providência de Deus na criação. Deus alimenta as aves do céu. Os corvos não semeiam, não colhem, não têm despensa (provisão para uma semana) nem celeiro (provisão para um ano).
Vejamos alguns dos argumentos de Jesus contra a ansiedade:
Do maior para o menor. Se Deus nos deu um corpo com vida e se o nosso corpo é mais do que o alimenta e as vestes, ele nos dará alimentos e vestes – v. 22-23 – Deus é o responsável pela nossa vida e pelo nosso corpo. Se Deus cuida do maior (nosso corpo), não podemos confiar nele para cuidar do menor (nosso alimento e nossas vestes?)
Do menor para o maior. As aves e as flores como exemplo – v. 24,27 – Martinho Lutero disse que Jesus está fazendo das aves nossos professores e mestres. O mais frágil pardal se transforma em teólogo e pregador para o mais sábio dos homens, dizendo: Eu prefiro estar na cozinha do Senhor. Ele fez todas as coisas. Ele sabe das minhas necessidades e me sustenta. Os lírios se vestem com maior glória que Salomão. Valemos mais que as aves e os lírios. Se Deus alimenta as aves e veste os lírios do campo, não cuidará ele de seus filhos? O problema não é o pequeno poder de Deus; o problema é a nossa pequena fé (v. 28).
5. A ansiedade é incrédula – v. 30
A ansiedade nos torna menos do que cristãos. Ela é incompatível com a fé cristã. Ela nos assemelha aos pagãos. A ansiedade não é cristã. Ela é gerada no ventre da incredulidade, ela é pecado.
Quando ficamos ansiosos com respeito ao que comer, ao que vestir e coisas semelhantes nós estamos vivendo num nível inferior aos dos animais e das plantas. Toda a natureza depende de Deus e Deus jamais falha. Somente os homens quando julgam depender do dinheiro se preocupam e o dinheiro sempre falha.
Como nós podemos encorajar as pessoas a colocarem a sua confiança em Deus com respeito ao céu, se nós não confiamos em Deus nem em relação às coisas da terra. Um crente ansioso é uma contradição. A ansiedade é o oposto da fé. É uma incoerência pregar a fé e viver a ansiedade.
Peter Marshall diz que as úlceras não deveriam se tornar o emblema da nossa fé. Mas geralmente, elas se tornam!
A ansiedade nos leva a perder o testemunho cristão. Jesus está dizendo que a ansiedade é característica dos gentios e dos pagãos, daqueles que não conhecem a Deus. Mas um filho de Deus, tem convicção do amor de Deus e do cuidado de Deus (Rm 8:31-32).
IV. COMO VENCER A ANSIEDADE
1. Saber que Deus é nosso Pai e ele conhece todas as nossas necessidades – v. 30
Vencemos a ansiedade quando confiamos em Deus (v. 28). A fé é o antídoto para a ansiedade. Deus nos conhece. Ele nos ama. Ele é o nosso Pai. Ele sabe do que temos necessidade. Se pedirmos um pão, ele não nos dará uma pedra; se pedirmos um peixe, ele não nos dará uma cobra. Nele vivemos e nele existimos. Ele é o Deus que nos criou. Ele é o Deus que nos mantém a vida. Ele nos protege, nos livra, nos guarda, nos sustenta.
O apóstolo nos ensinou a vencer a ansiedade orando a Deus (Fp 4:6-7). A ansiedade é um pensamento errado e um sentimento errado. Quando olhamos para a vida na perspectiva de Deus, a nossa mente é guardada pela paz de Deus. Quando alimentamos nossos sentimentos com a verdade de que Deus conhece as nossas necessidades e as supre, então a paz de Deus guarda o nosso coração.
A paz é uma sentinela que guarda a cidadela da nossa alma.
Saiba que o nosso Deus é o Jeová Roí, Jeová Jirá, Jeová Shalom, Jeová Shamá, Jeová Rafá, Jeová Nissi. Ele cuida de nós. Exemplo: George Muller e o orfanato sustentado pela fé.
2. Saber que Deus já se agradou em nos dar o seu Reino – v. 32
Devemos saber que Deus já nos deu coisas mais importantes do que bens materiais. Deus já nos deu tudo. Ele nos deu o seu Filho. Deu-nos a salvação. Deu-nos o seu Reino. Nós somos ovelhas do seu rebanho, filhos da sua família, servos do seu Reino. Se ele já nos deu o maior, não nos daria o menor. “Aquele que não poupou ao seu próprio Filho, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” (Rm 8:32).
Deus nos amou com amor eterno. Ele nos enviou seu Filho unigênito. Ele provou o seu amor por nós quando enviou o seu Filho para morrer em nosso lugar, para nos dar o Reino.
3. Saber que quando cuidamos das coisas de Deus, ele cuida das nossas necessidades – v. 31
Aqui temos uma ordem e uma promessa. A ordem é buscar o governo de Deus, a vontade de Deus, o reinado de Deus em nossos corações em primeiro lugar. Deus e não nós, deve ocupar o topo da nossa agenda. Os interesses de Deus e não os nossos devem ocupar a mente e o nosso coração. Somos desafios a buscar o governo e o domínio de Cristo em todas as áreas da nossa vida: casamento, lar, família, vida profissional, lazer.
A promessa é que quando cuidamos das coisas de Deus, ele cuida das nossas necessidades. “Todas as essas coisas vos serão acrescentadas”. Ele faz hora extra em favor dos seus filhos. Ele trabalha em favor daqueles que nele confiam.
4. Saber que devemos mudar o rumo dos nossos investimentos – v. 33-34
O nosso problema não é a busca do prazer, mas o contentamento com um prazer muito pequeno. Deus deve ser o nosso maior prazer. Nada menos do que Deus e seu Reino devem ocupar a nossa mente e o nosso coração. O nosso problema não é fazer investimentos, mas fazer investimentos errados. Somos desafiados a buscar uma riqueza que não perece. A ajuntar tesouros não na terra. A colocarmos nosso dinheiro, nossos bens, nossa vida a serviço de Deus e do seu Reino, em vez de vivermos ansiosos ajuntando tesouros para nós mesmos.
No Reino de Deus você tem o que você dá e perde o que você retém. No Reino de Deus há ricos pobres e pobres ricos. A grande questão é onde está o nosso tesouro. Se ele estiver nas coisas, então iremos fazer um investimento errado e vivermos ansiosos. Mas o nosso tesouro estiver no céu, no Reino de Deus, então, buscaremos esse Reino em primeiro lugar e viveremos livres de ansiedade para nos alegrarmos em Deus e deleitarmo-nos nele para sempre.
Perdido dentro da igreja
Referência: Lucas 15.25-32
INTRODUÇÃO
1. Jesus contou três parábolas sobre a alegria do encontro
a) A ovelha perdida que foi encontrada – O pastor chama a todos para se alegrarem.
b) A moeda perdida que foi encontrada – A mulher chama seus vizinhos para se alegrarem.
c) O filho perdido que voltou para casa – O pai oferece uma festa e
se alegra. Nessas três parábolas a única pessoa que não está alegria e
feliz é o irmão mais velho do pródigo.
2. No meio dessa festa do encontro, do resgate, da salvação há uma voz que destoa
O filho mais velho está triste, porque o Pai recebeu o filho pródigo com alegria.
O filho mais velho está irado, porque o Pai é misericordioso.
O filho mais velho está do lado de fora, enquanto o filho pródigo está dentro da Casa do Pai.
3. O perigo de se estar na Casa do Pai, dentro da Igreja e ainda estar perdido
Esse filho representou os escribas e fariseus que se consideravam santos e desprezavam os outros.
Esse filho representa aqueles que estão dentro da igreja, obedecendo a
leis, cumprindo deveres, sem se enveredar pelos antros do pecado, pelos
corredores escuros do mundo e ainda assim, estão perdidos.
Ilustração: O jovem rico – criado na sinagoga, cumpria os mandamentos, mas estava perdido.
I. VIVE DENTRO DA IGREJA, MAS DESOBEDECE OS DOIS PRINCIPAIS MANDAMENTOS
Jesus ensinou que os dois principais mandamentos da lei são amar a
Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como a si mesmo. Esse filho
quebrou esses dois mandamentos: ele nem amou Deus, representado pelo Pai
e nem o seu irmão.
Ele não perdoou o Pai por haver recebido o filho pródigo, nem perdoou o irmão pelos seus erros.
Há pessoas que estão na igreja, mas não têm amor por Deus nem pelos perdidos. Estão na igreja, mas não amam os irmãos.
II. VIVE DENTRO DA IGREJA, MAS ESTÁ CONFIADO NA SUA PRÓPRIA JUSTIÇA
Ele era veloz para ver o pecado do seu irmão, mas não enxergava os
seus próprios pecados. Ele era cáustico para condenar o irmão, enquanto
via-se a si mesmo como o padrão da obediência.
Os fariseus definiam pecado em termos de ações exteriores e não
atitudes íntimas. Eles eram orgulhosos de si mesmos. Como o profeta
Jonas, esse filho mais velho obedecia ao Pai, mas não de coração. Ele
trabalhava com intensidade, mas não por amor.
III. VIVE DENTRO DA IGREJA, MAS NÃO É LIVRE
Ele não vive como livre, mas como escravo. Sua religião é rígida. Ele
obedece por medo ou para receber elogios. Faz as coisas certas com a
motivação errada. Sua obediência não provém do coração.
Ele anda como um escravo (v. 29). O verbo é douleo = servir como
escravo. Ele nunca entendeu o que é ser filho. Nunca usufruiu nem se
deleitou no amor do Pai.
Ser crente para ele é um peso, um fardo, uma obrigação pesada. Ele vive sufocado, gemendo como um escravo.
Está na igreja, mas não tem prazer. Obedece, mas não com alegria. Está na Casa do Pai, mas vive como escravo.
IV. VIVE DENTRO DA IGREJA, MAS ESTÁ COM O CORAÇÃO CHEIO DE AMARGURA
1. Complexo de santidade X Rejeita os marginalizados – v. 29,30
Ele estava escorado orgulhosamente em sua religiosidade, arrotando
uma santarronice discriminatória. Só ele presta; o pai e o irmão estão
debaixo de suas acusações mais veementes.
Sua mágoa começa a vazar. Para ele quem erra não tem chance de se
recuperar. No seu vocabulário não tem a palavra perdão. Na sua religião
não existe a oportunidade de restauração.
2. Sente-se injustiçado pelo pai
Acusa o pai de ser injusto com ele, só porque perdoou o irmão. Na
religião dele não havia espaço para a misericórdia, perdão e
restauração.
Ele se achava mais merecedor que o outro. Sua religião estava
fundamentada no mérito pessoal e não na graça. É a religião da lei, do
legalismo e não graça nem da fé que opera pelo amor.
3. Ele não perdoa nem restaura o relacionamento com o irmão – v. 30
Ele não se refere ao pródigo como irmão, mas diz: “Esse teu filho”.
A Bíblia diz que “quem não ama a seu irmão até agora está nas trevas”.
Ele desconhece o amor. Ele vive mergulhado no ressentimento. Ele vê seu irmão como um rival.
4. O ódio que ele sente pelo irmão não é menos grave que o
pecado de dissolução que o pródigo cometeu fora da igreja – Gl 5.19-21
A bíblia fala sobre três pecados na área da imoralidade e usa nove na área de mágoa, ressentimentos, ira.
A falta de amor é um pecado tão grave como o pecado da vida imoral e dissoluta.
5. O ressentimento o isolou do Pai e do irmão
Quando uma pessoa guarda ressentimento no coração pelo irmão que falhou, perde também a comunhão com o Pai.
Ele se recusa a entrar, fica fora da celebração. Mergulha-se num caudal de amargura.
Ele diz para o Pai: “Esse teu filho”. Mas o Pai o corrige e diz-lhe: “Esse teu irmão” (v. 30,31).
V. VIVE DENTRO DA IGREJA, NA PRESENÇA DO PAI, MAS ANDA COMO SOLITÁRIO – V. 31
Ele anda sem alegria, sem amor, sem prazer. Vive na Casa do Pai, mas
sente-se escravo. Está na Casa do Pai, mas não tem comunhão com ele.
Quantos estão na igreja, mas nunca sentem o amor de Deus, a alegria
da salvação, o prazer de pertencer a Jesus, a doçura do Espírito Santo.
Vivem como órfãos: sozinhos, curtindo uma grande solidão e insatisfação
dentro da Casa do Pai.
VI. VIVE DENTRO DA IGREJA, MAS NÃO SE SENTE DONO DO QUE É DO PAI – V. 31
1) Ele era rico, mas estava vivendo na miséria. Muitos hoje estão
vivendo um cristianismo pobre. Vivem sem alegria, sem banquete, sem
festa na alma, trabalhando, servindo, mas sem alegria;
2) Deus tem uma vida abundante – Jo 10.10;
3) Deus tem rios de água viva – Jo 7.38;
4) Deus tem as riquezas insondáveis do evangelho – Ef 3.14
5) Deus tem a suprema grandeza do seu poder – Ef 1.19
6) Deus tem a paz que excede todo o entendimento – Fp 4.7
7) Deus tem alegria indizível e cheia de glória – 1 Pe 1.8
8) Deus tem vida de delícias para a sua alma.
Esse filho não tem nenhum proveito na herança do Pai. Ele nunca fez
uma festa. Nunca celebrou com seus amigos. Nem sequer um cabrito, ele
comeu. Ele nunca saboreou as riquezas do Pai.
Ele não tem comunhão com o Pai: É como Absalão, está em Jerusalém, mas não pode fazer a face do Rei.
Ele está na igreja por obrigação. Ele não toma posse do que é seu.
Ilustração: o homem que fez um cruzeiro de Navio e levou o seu
lanche. Vendo as pessoas comendo os pratos mais deliciosos, guardou
dinheiro para comer uma boa refeição no último dia. Só então ficou
sabendo que todos aqueles banquetes já estavam incluídos.
CONCLUSÃO
O mesmo Pai que saiu ao encontro do filho pródigo para abraça-lo, sai para conciliar este filho (v. 31).
O remédio para esse filho era o mesmo para o outro: confessar o seu pecado.
Mas ele ficou do lado de fora. Agora perdido dentro da Casa do Pai.
Não fique do lado de fora. Venha e desfrute da festa que Deus preparou!!!
Crédito: Pr. Hernades Dias Lopes.
Somos adotados na família de Deus
A igreja é o povo chamado por Deus das trevas para
a luz, da escravidão para a liberdade, do pecado para a santidade,
da perdição para a salvação. O homem natural está longe de Deus,
é rebelde contra Deus, e está morto em seus delitos e pecados.
Ninguém vem a Deus por si mesmo. Ninguém pode vir a Cristo se o Pai
não o trouxer. É Deus quem opera no homem tanto o querer quanto o
realizar. É Deus quem tira a viseira dos seus olhos e o tampão dos
seus ouvidos. É Deus quem abre o coração e dá o arrependimento
para a vida. É Deus quem dá a fé salvadora e justifica o pecador.
A igreja é o povo chamado do mundo para um
relacionamento particular com Deus. Somos adotados na família de
Deus. Somos filhos de Deus, herdeiros de Deus e co-herdeiros com
Cristo. Fomos chamados para um lugar de vida e não para as sombras
da morte. Fomos chamados para vivermos de forma abundante e
superlativa e não para nos apresentarmos no palco do mundo com um
arremedo de vida. Fomos chamados para a liberdade em Cristo e não
para colocarmos novamente nosso pescoço no jugo da escravidão.
A igreja é um lugar de vida, e nós podemos
usufruir essa vida abundante, por três razões:
Em primeiro lugar, porque aqueles que estão em
Cristo ao olharem para o passado têm convicção de que seus pecados
foram perdoados. Todo aquele que pela fé veio a Cristo, e o recebeu
como Salvador, foi justificado e não pesa mais sobre ele nenhuma
condenação. Com respeito à justificação foi liberto da
condenação do pecado. Seus pecados foram cancelados. Sua dívida
foi paga. A lei foi plenamente cumprida e as demandas da justiça
satisfeitas. Quem está em Cristo é nova criatura. Recebe um novo
coração, uma nova mente, uma nova vida, uma nova família, uma nova
pátria. Nosso passado foi passado a limpo e fomos lavados no sangue
de Jesus e, agora, temos uma nova vida, sem as peias da culpa.
Em segundo lugar, porque aqueles que estão em
Cristo ao olharem para o presente têm convicção de que podem viver
estribados no poder de Deus. Aquele que está em Cristo não está
mais debaixo do poder do pecado. Não é mais escravo do pecado. O
poder que opera nele não é mais o poder da morte, mas o poder da
ressurreição. Nele habita plenamente a palavra de Cristo. Ele foi
feito templo do Espírito Santo. Cristo habita em seu coração pela
fé. Ele morreu para o pecado e, agora, está vivo para Deus. A
suprema grandeza do poder de Deus está à sua disposição para
viver vitoriosamente, pois com respeito à santificação foi liberto
do poder do pecado.
Em terceiro lugar, porque aqueles que estão em
Cristo ao olharem para o futuro têm
convicção de que caminham para
a glória. O nosso futuro já está determinado. E determinado não
por um destino cego, mas pelo Deus onipotente. Aqueles que Deus
conheceu, predestinou, chamou e justificou, a esses Deus também
glorificou. Nossa glorificação é um fato futuro, mas na mente de
Deus e nos decretos de Deus já está consumado. Não caminhamos para
um ocaso lúgubre, mas para a eternidade bendita. Não marchamos para
um túmulo gelado, mas para a ressurreição gloriosa.
Não nos
assombramos diante de um futuro incerto, mas gloriamo-nos na
esperança da glória de Deus. Receberemos um corpo semelhante ao
corpo da glória de Cristo. Viveremos e reinaremos com Cristo por
toda a eternidade. Deus, então, enxugará dos nossos olhos toda a
lágrima, porque com respeito à glorificação seremos libertos da
presença do pecado.
A MORTE DE UMA IGREJA
I Coríntios 1.10-17
“Por que uma igreja
morre?” Esse foi o questionamento feito por um garoto de doze anos
a um velho pastor. Com os olhos marejados de água, enquanto folheava
as páginas da Bíblia, o ancião dizia ao garoto: “Os cristãos
cometem muitos enganos nesse assunto. Muitos pensam que a igreja
morre em conseqüência dos ataques de Satanás. Mas o inferno não
tem poder para destruir a igreja. Pelo contrário; diante da igreja,
são as portas do inferno que não podem prevalecer. O maior inimigo
da igreja não são os demônios nem alguma ausência de atividade
evangelística, nem alguma deficiência no ensino, nem algum tipo de
problema financeiro, mas as divisões entre os crentes. Jesus afirmou
que um reino dividido não pode subsistir (Marcos 3.24). Assim, se a
igreja está dividida, ela não consegue sobreviver. Antes, ela
morre.”
O apóstolo Paulo sabia
que a morte de uma igreja acontecia como conseqüência das divisões.
Por isso mesmo, tão intensamente, ele alertou a igreja de Corinto
sobre esse assunto. Em I Coríntios 1.10-17 ele escreveu sobre isso.
Nas suas palavras contra a divisão, Paulo apontava para o próprio
Senhor Jesus: Cristo não estava dividido e, por isso, nós, os
cristãos, devemos lutar contra as divisões.
Devemos lutar contra a
diferença na linguagem
Uma das causas da
multiplicação das divisões é a diferença na linguagem. Se as
pessoas de uma comunidade começam a não concordar naquilo que
falam, essa comunidade corre um sério risco de morrer. Paulo sabia
disso. Por isso, quando escreveu para os crentes de Corinto, ele
alertou: “Irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, suplico a
todos vocês que concordem uns com os outros no que falam, para que
não haja divisões entre vocês, antes, que todos estejam unidos num
só pensamento e num só parecer.” (I Coríntios 1.10)
A diferença na linguagem
acontece quando os cristãos começam a enfatizar um único
ensinamento em detrimento dos demais ensinamentos da Escritura. É
como se um grupo começasse a enfatizar somente a batalha espiritual;
outro, somente a teologia sistemática; um terceiro grupo, somente
missões; outro, somente a cura divina; um quinto enfatizasse somente
as células; outro, somente a importância do seminário; e assim por
diante. São vários grupos distintos dentro da igreja dizendo que os
seus ensinamentos são os mais importantes e os mais relevantes,
anunciando somente as suas linguagens características.
Inconscientemente, eles vão promovendo a divisão dentro da igreja.
A sobrevivência da
igreja depende da unidade na linguagem. Os cristãos dos primeiros
séculos sabiam disso. Por isso, quando um crente se levantava
trazendo algum ensinamento diferente daquele exposto na Bíblia ou
que enfatizasse apenas um único aspecto da Bíblia, logo iniciava-se
uma “movimentação santa”. Os crentes se reuniam e debatiam
sobre aquele novo ensinamento até identificarem a posição das
Escrituras e os problemas de se enfatizar apenas um único ponto.
Eles não descansavam até que a linguagem fosse unificada dentro da
igreja.
Devemos lutar contra a
ênfase no partidarismo
O ser humano tem uma
tendência natural de se ligar aos grupos com os quais se identifica.
Isso não é ruim; faz parte da nossa individualidade como seres
humanos e a Bíblia não condena esse tipo de associação natural.
Mas a Bíblia condena, sim, aquela associação que nasce a partir de
divisões dentro de um determinado grupo. Ela condena as associações
com ênfase no partidarismo, em que as pessoas valorizam o seu
próprio grupo e desprezam os demais. Era isso que estava acontecendo
dentro da igreja: as diferenças de linguagem estavam provocando
divisões e promovendo partidarismos. (I Coríntios 1.12)
Esse tipo de postura só
esvazia o significado de igreja, enfatiza a criação de partidos
dentro da comunidade, faz nascer divisões entre as pessoas e
enfraquece a igreja. Mas Cristo, o Cabeça da igreja, não está
dividido. Por isso mesmo nós devemos lutar contra a ênfase no
partidarismo.
Dentro das disputas na
igreja de Corinto, os grupos procuravam se fortalecer, tentando
conseguir o maior número possível de adeptos através dos batismos.
Na cabeça deles, quando alguém batizava o batizado já era adepto
do grupo desse alguém. E, absurdamente, esses grupos estavam
promovendo essa competição, usando o nome de Paulo, de Apolo e de
Pedro. Diante disso, Paulo pergunta: “Acaso Cristo está dividido?
Foi Paulo crucificado em favor de vocês? Foram vocês batizados em
nome de Paulo? Dou graças a Deus por não ter batizado nenhum de
vocês, exceto Crispo e Gaio; de modo que ninguém pode dizer que foi
batizado em meu nome (Batizei também os da casa de Estéfanas; além
destes, não me lembro se batizei alguém mais). Pois Cristo não me
enviou para batizar, mas para pregar o Evangelho.” (I Coríntios
1.13-17a).
Paulo mostra que era um
absurdo as pessoas se dividirem em partidos e competirem por pessoas.
Cristo não está dividido; por isso, devemos lutar contra a
competição por pessoas. Devemos entender que as pessoas que chegam
à igreja não nos pertencem, mas a Cristo. Nós somos apenas os
vasos usados por Deus para ministrar o Evangelho àqueles que se
convertem. Ainda que devamos ser modelos para as pessoas, devemos
formar seguidores – não de nós mesmos, mas de Cristo. Se cada
pessoa formar seguidores dela mesma, haverá várias linguagens,
vários partidos e grande divisão dentro da igreja. Contudo, como
afirmou o apóstolo Paulo, Cristo não está dividido.
Pessoas dividadas, corações dividos, corações partidos e fé quase morta.
Frutos divididos futuramente dividirão novamente a igreja.
Pessoas dividadas, corações dividos, corações partidos e fé quase morta.
Frutos divididos futuramente dividirão novamente a igreja.
Crédito estudos.gospelmais
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