Fomos
planejados para ter intimidade social e emocional com aqueles que
estão a nosso redor, mas nossos desejos estão contaminados pela
inclinação egoísta de querer ser o centro de tudo. Basicamente
essas duas forças permanecem em conflito por toda a vida. Queremos
amar as pessoas, ser conhecidos, considerados e amados em
retribuição. Mas as pessoas nos decpicionam, nos ferem e, na
maioria das vezes, não reagem da maneira que esperamos. Assim,
decidimos viver na defensiva, dizendo a nós mesmos que não
precisamos de fato das pessoas, muito embora nosso coração diga o
contrário.
“Madre
Teresa disse que a solidão é a pior das pobrezas” Ela estava
certa - sem amor, estamos emocionalmente falidos.
O
amor não pode ser comprado, mas tem um preço alto, chamado
sacrifício. Amar sempre significa arriscar-se a sentir dor. Até
mesmo no melhor dos relacionamentos existe algum senso de perda
potencial que nos assombra talvez a simples possibilidade de que a
outra pessoa venha a morrer um dia, deixando-nos sozinhos. Amamos
alguém, casamos e então descobrimos como um relacionamento tão
íntimo pode ser doloroso. Muitos já sentiram a terrível dor de
perder os pais. Os filhos em quem você investiu sua vida crescem e,
por fim, vão embora. Nossos amigos mais próximos trocam de emprego
e se mudam para um estado distante. Não deixamos de amar nenhuma
dessas pessoas, mas sentimos dor porque não podemos mais estar com
elas da maneira como gostaríamos. A dor é, assim, parte inerente de
qualquer relacionamento significativo .
Para
amar outras pessoas, suportar as dores do coração e compartilhar
vidas, é preciso um amor maior que o nosso. Precisamos sentir a
plenitude do amor de Deus para que possamos morrer para nossos
desejos egoístas e nos entregar livremente aos outros. Temos de
olhar primeiro para Deus. Ainda que tenhamos sido feitos para
precisar dos outros, as pessoas jamais satisfarão nosso desejo de
sermos amados como Deus nos ama. Ele demonstrou seu amor de uma
maneira que mudou para sempre a história e continua a mudar um
número incalculável de vidas.
O
maior sacrifício de amor da história foi a morte de Cristo sobre a
cruz. Deus permitiu que seu único Filho se tornasse mortal - a
Palavra se fez carne - e então suportasse a mais terrível,dolorosa
e humilhante morte possível:a crucificação. O amor de Deus por nós
é de fato incompreensível. Nosso amor tem limites, mas o amor de
Deus não. É completamente incondicional, sem nenhuma restrição.
O
sacrifício de Deus me faz lembrar a história de um homem que
operava uma ponte levadiça sobre uma baía numa pequena cidade
litorânea. Todo dia ele caminhava até a cabine ao lado da ponte,
onde controlava uma alavanca. Ao puxá-la, a ponte com seus trilhos
se erguia, e enormes navios passavam pelo vão. Então, ao empurrar a
alavanca para baixo, a ponte levadiça baixava, ligando novamente os
trilhos para que o trem pudesse passar sobre ela em segurança.
Quase
todos os dias seu filho pequeno ia trabalhar com ele - o menino
adorava ver o pai levantar e baixar a ponte. Certo dia, quando
estavam juntos, o pai recebeu um aviso via rádio informando que um
trem não programado estava a caminho e que ele precisava baixar a
ponte. Ele olhou pela janela enquanto segurava a alavanca e viu seu
filho pequeno lá fora, brincando nas enormes engrenagens da ponte
levadiça perto da praia. Ele gritou, mas seu filho não pôde
ouvi-lo por causa de toda a emoção e do barulho da água. O homem
saiu correndo da cabine de controle na direção do filho para tentar
pegá-lo e puxá-lo para um lugar seguro, mas então se deu conta da
terrível situação. Se não empurrasse a alavanca naquele exato
momento, o trem cairia na água e centenas de passageiros morreriam;
se baixasse a ponte, porém, seu filho seria morto. No último
segundo ele tomou a difícil decisão: correu de volta para a cabine
de controle e empurrou a alavanca, caindo de joelhos e agonia
enquanto seu filho pequeno era esmagado até a morte. Com lágrimas
escorrendo pela face, o homem olhou para fora e viu trem seguindo em
segurança pela ponte. Ele pode ver pela janela de um dos vagões
restaurante que as pessoas estavam comendo e rindo, ingnorando
totalmente o grande sacrifício que ele fizera simplesmente para que
pudessem viver.(Lembro-me da música de Livres para Adorar vai valer
apena)
A
maioria de nós não tem a mínima consciência do grande sacrifício
que Deus fez. Ele deu seu único Filho, que veio a esta terra e
morreu por nós para nos perdoar a culpa do passado, dar-nos um
propósito para o presente e um futuro que inclui o céu. Ao pensar
no que significa entregar-se de modo sacrificial àqueles que estão
a seu redor, talvez você devesse primeiro pensar em quanto Deus se
sacrificou por você. Minha oração por quem está lendo estas
palavras é a mesma que Paulo expressou em sua carta à igreja de
Éfeso: "Oro para que, estando arraigados e alicerçados em
amor, vocês possam compreender a largura, o comprimento, a altura e
a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo
conhecimento" (Ef 3: 17 -19).
Seu
problema não é que você não ama suficientemente a Deus. É que
você não entende quanto ele o ama. Se entendesse apenas um pouco
quanto Deus o ama, você lhe entregaria todas as áreas da vida. Deus
teria dado seu único Filho e mandado que ele viesse a este mundo
para morrer na cruz mesmo que você fosse a única pessoa da terra.
Se você fosse o único passageiro naquele trem, ele ainda assim
baixaria a ponte - à custa de seu único Filho - para transpor o
abismo que existe entre você e ele. O amor de Deus por você é
grande assim.
Tendo
o amor de Deus como base, você pode descobrir um novo poder na
maneira de se relacionar com os outros. É possível ser livre para
ser você mesmo, sem buscar nas pessoas validação, aprovação ou
permissão. Ao mesmo tempo, você vai aliviar os outros da pressão
de serem mais significativos para você do que é humanamente
possível. Se você for capaz de pôr fim ao excesso de compromissos
e de prioridades invertidas, aceitando o fato de que o tempo que lhe
resta na terra é limitado, poderá ter mais intimidade na vida como
nunca experimentou.
Analisando
minhas agendas antigas venho lembrar de várias pessoas que existem,
mas hoje vivem oculpadas demais para perdoar os imperdoaveis. Leia a
frase Corrie Ten Bom
A
MEDIDA DE UMA VIDA, AFINAL, NÃO É SUA DURAÇÃO. MAS SUA DOAÇÃO.
Um
grande abraço
Cris
Monteiro