1. Porque faz parte da natureza do povo de
Deus perdoar – Cl 3:13
Ser cristão é ter uma nova natureza, uma nova
mente, um novo coração, uma nova vida. Quem não perdoa é porque
ainda não pertence a família de Deus.
Ainda não chegamos ao céu. Aqui temos falhamos
uns com os outros e precisamos exercitar perdão.
3. Porque temos sido muito perdoados –
Cl 3:13
A igreja é a comunidade dos perdoados. Como Deus
nos perdoou: Completamente (de tudo), eternamente (para sempre). Deus
apagou, afastou, desfez, esqueceu, sepultou do fundo do mar os nossos
pecados.
Jesus ilustrou esse perdão na parábola do credor
incompassivo. Comparar os 10.000 talentos com 100 denários.
4. Porque a recusa de perdoar traz sérios
prejuízos
4.1. Quem não perdoa não pode orar – Mc 11:25;
1 Pe 3:7
4.2. Quem não perdoa não pode adorar – Mt
5:23-24
4.3. Quem não perdoa não pode ser perdoado –
Mt 6:12
4.4. Quem não perdoa adoece – Tg 5:16
4.5. Quem não perdoa é flagelado pelos verdugos
– Mt 18:34; 2 Co 2:10
II. A TERAPIA DO PERDÃO
1. Há pessoas doentes emocionalmente
porque nunca se perdoaram – Fp 3:13
A mulher que viveu 60 anos do cativeiro.
Paulo teve suas memórias curadas.
Doralice – a jovem que tomou soda cáustica
2. Há pessoas doentes porque vivem
cativas da mágoa –
A enfermeira de Patrocínio
No dia 7 de dezembro de 1941 Mitsuo Fuchida
comandou o ataque à frota americana no Porto Pearl Harbour. Jack de
Shaze se dispôs a vingar. Foi preso em Tóquio. Torturado.
Converteu-se. Voltou aos Estados Unidos. Preparou-se e voltou para o
Japão como missionário. Encontrou Fuchida e o evangelizou. Ambos
pregaram em praça pública no Japão. O poder do perdão que
reconcilia.
III. OS PRINCÍPIOS DO PERDÃO
1. Cautela – Lc 17:3
Precisamos ter cautela para não sermos injustos e
esmagarmos a cana quebrada.
A mulher adúltera foi apanhada pelos fariseus
como um objeto, mas foi tratada por Jesus como uma pessoa que merecia
seu amor.
Jesus restaurou Pedro não condenando-o ou
expondo-o ao ridículo, mas perguntando-o: tu me amas?
2. Confrontação – Lc 17:3
O tempo não é um santo remédio para curar as
feridas – Os irmãos de José depois de 22 anos ainda estavam
atormentados pelo pecado cometido.
O silêncio não é a voz do perdão – Davi
adulterou, tramou, matou, mentiu e silenciou o seu pecado, mas o
silêncio o adoeceu. Enquanto não confessou não foi liberto.
Sepultar um problema vivo não ajuda. Não adianta tentar afastar a
culpa. É preciso arrancar o problema pela raiz. Paulo alertou para o
perigo de deixar o sol se pôr sobre a ira.
O confronto precisa ser feito com atitude de amor
– A palavra “repreende” é chamar ao lado para consolar.
Gálatas 6:1 mostra como devemos confrontar uns aos outros.
3. Arrependimento – Lc 17:3
A mesma língua que feriu, deve passar o bálsamo
de Gileade. O arrependimento é mudança de mente, de emoção e de
atitude.
4. Perdão – Lc 17:3
Perdoar é esquecer e esquecer não é amnésia,
mas não cobrar mais a dívida do outro. É não lançar mais no
rosto do outro o que se perdoou.
Perdoar é ficar livre e deixar o outro livre –
Exemplo: Corrie Ten Boon.
IV. OS CARACTERES DO PERDÃO
1. O perdão deve ser ilimitado – Lc
17:4
O perdão de Deus é nosso limite. Ele é obra da
graça de Deus em nós. Pedro certa feita ficou intrigado não sobre
a necessidade do perdão, mas sobre o limite do perdão. E Jesus
mostrou que o perdão deve ser ilimitado, como o perdão que
recebemos de Deus (Mt 18:21).
O perdão de Deus é o nosso referencial –
“Perdoa-nos as nossas dívidas assim como perdoamos os nossos
devedores” (Mt 6:12). O profeta Oséias demonstrou o amor e o
perdão de Deus ao povo de Israel perdoando sua esposa Gômer.
2. O perdão é restaurador – Lc 17:4
O perdão às vezes é unilateral – A pessoa
quer o nosso perdão. Então, nós tiramos a farpa da mágoa do nosso
coração e não nos deixamos azedar.
O perdão restaura os laços quebrados – O
perdão não apenas zera as contas do passado, mas restaura
plenamente o relacionamento no presente – Exemplo: O filho pródigo
foi restaurado pelo pai.
3. O perdão é transcendente – Lc 17:5
Só o Senhor pode nos capacitar a perdoar – Só
Jesus pode curar o nosso coração da mágoa.
Precisamos pedir a Jesus que aumente a nossa fé –
Uma pessoa que tem uma fé trôpega não consegue perdoar. A fé vem
pelo ouvir a Palavra.
Todos nós estamos aquém do padrão de Deus –
“Senhor, aumenta-nos a fé”.
V. O PROCESSO DO PERDÃO
1. Rejeite idéias de desforra – Rm
12:17,21
Jesus não revidou ultraje com ultraje (I Pe
2:21-23; Is 53:7).
José do Egito – Gn 50:20
2. Tome a iniciativa para a solução do
problema
Não importa se você é o ofensor ou o ofendido,
cabe-lhe a iniciativa de desencadear o processo da cura pelo perdão
(Mt 5:23-24).
A experiência de Jonathan Gofforth em Xangai e o
avivemento chinês.
3. Evite as desculpas e racionalizações
a) Ninguém é perfeito, errar é humano – É
justamente porque somos imperfeitos é que precisamos pedir perdão.
b) A ofensa foi tão pequena – Os grandes
problemas conjugais são formados de pequenos problemas não
resolvidos. São as rapozinhas que devastam a vinha.
c) Aconteceu há tanto tempo – O tempo não cura
memórias amargas – Esaú e Jacó – depois de 20 anos a
consciência de Jacó ainda estava pesada.
d) A outra pessoa estava mais errada do que eu –
O perdão concentra-se no nosso erro e não no erro do outro.
e) Eu estava errado, mas você também estava –
O mais provável é que vez de curar a relação, ela fique ainda
mais ferida.
f) A pessoa não vai me entender – Vai sim, se
você for com a atitude correta e com as palavras certas. A palavra
branda desvia o furor.
g) Envolve dinheiro que eu não tenho – Perdão
envolve restituição (Zaqueu).
h) A pessoa envolvida já mudou – Telefone,
escreva, visite.
i) Vou deixar para depois – A procrastinação
adoece ainda mais a relação.
j) Nunca mais farei isto: basta a minha disposição
– Isso é meio arrependimento: O que encobre as suas transgressões
jamais prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará
misericórdia.
4. Formas erradas de pedir perdão
a) Desculpe-me qualquer coisa – Na prática esta
expressão significa: “Não estou vendo nenhum problema, mas como
você é uma pessoa cismada e rancorosa, resolvi perdão do que não
fiz”.
b) Desculpe-me, foi sem querer – Se foi sem
querer não carece de perdão, a menos que a outra pessoa tenha
ficado magoada.
c) Eu estava errado, mas você também estava –
A ideia básica de pedir perdão é um ato de contrição e
arrependimento. Essa atitude reacende as paixões.
d) Se eu estava errado, desculpe-me – Essa
atitude não tem convicção de pecado. Ela representa: “Eu sei que
não estou errado. A dúvida é sua, não minha.”
CONCLUSÃO
1. Não envolva outras pessoas – Não transforme
em fofoca aquilo que poderia ser um exercício de privacidade e
perdão. Não jogue uma pessoa contra a outra. Espalhar contendas
entre os irmãos é o pecado que Deus mais abomina.
2. Seja breve, claro. Não se justifique – Vá
direto ao assunto. O filho pródigo ensaiou o seu pedido de perdão.
3. Não seja esnobe – Seja humilde. Não exalte
suas virtudes.
4. Não exija justiça, exerça misericórdia –
Perdão é um ato de graça. Sofra o dano. Estêvão orou: “Senhor
Jesus, não lhes imputes este pecado”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário