quarta-feira, 13 de março de 2013

Como vai essa gente "só"?

Celso Carvalho

Após completar o sétimo dia da criação do mundo, Deus viu que o homem não ficaria bem sozinho. Das costelas de Adão gerou uma companheira e determinou que deixassem pai e mãe para serem uma só carne. A passagem bíblica descrita no livro de Gênesis é bem conhecida; entretanto, contrapõe a realidade atual. Os brasileiros, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estão se casando cada vez menos, mais tarde e se divorciando mais. O número chega a 35 milhões. Deste grupo, 20 milhões são mulheres, e 15 milhões, homens.

Nas comunidades evangélicas, os solteiros, viúvos e divorciados sofrem duas vezes, tanto pelo preconceito quanto pela falta de um trabalho direcionado a eles. Uma pesquisa inédita realizada pelo Sepal (Serviço de Evangelização para a América Latina) em parceria com o Ministério Apoio, trabalho voltado para solteiros adultos, viúvos e divorciados, entre setembro de 2005 a fevereiro de 2006, com mais de 500 pessoas do Brasil, apontou que 80% das igrejas evangélicas brasileiras não possuem um ministério com os chamados sós. As justificativas não convencem: número insuficiente de pessoas, ausência de maturidade espiritual e emocional na liderança, pastores desinteressados etc. Nesta edição, Enfoque mostra dados dessa nova pesquisa e ouve pessoas que, mesmo sozinhas, venceram as dificuldades e encontraram a felicidade.

OS SOLTEIROS E A IGREJA

Alguém pode até dizer que nos dias de hoje tem sido mais fácil encontrar o par ideal. Isso porque a tecnologia reduziu distâncias e há uma disponibilidade maior de pessoas no ambiente da internet, com sites e salas de bate-papo variados, inclusive de evangélicos. Se, por um aspecto, encontrar um companheiro deveria estar sendo mais prático, por outro não é bem assim que acontece. A mesma tecnologia que reduziu distâncias acabou tornando os relacionamentos superficiais.


A crescente fragilização das emoções, o medo da rejeição e o excesso de compromissos da vida profissional acabam fazendo com que a procura por alguém e a oportunidade de amar fiquem em terceiro plano. Esta procrastinação referente a sentimentos e relacionamentos foi registrada pelo IBGE. Os brasileiros, segundo o instituto, estão se casando por volta dos 30 anos. Bem mais tarde do que no passado, quando as mulheres se casavam com 20 anos, ou até menos.

A palavra “encalhado”, tão duramente usada por muitos para identificar aquele que está sozinho, sem formar uma configuração mais tradicional de família, ainda é usada, principalmente nas igrejas. Nesse ambiente religioso, onde questões morais são mais monitoradas, os chamados “sós” enfrentam, mas superam, os desafios. Mas será que existe uma faixa de idade para que alguém seja considerado “encalhado”?

Rosimar Machado, psicóloga, psicopedagoga, terapeuta de família e mestre em sexologia, acredita que o rótulo de “encalhado” tem mudado nos dias atuais. “Antigamente, aos 25 anos, uma moça solteira já era considerada “encalhada”, e o mesmo se dava com um rapaz por volta dos 28 anos. Hoje, essa idade tem sido ampliada, mesmo em nosso meio eclesiástico”. Nos dias atuais, já se aceita que tanto uma mulher quanto um homem chegue aos 30 anos ou mais, ainda solteiro, sem receber esse rótulo preconceituoso. “A questão da busca pela independência financeira através das conquistas profissionais tem modificado bastante essa realidade”, diz Rosimar, que também percebe a ação de um outro fator: o aumento da perspectiva de vida, que faz com que a juventude se prolongue mais. O interessante é que esse rótulo, em geral, é direcionado aos solteiros, ou seja, aqueles que nunca se casaram. O mesmo não ocorre com os divorciados ou viúvos, que geralmente são vistos como “fracassados” ou “sem sorte”. Juízos igualmente preconceituosos e equivocados.

Como prova de que os preconceitos existem, a webmaster Alessandra Oliveira, 34 anos, passou por maus momentos. Ainda solteira, ouvia de familiares e colegas que, se não “corresse atrás”, ia ficar para “titia”, ou seja, “encalhada”. Tão logo começou a procurar na rede pessoas que passavam pela mesma situação, Alessandra organizou um grupo de solteiros evangélicos em 2001 e promoveu cinco encontros entre Rio e São Paulo. Com o advento do orkut, o grupo cresceu e hoje conta com nove mil jovens que procuram um grande amor. “O medo mais comum é o de ficar sozinho, sem contar a pressão por parte da família”, argumenta a webmaster. Ela percebe que a principal reclamação das moças é a falta de homens. Deles, ouve o argumento de que as mulheres não querem compromisso sério.

O cupido eletrônico deu certo para muitos. Cinco casais se formaram através do grupo. Alessandra, porém, casou-se no início de outubro deste ano com uma pessoa que conhecera em seu próprio ambiente de trabalho. A criadora do grupo lembra que sofreu constrangimentos, mas dá seu recado para quem espera um relacionamento de verdade: “Se você está sozinho é porque não chegou o tempo de ter alguém. Não se deixe levar pelo desespero”.

Quem também passou por más experiências foi Gilzana da Silva Santos, 46 anos. Hoje casada, ela conta que passou cerca de duas décadas procurando um par. “Eu tinha um padrão de exigência muito alto para um relacionamento. Quando via que era superficial, caía fora”, justifica a razão de tanta demora. Ela enfatiza que uma das vantagens de ser solteiro é ter mais tempo para investir nos estudos. Nesse período, cursou três faculdades e chegou a morar em Roraima. “Quase entrava em depressão, pois em festas de final de ano via minhas irmãs casadas e eu sozinha”, relembra Zaninha, como é carinhosamente chamada. Gilzana mora na cidade serrana de Nova Friburgo (RJ) e é casada há seis anos com Jean – certamente uma história de final feliz.

Gary Haynes é pastor, tem 44 anos e ainda é solteiro. Ele acabou escrevendo A Bênção de Ser Solteiro (Editora Atos), no qual afirma que quando se vive este estado civil se tem mais tempo para investir no Reino. “Não defendo a renúncia do casamento. Quando se está solteiro, é possível viajar e se dedicar à obra de Deus com viagens missionárias e noites em vigílias”, argumenta Haynes, que viajou para 50 países e participou de quatro guerras civis como missionário. “Se estivesse casado, não poderia fazer essas coisas”, complementa.

Para o pastor Fausto Brasil, líder do Ministério Apoio, a sociedade e a igreja não estão errados em reforçar a necessidade do casamento, no entanto pecam na forma de tratar o assunto. Ele exorta: “Acredito que a maioria das pessoas casadas não imagina o quanto suas atitudes e palavras machucam. Ao invés disso, devemos acompanhar os sós em oração e até mesmo apresentar pessoas que poderiam interessar-lhes, mas sem forçá-los a nada”.

Para a psicóloga Rosimar Machado, estar sozinho nem sempre é uma escolha pessoal, pode ser consequência de desencontros. “A mulher ou o homem cristãos precisam ser ajudados, e não rotulados, precisam ser recebidos, não excluídos, amados, e não discriminados”


SOZINHO, MAS NÃO SOLITÁRIO

Rosimar Machado considera que é possível estar bem sozinho desde que a pessoa não se sinta solitária. “A questão da idade é importante, mas não podemos esperar que pessoas de 20, 30, 40 ou 50 anos pensem ou tenham as mesmas atitudes. Ser solteiro aos 30 é diferente de ser divorciado aos 50. As experiências são muito diferentes, principalmente se há ou não filhos nessa ‘história’, se a pessoa vivenciou ou não o sexo. Não creio que, por ter tido uma experiência sexual anterior, alguém não seja capaz de esperar para vivê-la novamente de maneira madura, adequada e santificada. Mas penso também que a questão da sexualidade ainda é tratada de maneira muito equivocada, repleta de tabus e preconceitos dentro de nossas igrejas”. A mestre em sexologia observa que os evangélicos devem buscar a sabedoria de Deus para lidar com a questão, deixando de lado a hipocrisia, o moralismo e o legalismo, sem ser vulgar. “O mundo trata as questões da sexualidade com vulgaridade; nós, geralmente, com ignorância e hipocrisia”.

O pastor Gilson Bifano, coordenador do ministério Oikos, direcionado à família, defende a posição da “felicidade single”. “Conheço muitas pessoas casadas e infelizes e muitos solteiros felizes. Para ser feliz não é preciso uma certidão de casamento”, confirma, citando que, assim como Jesus, Paulo também foi solteiro.

OS DIVORCIADOS E A FÉ

De acordo com uma pesquisa do Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais (Ceris), o divorciado é o que mais muda de religião. Entre eles, 52% mudaram de fé. Entre os separados judicialmente, 35%. O motivo, segundo Fausto Brasil, se deve ao fato de a igreja manter posições distintas sobre divórcio e um novo casamento. “Muitos líderes e pastores entendem que a Bíblia orienta que o casamento só termina com a morte, e que nem em caso de adultério se deve considerar a possibilidade do divórcio”. Para Brasil, não se trata de mudar de religião. Esse percentual de divorciados continua evangélico, mas fez a opção de sair de sua denominação e migrar para outra mais tolerante. “Alguns até continuam evangélicos sem freqüentar alguma igreja, ou freqüentam uma igreja sem se tornarem membros dela”, analisa, demonstrando preocupação com esse público que, para ele, não deve ser discriminado ou sequer desconsiderado.

Outro dado apontado na pesquisa feita pelo Sepal e o Ministério Apoio é que 80% das igrejas não possuem um trabalho específico para este grupo. No levantamento, 58% dos entrevistados demonstrou desejo de investir na obra de Deus e apenas 36% deles tiveram apoio emocional adequado.

Após perder o marido e aprender a superar tantas dificuldades, Ana Lúcia Fernandes sentiu-se motivada a organizar o Ministério Só...Ria. O grupo estabelecido em Campinas (SP) reúne solteiros, viúvos e divorciados que estudam a Bíblia, compartilham suas expectativas e, é claro, dividem o sorriso. “Ainda existe preconceito em relação aos sós. Contra os solteiros porque pensam estar encalhados e contra os divorciados por pensarem ter feito algo errado”, fala Ana Lúcia durante os encontros que reúnem, em média, 30 pessoas.

A missionária Débora Machado, da Igreja Luz e Vida em Balneário Camboriú (SC), é líder do Ministério Recomeçar. Ela também defende mais investimento no trabalho direcionado aos singles e uma melhor qualificação da liderança. “A igreja abandonou um tesouro valioso”, opina. Citando Marta e Maria, que em sua visão eram jovens, solteiras, adultas e felizes, Débora diz que o grupo presta assistência nutricional, física, jurídica e até sexual. “É um verdadeiro SPA de Jesus”, brinca. Para ela, a pressão sobre pessoas acima de 30 anos, sejam solteiras ou divorciadas, tende a provocar conseqüências negativas como depressão, baixa estima e relacionamentos frustrados.

É possível ser feliz, reforça Rosimar Machado, mesmo quando se faz a escolha de ter uma vida celibatária. “Entretanto, estar sozinho nem sempre é uma escolha pessoal, mas uma circunstância, ou seja, quando é conseqüência de desencontros, a mulher ou o homem cristãos precisam ser ajudados, e não rotulados. Precisam ser recebidos, e não excluídos. Precisam ser amados, e não discriminados”. Para ela, as conversas abertas e de qualidade são bons remédios para isso. No mais, como diz a própria Bíblia: “É melhor serem dois do que um...”

QUEM SÃO OS EVANGÉLICOS SÓS DENTRO DAS IGREJAS

71% têm nível superior.
73% freqüentam igrejas onde não existe ministério específico para Solteiros, Viúvos e Divorciados (SDV).
74% não participam de nenhum ministério com SDV.
36% não exercem nenhuma atividade na igreja.
56% desejam servir a Deus na obra missionária.
52% disseram que seus pais não tiveram uma boa relação afetiva.
78% foram criados por pai e mãe juntos.
23% sofreram abuso ou constrangimento na infância.
6% sentem desejo por pessoas do mesmo sexo.
47% têm filhos. Desses, 8% são solteiros.
92% crêem que um casamento alteraria a solidão e a tristeza.
84% gostariam de encontrar um companheiro para se casar.
40% afirmam que o mais difícil na vida é a solidão. Para 13%, o mais difícil são as tentações sexuais.
43% devem sua separação à infidelidade, sendo o índice um pouco maior entre os divorciados (46%) do que entre os separados (37%). A segunda causa seria a “incompatibilidade de gênios” (13% tanto para os divorciados quanto para os separados).
Durante a separação, os entrevistados receberam apoio da família (35%). Apenas os divorciados, separados e viúvos foram considerados nesta pergunta. Apesar disso, observou-se um alto índice de abstenção.
Na pergunta: “Você diria que sua separação teve como maior conseqüência na sua vida...” A resposta de maior incidência foi “crescimento espiritual”.
73% dos entrevistados disseram que quem tem compromisso com a fé cristã encontra dificuldade para encontrar um cônjuge.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A Depressão do Profeta Elias


"Elias, foi sentar-se embaixo de um pé de zimbro e pediu a morte" I Rs 19:4
É difícil entender como alguém de relacionamento tão íntimo com Deus, cheio do Espírito Santo, chegue a tal situação. Elias, não foi o primeiro, e não será o único. Por todos os dias, desfrutamos de misericórdia e fidelidade Divina, porém, quando as tribulações nos chegam, a falibilidade humana, tende a esquecer a infalibilidade de Deus. Elias, estava desanimado, angustiado e cheio de dúvidas:Ameaçado de morte, foge da terrível Jezabel e refugia-se no deserto, embaixo de um pé de zimbro, pedindo a morte.
Ele preferia ser morto por Deus, a ser entregue a uma ímpia . Elias, havia presenciado a morte, de muitos profetas, não esperava, contudo, que sua vez chegaria. Afinal, ele era amigo de Deus, com muitas promessas a serem realizadas. Isto já conteceu com você? Acreditou firmemente nas promessas Divinas e de repente viu tudo conspirar contra? Deus, havia esquecido de Elias? Haveria Deus, esquecido de mim e de você? Dos que O buscam e confiam em Sua providência?
Eu já estive como Elias. Foi quando escrevi o artigo: "No começo era o fim" ou "Não temas, verme de Jacó". Estive, em um momento de grande angústia, vi, uma porção preciosa de minha vida desmoronar. Parecia o fim. Não cheguei a pedir a morte, mas, era como se houvesse morrido. Me refugiei no "zimbro", A Palavra de Deus. As mensagens, que ministro, passam primeiramente por mim. Deus, me fala, me anima, me conforta, e me sinto na obrigação de fazer o mesmo. Porque sei, que outras vidas serão edificadas. Embaixo do "zimbro", recebo Água e Pão. Me fortaleço para prosseguir, confiante de que Deus está comigo.
Hoje, ao reler o artigo que escrevi a dois anos atrás, vejo como Deus me foi fiel. Converteu o mal começo. Tornou tudo novo e melhor! Maravilhoso É O Senhor! Grande em poder e misericórdia! Elias, caminhou solitário, por um dia, em direção ao deserto, sem comida, nem água, em silêncio, conversou com Deus, porque sequer tinha forças para falar. Ao encontrar a sombra, contemplou a aridez do solo, o céu, sem nuvens, e erguendo sua voz, orou, a Deus. Não era a oração que Deus, queria ouvir. Mas que Deus, sabia ser possível e previsível a todo e qualquer homem limitado e oprimido.
Satanás, ataca-nos em nossos momentos de fraqueza. Foi assim, com Jesus, no deserto. Jesus, teve fome, o inimigo, lhe ofereceu pão. Ele se apresenta, como a solução mais rápida e fácil. Foi assim com Elias: "Pede a morte, você, não merece mais viver dessa forma", essa voz, "martelava" na cabeça do profeta. Assim, como martelou na de Moisés, Jonas e Jô. Exatamente, quando se acharam em grande aperto, eles, também, pediram a morte. Ao nos sentirmos derrotados, o inimigo, tem a vitória.
Quando você estiver caminhando para o deserto, lembre-se, refugie-se no zimbro: "E deitou-se e dormiu debaixo do zimbro; eis então que o anjo o tocou, e lhe disse: levanta-te come" I Rs 19:5. Elias, estava tão desanimado que comeu bebeu, mas dormiu novamente. Isto, pode acontecer conosco. Elias, recebeu o Rhema de Deus. Deus, falando especificamente para Ele. Uma palavra viva, tão viva, que moveu o céu. Um anjo, visível, lhe animando. Elias, tornou a dormir. E pela segunda vez ouviu: "Levanta e come, te será muito longo o caminho"I Rs 19:7. O caminho foi realmente longo, o profeta, caminhou por quarenta dias no deserto, fortalecido por Deus.
Talvez, Elias desejasse, comer e dormir para sempre, mas, é impossível, permanecer inerte, quando Deus nos fala fazendo-nos saber que está conosco. Quando Deus fala, tudo se transforma. Quando Ele diz: "Não temas, pois, porque estou contigo" Is 43:5, impossível não se levantar. O profeta, seguiu, porém, após os quarenta dias, tornou a se sentir fraco. Se refugiou em uma caverna, e Deus, novamente, o falou, através de uma brisa "mansa e delicada". Elias estava obstinado. Deus, porém, não desistiu de Elias. Ele nunca desiste de nós. Por isso, "saia da caverna". Não se intimide pelas ameaças do inimigo. Coma e beba no "zimbro" e não desista.
"Senhor, mataram todos os profetas e só eu fiquei e buscam minha vida para matar-me" I Rs 19:14. Elias, estava certo de que era o único naquela situação. Deus, pacientemente , o manda retornar, diz para ele ungir Eliseu como profeta para substitui-lo, por fim, revela a Elias que existiam mais sete mil homens (profetas), na mesma situação dele: ameaçados de morte, fugindo de Jezabel. Não somos os únicos a passar por tribulações, existem milhares de vidas em situação igual ou pior que a nossa.
A história de Elias, teve um final feliz. Ele venceu em vida, até ser arrebatado aos céus. Seus inimigos, tiveram um fim trágico. Elias, com todas as suas falhas, foi agradável a Deus. Conosco, não é diferente. Deus nos ama. Mais do que nossa finita mente possa alcançar. Ele, não quer que desistamos, mas que nos refugiemos Nele. No "zimbro", onde Água e Comida, nos fortalecerá rumo a vitória. Que as lições de Elias "homem sujeito ás mesmas paixões que nós"Tg 5:17, fale, profundamente aos nossos corações, amém.

Créditos: Wilma Rejane

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A NATUREZA DO PERDÃO

 
A falta de perdão fecha as portas da misericórdia de Deus (Mateus 18.35)
Quem não perdoa aos seus devedores não recebe perdão de Deus (Mt 6: 14,15). Deus nos trata. como tratamos aos nossos devedores. Se fecharmos o nosso coração para o próximo, sonegando-lhe o nosso amor e retendo-lhe o perdão, fechamos as comportas da misericórdia de Deus sobre a nossa própria vida.
Quem não perdoa não pode adorar a Deus (Mt 5 23­:26). Não podemos amar a Deus e odiar o nosso irmão. Não podemos ter comunhão com Deus e viver brigado com o irmão. Não podemos ter o caminho aberto da intimidade com Deus se construímos barricadas no nosso relacionamento com 'O nosso próximo.
Antes de Deus aceitar o nosso culto, ele precisa aceitar a nossa vida. Deus rejeitou Caim_ e a sua oferta. Antes de olhar para a oferta de. Caim, Deus viu o seu coração cheio de inveja, mágoa e ódio pelo seu irmão Abel. Deus rejeitou o culto de Caim porque primeiro rejeitou a sua própria vida.
Quem não perdoa não consegue orar com eficácia (Mc 11 :25). A falta de perdão destrói a nossa relação com Deus e consequentemente impede que as nossas orações sejam ouvidas. Um coração cheio de ódio está completamente vazio do epírito de súplica. Um coração azedo e magoado não consegue orar com eficácia. Ainda que ore, suas orações serão interrompidas.
PERDÃO, A CURA DAS EMOÇÕES
Quem não perdoa não tem saúde (Tg 5:16). O ódio reca1cado eleva a pressão arterial, perturba o trabalho digestivo, provoca úlcera no estômago, conduz a um esgotamento nervoso, tira o apetite, rouba o sono e provoca enfarto. Quem vive fervendo por dentro, morre aos poucos. Quem não extirpa o pus infeccioso da mágoa adoece emocional, espiritual e fisicamente.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

FOFOCAS

Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo; nem conspirarás contra o sangue do teu próximo. Eu sou o Senhor. Não odiarás a teu irmão no teu coração; não deixarás de repreender o teu próximo, e não levarás sobre ti pecado por causa dele.– (Lv 19.16,17)
A ordem de Deus é clara: ninguém deve andar com mexericos no meio do povo de Deus. A definição que o dicionário Aurélio dá de mexericar é: “Narrar em segredo e astuciosamente, com o fim de malquistar, intrigar ou enredar. Andar com mexericos; fazer intrigas”. E na definição de mexeriqueiro, encontramos o termo “leva-e-traz”, ou seja: fofoqueiro.
E a implicação espiritual desta prática não pode ser definida com nenhuma outra palavra, a não ser: pecado. Mexericar é desobedecer a Deus; portanto, é pecado e ponto final. Mas o versículo seguinte a esta proibição divina nos revela que não peca somente que faz o mexerico, mas também quem dá ouvidos a ele! Note a expressão: “não deixarás de repreender o teu próximo, e não levarás sobre ti pecado por causa dele”. A Bíblia está dizendo que quando alguém dá ouvidos ao mexeriqueiro, está sendo cúmplice com ele, está levando sobre si pecado por causa da outra pessoa. A única forma de não pecar junto com o que traz o mexerico, é repreendê-lo e recusar dar-lhe ouvidos.
Se alguém vem falar mal de alguém, pegue esta pessoa, leve-o até “fulano” e faça falar na frente dele. Se a pessoa aceitar, dê ouvidos e tente ser o pacificador. Se a pessoa se recusar a fazê-lo, não a ouça e repreenda-a por estar sendo mexeriqueira. Infelizmente, a maioria não pratica este princípio, mas aqueles que o fazem tem visto que ou ganham o mexeriqueiro, tirando-o do pecado, ou no caso de não conseguir isto pelo menos não serão mais procurados por aquela pessoa.
Adicionar legenda
O mexerico é uma voz maligna, e infelizmente pode ser encontrada em qualquer igreja. Os estragos que ele tem causado são incalculáveis. Quanta intriga, divisão, separação, inimizade, geradas pela língua que destila veneno! O cristão tem que estar perto o suficiente da Palavra de Deus afim de abafar esta voz. Não falo apenas de vencer a tentação de pessoalmente mexericar; mais do que isto, falo de nem mesmo dar ouvidos a um mexeriqueiro. Pois mesmo que você nunca abra sua boca contra ninguém, ainda pode pecar mexericando. Basta ser cúmplice, dando ouvidos ao que mexerica.
Não temos que controlar a vida de ninguém. Se alguém está em falha, devo admoestá-lo, uma vez que isto é um mandamento bíblico:

Irmãos, se um homem chegar a ser surpreendido em algum delito, vós que sois espirituais corrigi o tal com espírito de mansidão; e olha por ti mesmo, para que também tu não seja tentado”. – (Gl 6.1)
Note que a Bíblia fala sobre corrigir a pessoa. Não é brigar com ela, mas falar-lhe com espírito de MANSIDÃO, ou seja, amorosamente. Mas se não falo com a pessoa que falhou, não tenho direito de sair espalhando a fraqueza dela com mais ninguém! Se orarmos ao menos metade do que mexericamos, a igreja será um lugar bem diferente!
Precisamos reconhecer que o mexerico é instigado por Satanás; portanto, ele não é apenas a voz de uma pessoa que está pecando, mas é uma voz maligna! Instigado por Satanás
Quando escreveu a Timóteo, Paulo tratou da questão das viúvas, mostrando quando é que a igreja deveria sustentá-las e quando deveria rejeitá-las, instruindo-as a casar-se novamente. E ele atribui isto a dois tipos de problemas que esta situação estava gerando; um deles era o mexerico. E ele mostra que por trás do mexerico estava o próprio Satanás, instigando-o:
Mas rejeita as viúvas mais novas, porque, quando se tornam levianas contra Cristo, querem casar-se; tendo já sua condenação por haverem violado sua primeira fé; e, além disto, aprendem também a ser ociosas, andando de casa em casa; e não somente ociosas, mas também faladeiras e intrigantes, falando o que não convém. Quero pois que as mais novas se casem, tenham filhos, dirijam sua casa, e não dêem ocasião ao adversário de maldizer; porque já algumas se desviaram, indo após Satanás.” – (1 Tm 5.11-15)
Paulo atribui o ser “faladeira e intrigante” a seguir Satanás. É óbvio que o diabo não apareceu pessoalmente a estas mulheres mandando que fofocassem, mas fez isto de maneira invisível, pois o agir dele é espiritual; é ele que está por trás instigando o mexerico. E quando a pessoa segue este caminho, está seguindo a Satanás, pois ele é quem instiga a intriga!
Já é tempo de compreendermos a implicação espiritual do mexerico e não mais dar lugar ao diabo. Além de ser classificado como instigado por Satanás, a Bíblia ainda nos revela que o mexerico é algo que Deus abomina:
Há seis coisas que o Senhor detesta; sim, há sete que ele abomina: olhos altivos, língua mentirosa, e mãos que derramam sangue inocente; coração que maquina projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal; testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contenda entre irmãos.” – (Pv 6.16-19)
Há uma outra tradução que diz no versículo 16: “há seis coisas que o Senhor detesta e a sétima ele abomina”, o que dá um peso ainda maior ao que estamos dizendo, pois a sétima coisa que Salomão relaciona é: “o que semeia contenda entre irmãos”.
A voz do mexerico nunca edifica ninguém. Tampouco produz unidade, harmonia, comunhão ou amor. Pelo contrário, é um instrumento de divisão, de mágoa, e muita dor. E Deus o abomina! Mexericar é pecado. É tornar-se instrumento de Satanás. É fazer-se abominável a Deus. E mostra falta de caráter, de fidelidade ao Senhor e ao corpo de Cristo.
O que anda mexericando revela segredos, mas o fiel de espírito encobre o negócio.” – (Pv 11.13)
O que vê seu irmão falhar, e em vez de espalhar a quem encontra, decide guardar silêncio, é chamado fiel de espírito. Há muita diferença entre um e outro! Precisamos aprender a guardar a nossa língua. Cresci ouvindo meu pai citar o ditado: “quem muito fala, muito erra”. E é bíblico, pois encontramos uma expressão semelhante no livro de Provérbios que mostra as consequências do uso da língua:
O que guarda a sua boca preserva a sua vida; mas o que muito abre seus lábios traz sobre si a ruína” – (Pv 13.2)
Devemos zelar com o uso da nossa língua; Tiago disse que ela pode ser inflamada (ou instigada) pelo inferno (Tg 3.6). Quando escreveu aos tessalonicenses, o apóstolo Paulo chamou o “intrometer-se na vida alheia” – e é exatamente isto que é o mexerico – de um andar desordenado:
Porquanto ouvimos que alguns entre vós andam desordenadamente, não trabalhando, antes intrometendo-se na vida alheia”. – (2 Ts 3.11)
Acostumamo-nos tanto com os mexericos, fofocas e intrigas, que ainda não tomamos consciência da gravidade deste pecado. Ao escrever sua primeira epístola, o apóstolo Pedro comparou o pecado de entremeter-se na vida alheia aos “piores” pecados que costumamos relacionar:
Que nenhum de vós, entretanto, padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se entremete em negócios alheios”. – (1 Pe 4.15)
Jesus Cristo declarou que daremos conta no dia do juízo de toda palavra fútil que sair de nossa boca (Mt 12.36). É hora de darmos um basta ao mexerico. Se o encaramos como pecado, e enxergarmos o estrago que ele tem trazido ao Corpo de Cristo, acredito que haverá peso em nossos corações ao nos envolvermos em sua prática. Caso contrário, nossa consciência permanecerá cauterizada nesta área e seremos impedidos de crescer.
Levítico 19:16-19
Penso que o motivo real porque Deus nos deixa transmitir algo sobre a "fofoca", é que esse problema de maneira nenhuma nos é estranha. Nós não somente ouvimos fofocas, também as espalhamos e nós mesmos fomos vítimas delas. E acreditem: Todas as três coisas doem ao Senhor da mesma maneira!
Quando conto adiante algo que eu deveria Ter ficado para mim, normalmente o justifico com as palavras: "Precisamos de qualquer maneira orar por fulano ou sicrano, ele tem o seguinte grave problema..." Mas então normalmente não oramos, mas falamos bastante sobre o assunto. Naturalmente sempre foi altamente interessante ficar sabendo das últimas histórias sobre uma pessoa ou uma obra.
I). O que é fofoca?
Por ocasião da nossa conversão a Jesus, deixamos os "grandes pecados" como por exemplo, mentir, roubar, beber, enganar, uso de drogas, etc. Começamos a passar nosso tempo com nossos novos amigos, falando a respeito de nosso Senhor, sobre nossa vida e sobre o que acontecem à nossa volta. Complemente inofensivo... pensamos. Mas, observemos a coisa um pouco mais de perto! Quantas vezes essas conversas estão cheias de julgamentos, de boatos, de "ouvi dizer"... escondidos cuidadosamente atrás de um sorriso cristão!
Já sabias que a bíblia fala muito sobre fofoca? E não se trata de um "pequeno pecado", como muitos de nós pensamos. Na bíblia está escrito: "...a boca perversa, aborreço" (Prov. 8:13). Deus nos ordena: "Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo." (Lev. 19:16). Ele também diz: "...aprendam também a viver ociosas, andando de casa em casa; e não somente ociosas, mas ainda tagarelas e intrigantes, falando o que não devem." (I Tim. 5:13). E no Salmo 101:5, Deus diz: "Ao que as ocultas calunias o próximo, a esse destruirei." Deus é de opinião que pessoas tagarelas não o reconhecem, estando entregues aos seus pensamentos corrompidos. Ele equipara pessoas difamadoras com aqueles que não merecem confiança, como assassinos e aborrecedores de Deus. Ele continua, dizendo que aqueles que fazem tais coisas, sabem que merecem a morte. Mas isso não os impede de continuar a faze-las e até a animar outras a pratica-las (Rom. 1:28-32).
Além disso as fofocas não precisam ser obrigatoriamente mentirosas. Muitos pensam: "O assunto é verdade, por isso posso contá-lo a todos." Mas isso não está certo! Dizer a verdade com falsos motivos pode Ter efeito ainda mais funestos do que falar inverdade. A seguinte definição de "fofoca" deixa isso claro: Falar algo de alguém é fofoca, quando o que é dito não contribui para a solução do problema da pessoa em questão.
II). Orientação na Bíblia
Quando somos ofendidos por alguém ou vemos que alguém vive em pecado, temos que ir a essa pessoa e a nenhuma outra! (Mat. 18:15e16). Se alguém vive em pecado, que valor teria, falar a respeito a outros? O que os outros irão fazer a respeito? Ao invés disso, é nossa tarefa reconduzir o irmão ou a irmã à comunhão com Deus. Poderias mostrar-lhe o ponto escuro em sua vida, que o Senhor gostaria tanto purificar. Se a pessoa não der ouvidos, deve-se dar outros passos. "Irmãos, se alguém for surpreendido em alguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-lo, com espirito de bradura; e guarda-te para que não sejais também tentado." (Gal. 6.:1)
III). Envolver outros
Transmitir a outros nossas mágoas e amarguras e ouvir quando eles falam das suas, é outra área em que devemos ser bem cuidadosos. Se alguém feriu teu amigo, e este te falar da sua dor, provavelmente ficará ofendido por simpatia por ele. Então também te sentes ofendido e talvez ficas bravo com a pessoa que fez tal coisa ao teu amigo. Mais tarde é possível que os dois se reconciliem, e tudo estará perdoado e esquecido. Mas um problema permanece: Tu continuas amargurado!
Uma briga causada por um pequeno incidente, pode ter consequências muito amplas e estender-se por muito tempo, dependendo de quantas pessoas tomam conhecimento dela. Vês, é complemente injustificável envolver outros em tuas mágoas. Não temos o direito de ir a outro, exceto a Deus e aquele que nos ofendeu.
IV). A diferença entre aconselhamento e fofoca
Muitas vezes, fofocas e difamações são camufladas como "aconselhamento espiritual". Nada existe de condenável no aconselhamento espiritual, se realmente falar com conselheiro espiritual, um conselheiro espiritual é um crente maduro, que te exorta numa vida espiritual e à reconciliação, que aponta seu pecado na situação que está sendo analisada! Ele não exagera a importância da questão e não fica logo ofendido pessoalmente. A ele interessa principalmente a vontade de Deus, não a tua.
Na maior parte das vezes, nem procuramos seriamente uma solução quando falamos com alguém sobre um problema, mas somente um ouvinte compassivo, que também defende nosso ponto de vista. Parece-nos indiferente, quantas divisões provocamos, enquanto pudermos atrair pessoas para o "nosso lado". "Seis coisas o Senhor aborrece, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal, testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contenda entre os irmãos." (Prov. 6:16-19)
V). "Mas estou somente ouvindo!"
Muitos de nós pensamos que somente ouvir não é tão grave quanto espalha-las. Mas isso não é verdade! Deus diz: "O malfazejo atenta para o lábio iníquo; o mentiroso inclina os ouvidos para a língua maligna." (Prov. 17:4).
Em I Samuel 24:9, Davi exorta a Saul: "Porque dás tu ouvidos às palavras dos homens que dizem: Davi procura fazer-te mal?" Sim, porque lhes damos ouvidos?! Porque estamos tão rapidamente dispostos a acreditar o pior? Na bíblia está escrito: "(o amor) tudo espera" (I Cor. 13:7). Porque não respondemos educada mas decididamente: "Desculpe, tenho a impressão que você está contando algo, que eu nem deveria ouvir. Você deveria conta-lo ao Senhor e aquele quem se refere, mas a mim não."
Algumas exortações desse tipo, mataria em germe a maior parte das histórias de mexericos. Ao menos, elas impedirão as pessoas de vir a ti com sua conversa fiada. Talvez, assim também as estimule uma vez a pensar sobre coisas mais importantes que os assuntos de outras pessoas. A bíblia nos adverte claramente sobre o envolvimento com fofocas: "O mexeriqueiro revela o segredo, portanto não te metas com quem muito abre seus lábios." (Prov. 20:19)
VI). Um sinal de maturidade
"Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no dia do juízo." (Mat. 12:36). Em cada palavra que dizemos, tomamos uma decisão. Ou nos decidimos a glorificar a Deus ou a entristecê-lo, rebelando-nos contra sua palavra; "Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim, unicamente a que for boa para edificação." (Ef. 4:29).
Frequentemente não levamos a sério a ordem de Deus para controlar nossa língua. Trata-se, entretanto, de uma das características de um crente maduro. Tiago diz: "Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a sua língua, antes enganando o próprio coração, a sua religião é vã." ( Tiago 1:26). Sabemos que o coração é enganoso mais do que todas as coisas (Jer. 17:9), e assim seria fácil justificar desse modo nosso comportamento errado.
VII). Um pensamento final
Fofoca e difamação, são instrumentos de Satanás. Ele sabe: se consegui dividir-nos e fazer com que lutemos entre nós, estaremos muito ocupados para lutar entra ele. Temos que parar e pensar, antes de falar! Deveríamos decidir em nosso coração, nunca mais dar ouvidos a fofocas ou espalha-las! Isso é possível pela graça de Deus e através da nossa decisão de fazer a escolha certa! Talvez tenhas que pedir desculpas a alguma pessoa. Talvez será preciso revelar amarguras e curá-las. Vai primeiro a Deus e deixa Ele ordenar teu coração! Ele também te dará forças para fazer o restante:
(Apoc. 19:7)

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O que fazer para ser uma nova Criatura? (2 Co 5:17)


I.O que fazer para ser uma nova Criatura? (2 Co 5:17)
Como fazermos para ser uma nova Criatura? Talvez alguém já tenha lhe feito essa pergunta. Foi esse o questionamento do carcereiro Filipos – “ Senhores, que devo fazer para que seja salvo?” ( At 16:30 ). Muitas pessoas querem encontrar uma maneira para está em dia com Deus, e por isso praticam boas obras, achando que estas conseguem colocá-las numa posição aceitável diante do Senhor. Biblicamente Falando, nada existe que possamos fazer para nos transformar em uma nova criatura. Ser uma nova criatura, baseando-se em 2 Coríntios 5:17, é o resultado de três ações de iniciativa divina.
1.Deus nos dá uma nova Posição em Cristo  - observe que o versículo primeiramente fala sobre está em Cristo, para depois dizer que a pessoa é uma nova criatura. Isso porque é necessário está inserido no raio da ação da pessoa de Cristo, resultado de uma nova conversão genuína, para depois ser transformada. Tal milagre é feito pela obra expiatora de Jesus que nos dá condições  de ser uma nova criatura . Podemos dizer que esta ação divina nos leva à nova posição diante de Deus, que está descrita no texto como “ EM CRISTO”

2.Ele deixa nosso passado  para trás – quando Paulo fala nas coisas velhas que já passaram, se refere nas coisas velhas que já passaram, se refere a tudo que faz parte do passado e que continua lá atrás – essas é a idéia do verbo principal desta frase. Todos os nossos pecados e coisas ruins que fizemos foram perdoados por Deus e deixadas bem longe da atualidade. Deus nos perdoa e nunca mais  irá trazer à sua memória os pecados que cometemos. Nos é que, por muitas vezes, achamos que ainda existe algo em nosso passado que nos condena diante de Deus. Se ele já ouviu nossa confissão, e, portanto perdoou, está perdoado.!

3.Ele Faz tudo de novo – o tempo verbal deste trecho indica que Deus fez e continua fazendo coisas novas, diariamente, na vida de seus filhos. Isso mostra a beleza e a dinâmica de nosso relacionamento com Cristo. Graça a Deus pela novidade de vida que Ele nos Proporciona!

Como o fato de está em Cristo se reflete em sua vida, hoje?

II.Quais são os benefícios de ser uma Nova Criatura?

Agora que sabemos que não podemos fazer nada para nos tornar novas criaturas, e que tal condição resulta de ações de Deus, vejamos os benefícios que recebemos por está em Cristo.


1.Ser feito filho de Deus  – antes éramos apenas criaturas de Deus, agora somos filhos por doação. Ninguém nasce filho de Deus. Todos nós nascemos suas criaturas. Somente é filho aquele que recebe Jesus como Senhor e Salvador de sua vida (Jo 1: 12 )



2.Ser conhecido como amigo de Cristo – antes éramos apenas pessoas que conheciam ( possivelmente) alguns aspecto da vida de Cristo, agora fomos alcançados pela sua maravilhosa obra, a ponto dEle mesmo ter dito sobre seus discípulos: “ Já não vos chamo de servos porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; tenho vos chamados de amigos...(Jo 15:15 ). Isso é reflexo de uma vida íntima com Deus.

3.Ser habilitado pelo o Espírito Santo  - Espírito Santo tem um ministério singular na vida daqueles que se entregam a Jesus com, pelo menos três funções especiais:

a.Habitar em nós ( Jo 14 17 )
b.Ensinar – nos sobre as verdades externas (Jo 14:26 )
c.Fazer-nos lembrar das palavras de Cristo (Jo 14:26 )


Já parou para imaginar o que somos hoje é o resultado da ação de Deus Pai todo poderoso, Deu Filho e Deus Espírito Santo – a trindade em nossa vida? 


III.Quais são as responsabilidades de ser uma Nova Criatura?

É muito bom receber benefícios, mas isso acarreta responsabilidade  que acompanha nossa jornada aqui na terra. Aqueles que já foram agraciados pela ação de Deus e pelos os benefícios de está em Cristo têm sua responsabilidade, como veremos a seguir. 
1.Dar Fruto  - “ Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrario, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vedes e deis fruto, e o vosso fruto,  permaneça; a fim de que tudo quando perdes ao pai em nome em meu nome,ele vo-lo conceda”  (Jo 15:16)

2.Dar testemunho – “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e serei minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda Judéia e Samaria e até os confins da terra” (Atos 1:8). Agora sim, quando temos uma vida que evidencia  transformação de dentro para fora, podemos ser utilizados  por Deus para as outras pessoas também sejam alcançada pela mesma graça.

Como está sua produção de frutos espirituais?
 Como tem sido seu testemunho ultimamente?

IV.Que necessidade há de ser uma nova criatura? ( Jo 3:1-21)

O relato da conversa de Jesus com Nicodemos nos mostra que ser nova criatura não é opção para aqueles que querem ter um novo relacionamento pessoal com Deus, mas uma necessidade. Não há como querer relacionar-se de maneira íntima com Deus, sem experimentar esta transformação.

Quando Jesus inicia a sua conversa com Nicodemos, enfatiza que é necessário nascer de novo para poder ver o reino de Deus. (Jo 3.3). ou seja, é somente por meio do novo nascimento ( o que faz com que a pessoa seja uma nova criatura)que é possível entender coisas espirituais. Esse era o problema de Nicodemos, que mesmo sendo mestre em Israel em Israel.(v10) não conseguia compreender os ensinos espirituais de Jesus. Sem o novo nascimento é impossível compreender a palavra de Deus. Pode-se ter informação sobre Deus, mas nunca formação sob Deus, pois essa só ocorre com o novo nascimento.

Você já experimentou um novo nascimento que lhe transforma em uma nova criatura? O que lhe dar essa certeza.

V.Quais são as evidências do ser Uma Nova Criatura?

Ao ser transformado em uma nova criatura, a pessoa apresenta mudanças internas e externas vejamos algumas dessas evidências.


1.Nova visão e compreensão espiritual (2 Co 4:6;Ef1:18;1Co 2:14)

2.Coração revolucionado ( Ez 36:26;Ef 4:20

3.Vontade Transformada ( Ef 5:15- 17 )

4.Atitude diferente para com o pecado ( Rm 6: 1-23)

5.Disposição para obedecer a Deus ( I Jo 2:26 )

6.Coração habitado por Cristo (Jo 14:23;Co1:27)

7.Vida separada do mundo ( Tg 4:4;I Jo 2:15-17)

a)Luz do mundo ( Mt 5:13 )
b)Sal da terra ( Mt 5:14-16 )
c)O bom perfume ( 2 Co 2:15-16 )


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Conclusão

Como vimos é imprescindível ser NOVA CRIATURA, antes de ser DISCÍPULO de Jesus. De nada adianta querer prosseguir no estudo desta apostila sem dar esse primeiro passo. Se você está frequentado o culto aos domingos e ainda não se decidiu, procure uma célula mais próxima de sua casa ou uma pessoa experiente para que explique maiores detalhe sobre está em Jesus. Se você tem plena convicção de que já tomou esta importante decisão, peça que o Espírito Santo sonde sua vida e veja se existe algo em seu íntimo que está em desacordo com o chamado que recebeu de Jesus.

sábado, 26 de janeiro de 2013

A MEDIDA DE UMA VIDA


Fomos planejados para ter intimidade social e emocional com aqueles que estão a nosso redor, mas nossos desejos estão contaminados pela inclinação egoísta de querer ser o centro de tudo. Basicamente essas duas forças permanecem em conflito por toda a vida. Queremos amar as pessoas, ser conhecidos, considerados e amados em retribuição. Mas as pessoas nos decpicionam, nos ferem e, na maioria das vezes, não reagem da maneira que esperamos. Assim, decidimos viver na defensiva, dizendo a nós mesmos que não precisamos de fato das pessoas, muito embora nosso coração diga o contrário.
Madre Teresa disse que a solidão é a pior das pobrezas” Ela estava certa - sem amor, estamos emocionalmente falidos.
O amor não pode ser comprado, mas tem um preço alto, chamado sacrifício. Amar sempre significa arriscar-se a sentir dor. Até mesmo no melhor dos relacionamentos existe algum senso de perda potencial que nos assombra talvez a simples possibilidade de que a outra pessoa venha a morrer um dia, deixando-nos sozinhos. Amamos alguém, casamos e então descobrimos como um relacionamento tão íntimo pode ser doloroso. Muitos já sentiram a terrível dor de perder os pais. Os filhos em quem você investiu sua vida crescem e, por fim, vão embora. Nossos amigos mais próximos trocam de emprego e se mudam para um estado distante. Não deixamos de amar nenhuma dessas pessoas, mas sentimos dor porque não podemos mais estar com elas da maneira como gostaríamos. A dor é, assim, parte inerente de qualquer relacionamento significativo .
Para amar outras pessoas, suportar as dores do coração e compartilhar vidas, é preciso um amor maior que o nosso. Precisamos sentir a plenitude do amor de Deus para que possamos morrer para nossos desejos egoístas e nos entregar livremente aos outros. Temos de olhar primeiro para Deus. Ainda que tenhamos sido feitos para precisar dos outros, as pessoas jamais satisfarão nosso desejo de sermos amados como Deus nos ama. Ele demonstrou seu amor de uma maneira que mudou para sempre a história e continua a mudar um número incalculável de vidas.

O maior sacrifício de amor da história foi a morte de Cristo sobre a cruz. Deus permitiu que seu único Filho se tornasse mortal - a Palavra se fez carne - e então suportasse a mais terrível,dolorosa e humilhante morte possível:a crucificação. O amor de Deus por nós é de fato incompreensível. Nosso amor tem limites, mas o amor de Deus não. É completamente incondicional, sem nenhuma restrição.

O sacrifício de Deus me faz lembrar a história de um homem que operava uma ponte levadiça sobre uma baía numa pequena cidade litorânea. Todo dia ele caminhava até a cabine ao lado da ponte, onde controlava uma alavanca. Ao puxá-la, a ponte com seus trilhos se erguia, e enormes navios passavam pelo vão. Então, ao empurrar a alavanca para baixo, a ponte levadiça baixava, ligando novamente os trilhos para que o trem pudesse passar sobre ela em segurança.
Quase todos os dias seu filho pequeno ia trabalhar com ele - o menino adorava ver o pai levantar e baixar a ponte. Certo dia, quando estavam juntos, o pai recebeu um aviso via rádio informando que um trem não programado estava a caminho e que ele precisava baixar a ponte. Ele olhou pela janela enquanto segurava a alavanca e viu seu filho pequeno lá fora, brincando nas enormes engrenagens da ponte levadiça perto da praia. Ele gritou, mas seu filho não pôde ouvi-lo por causa de toda a emoção e do barulho da água. O homem saiu correndo da cabine de controle na direção do filho para tentar pegá-lo e puxá-lo para um lugar seguro, mas então se deu conta da terrível situação. Se não empurrasse a alavanca naquele exato momento, o trem cairia na água e centenas de passageiros morreriam; se baixasse a ponte, porém, seu filho seria morto. No último segundo ele tomou a difícil decisão: correu de volta para a cabine de controle e empurrou a alavanca, caindo de joelhos e agonia enquanto seu filho pequeno era esmagado até a morte. Com lágrimas escorrendo pela face, o homem olhou para fora e viu trem seguindo em segurança pela ponte. Ele pode ver pela janela de um dos vagões restaurante que as pessoas estavam comendo e rindo, ingnorando totalmente o grande sacrifício que ele fizera simplesmente para que pudessem viver.(Lembro-me da música de Livres para Adorar vai valer apena)
A maioria de nós não tem a mínima consciência do grande sacrifício que Deus fez. Ele deu seu único Filho, que veio a esta terra e morreu por nós para nos perdoar a culpa do passado, dar-nos um propósito para o presente e um futuro que inclui o céu. Ao pensar no que significa entregar-se de modo sacrificial àqueles que estão a seu redor, talvez você devesse primeiro pensar em quanto Deus se sacrificou por você. Minha oração por quem está lendo estas palavras é a mesma que Paulo expressou em sua carta à igreja de Éfeso: "Oro para que, estando arraigados e alicerçados em amor, vocês possam compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento" (Ef 3: 17 -19).
Seu problema não é que você não ama suficientemente a Deus. É que você não entende quanto ele o ama. Se entendesse apenas um pouco quanto Deus o ama, você lhe entregaria todas as áreas da vida. Deus teria dado seu único Filho e mandado que ele viesse a este mundo para morrer na cruz mesmo que você fosse a única pessoa da terra. Se você fosse o único passageiro naquele trem, ele ainda assim baixaria a ponte - à custa de seu único Filho - para transpor o abismo que existe entre você e ele. O amor de Deus por você é grande assim.
Tendo o amor de Deus como base, você pode descobrir um novo poder na maneira de se relacionar com os outros. É possível ser livre para ser você mesmo, sem buscar nas pessoas validação, aprovação ou permissão. Ao mesmo tempo, você vai aliviar os outros da pressão de serem mais significativos para você do que é humanamente possível. Se você for capaz de pôr fim ao excesso de compromissos e de prioridades invertidas, aceitando o fato de que o tempo que lhe resta na terra é limitado, poderá ter mais intimidade na vida como nunca experimentou.

Analisando minhas agendas antigas venho lembrar de várias pessoas que existem, mas hoje vivem oculpadas demais para perdoar os imperdoaveis. Leia a frase Corrie Ten Bom

A MEDIDA DE UMA VIDA, AFINAL, NÃO É SUA DURAÇÃO. MAS SUA DOAÇÃO.

Um grande abraço
Cris Monteiro














quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A ADVERTÊNCIA CONTRA A VINGANÇA

Paulo exclui categoricamente todas as tentativas de vingança: “Não vos vingueis vos mesmos, amados” ( Romanos 12:19 ). Não há condições, exceções ou alternativas. A vingança e a retaliações nunca são opções para aqueles que crerem em JESUS CRISTO. O versículo seguinte apresenta três motivos para isso. A VINGANÇA PERTENCE A DEUS “Mas daí lugar a ira [ de Deus ]; porque está escrito: a mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor”(V 19). O presidente Jonh F. Kennedy gostava de dizer: “Não se exaspere; vá a forra!. Um ótimo exemplo da saberia do mundo. È assim que a maioria das pessoas age, até mesmo muitos cristão. As vezes com uma pequena variação: Primeiro exasperamos e depois nos vingamos. Paulo em contra partida, diz “Deixe Deus cuidar da vingança. “Esse é o ministerial especial do Senhor”. E você já pensou na vingança como um “ministério” de Deus? Pois ela é. Trata-se de um aspecto da justiça de Deus. È a sua forma de equilibrar a balança da vida. O que acontece quando tentamos nos vingar por nossos meios? Na maioria das vezes fazemos tudo errado. Ou somos severo ou leniente demais; agindo cedo demais; ou tardes demais; atacamos a pessoas errada; ou ainda pioramos a situação ao invés de melhorá-la. Muitas vezes somos como Bruce Willis na série de filmes Duro de matar. Carregamos nossas armas e entramos na sala correndo e atirando. Nosso lema é “Mate todos e deixe Deus separar os bons dos maus depois”. E se por acidentes, ferimos pessoas inocentes, racionalizamos nosso atos dizendo: “ O mundo é cruel, e , às vezes, as pessoas se machucam”.

O motivo mais importante para não nos vingarmos é que nossa inaptidão pode acabar impedindo a operação de Deus na VIDA DE OUTRA PESSOA. Normalmente, só queremos acertar as contas, enquanto Deus deseja conduzir as pessoas ao arrependimento e à reconciliação. A visão de Deus é melhor que a nossa, e seus objetivos são mais elevados. A vingança é especialidade dele. Ao falarmos de Deus foi Ele que expulsou Adão e Eva do jardim e fez o mar vermelho secar para os israelitas atravessassem e se fechar para afogar os egípcio.. foi ele que abriu o chão e engoliu os filhos de corá, e feriu miriã com lepra. Foi ele quem entregou o gigante Golias nas mãos de Davi e fez o filho recém-nascido de Davi Morrer como conseqüência de uma relação ilícita com Bate-Seba. Ele permitiu que Pedro andasse sobre as águas e, depois, repreendeu esse mesmo apostolo: “Arreda satanás!”. Ele operou milagres na igreja primitiva, mas também matou Ananias e Safira quando mentiram sobre sua contribuição.

Ele é Deus. Vê aquilo que não somos capazes de enxergar;observas as motivações do nosso coração conhece nossos pensamentos de os elaboramos. Sabe o que faremos antes de agirmos e conhece nossas razões. A vingança e o seu ministério especial para humanidade. Você nuca poderá exultá-la tão bem quanto a ele. Ao contrario, só causará. PORTANTO, DEIXE O SENHOR SE VINGAR. ELE É MUITO MELHOR NISSO QUE VOCÊ JAMAIS SERÁ.