sábado, 26 de janeiro de 2013

A MEDIDA DE UMA VIDA


Fomos planejados para ter intimidade social e emocional com aqueles que estão a nosso redor, mas nossos desejos estão contaminados pela inclinação egoísta de querer ser o centro de tudo. Basicamente essas duas forças permanecem em conflito por toda a vida. Queremos amar as pessoas, ser conhecidos, considerados e amados em retribuição. Mas as pessoas nos decpicionam, nos ferem e, na maioria das vezes, não reagem da maneira que esperamos. Assim, decidimos viver na defensiva, dizendo a nós mesmos que não precisamos de fato das pessoas, muito embora nosso coração diga o contrário.
Madre Teresa disse que a solidão é a pior das pobrezas” Ela estava certa - sem amor, estamos emocionalmente falidos.
O amor não pode ser comprado, mas tem um preço alto, chamado sacrifício. Amar sempre significa arriscar-se a sentir dor. Até mesmo no melhor dos relacionamentos existe algum senso de perda potencial que nos assombra talvez a simples possibilidade de que a outra pessoa venha a morrer um dia, deixando-nos sozinhos. Amamos alguém, casamos e então descobrimos como um relacionamento tão íntimo pode ser doloroso. Muitos já sentiram a terrível dor de perder os pais. Os filhos em quem você investiu sua vida crescem e, por fim, vão embora. Nossos amigos mais próximos trocam de emprego e se mudam para um estado distante. Não deixamos de amar nenhuma dessas pessoas, mas sentimos dor porque não podemos mais estar com elas da maneira como gostaríamos. A dor é, assim, parte inerente de qualquer relacionamento significativo .
Para amar outras pessoas, suportar as dores do coração e compartilhar vidas, é preciso um amor maior que o nosso. Precisamos sentir a plenitude do amor de Deus para que possamos morrer para nossos desejos egoístas e nos entregar livremente aos outros. Temos de olhar primeiro para Deus. Ainda que tenhamos sido feitos para precisar dos outros, as pessoas jamais satisfarão nosso desejo de sermos amados como Deus nos ama. Ele demonstrou seu amor de uma maneira que mudou para sempre a história e continua a mudar um número incalculável de vidas.

O maior sacrifício de amor da história foi a morte de Cristo sobre a cruz. Deus permitiu que seu único Filho se tornasse mortal - a Palavra se fez carne - e então suportasse a mais terrível,dolorosa e humilhante morte possível:a crucificação. O amor de Deus por nós é de fato incompreensível. Nosso amor tem limites, mas o amor de Deus não. É completamente incondicional, sem nenhuma restrição.

O sacrifício de Deus me faz lembrar a história de um homem que operava uma ponte levadiça sobre uma baía numa pequena cidade litorânea. Todo dia ele caminhava até a cabine ao lado da ponte, onde controlava uma alavanca. Ao puxá-la, a ponte com seus trilhos se erguia, e enormes navios passavam pelo vão. Então, ao empurrar a alavanca para baixo, a ponte levadiça baixava, ligando novamente os trilhos para que o trem pudesse passar sobre ela em segurança.
Quase todos os dias seu filho pequeno ia trabalhar com ele - o menino adorava ver o pai levantar e baixar a ponte. Certo dia, quando estavam juntos, o pai recebeu um aviso via rádio informando que um trem não programado estava a caminho e que ele precisava baixar a ponte. Ele olhou pela janela enquanto segurava a alavanca e viu seu filho pequeno lá fora, brincando nas enormes engrenagens da ponte levadiça perto da praia. Ele gritou, mas seu filho não pôde ouvi-lo por causa de toda a emoção e do barulho da água. O homem saiu correndo da cabine de controle na direção do filho para tentar pegá-lo e puxá-lo para um lugar seguro, mas então se deu conta da terrível situação. Se não empurrasse a alavanca naquele exato momento, o trem cairia na água e centenas de passageiros morreriam; se baixasse a ponte, porém, seu filho seria morto. No último segundo ele tomou a difícil decisão: correu de volta para a cabine de controle e empurrou a alavanca, caindo de joelhos e agonia enquanto seu filho pequeno era esmagado até a morte. Com lágrimas escorrendo pela face, o homem olhou para fora e viu trem seguindo em segurança pela ponte. Ele pode ver pela janela de um dos vagões restaurante que as pessoas estavam comendo e rindo, ingnorando totalmente o grande sacrifício que ele fizera simplesmente para que pudessem viver.(Lembro-me da música de Livres para Adorar vai valer apena)
A maioria de nós não tem a mínima consciência do grande sacrifício que Deus fez. Ele deu seu único Filho, que veio a esta terra e morreu por nós para nos perdoar a culpa do passado, dar-nos um propósito para o presente e um futuro que inclui o céu. Ao pensar no que significa entregar-se de modo sacrificial àqueles que estão a seu redor, talvez você devesse primeiro pensar em quanto Deus se sacrificou por você. Minha oração por quem está lendo estas palavras é a mesma que Paulo expressou em sua carta à igreja de Éfeso: "Oro para que, estando arraigados e alicerçados em amor, vocês possam compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento" (Ef 3: 17 -19).
Seu problema não é que você não ama suficientemente a Deus. É que você não entende quanto ele o ama. Se entendesse apenas um pouco quanto Deus o ama, você lhe entregaria todas as áreas da vida. Deus teria dado seu único Filho e mandado que ele viesse a este mundo para morrer na cruz mesmo que você fosse a única pessoa da terra. Se você fosse o único passageiro naquele trem, ele ainda assim baixaria a ponte - à custa de seu único Filho - para transpor o abismo que existe entre você e ele. O amor de Deus por você é grande assim.
Tendo o amor de Deus como base, você pode descobrir um novo poder na maneira de se relacionar com os outros. É possível ser livre para ser você mesmo, sem buscar nas pessoas validação, aprovação ou permissão. Ao mesmo tempo, você vai aliviar os outros da pressão de serem mais significativos para você do que é humanamente possível. Se você for capaz de pôr fim ao excesso de compromissos e de prioridades invertidas, aceitando o fato de que o tempo que lhe resta na terra é limitado, poderá ter mais intimidade na vida como nunca experimentou.

Analisando minhas agendas antigas venho lembrar de várias pessoas que existem, mas hoje vivem oculpadas demais para perdoar os imperdoaveis. Leia a frase Corrie Ten Bom

A MEDIDA DE UMA VIDA, AFINAL, NÃO É SUA DURAÇÃO. MAS SUA DOAÇÃO.

Um grande abraço
Cris Monteiro














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