quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

IRA





Introdução
A ira é uma das emoções mais difíceis de descrever, pois além de ser um sentimento muito perigoso e imprevisível, pode irromper de um momento para o outro como um vulcão, e atingir a qualquer um que esteja em nosso caminho. É um sentimento que pode gerar violência verbal ou física. Muitas vezes, para que ela se manifeste, basta apenas uma fechada no trânsito, uma ofensa, um comentário maldoso, alguém que corta a fila no banco, uma comparação com alguém, sugerindo que ele é melhor e você incapaz, entre tantas outras situações.
Pense nesta situação: Você se levanta naquela manhã fria de inverno e, enquanto está tomando seu banho, a energia acaba e lhe deixa ensaboado debaixo da água fria. Ao sair de casa, vê que o pneu do carro está furado e você está atrasado para o trabalho. Quando chega lá, seu chefe lhe chama e diz que não tolerará mais seus atrasos. Então, quando finalmente chega à sua mesa, um colega faz uma brincadeira corriqueira e, sem nenhuma explicação, você explode com ele!
A ira é um dos sentimentos mais fortes que uma pessoa pode expressar. Exprime protesto ou frustração contra alguém, comum a todas as pessoas, de qualquer idade, raça ou sexo. É uma reação natural do ser humano diante de uma situação desagradável que o abala.

I - Compreendendo a ira
A ira pode ser sua amiga ou inimiga. Depende da forma de como você a expressa. Saber como a reconhecer e expressá-la apropriadamente pode ajudar a alcançar metas, resolver problemas, lidar com emergências e proteger a saúde. Falhar em reconhecer e compreender a ira, certamente levará a uma variedade de problemas físicos, emocionais e espirituais.
A ira é um recurso do organismo para a defesa de um direito que julgamos nosso e se expressa basicamente de duas maneiras: a primeira se relaciona com outras pessoas ou objetos do meio e é chamada ira para fora. A segunda é a raiva dirigida para dentro, que pode ser entendida como a repressão dos sentimentos.
Alguns sinais físicos são bem perceptíveis quando estamos zangados. O coração bate mais rápido, a respiração trava, a transpiração aumenta, olhos e ouvidos ficam aguçados, em estado de alerta, os músculos ficam tensos. Às vezes, dá vontade de quebrar alguma coisa e, em situações extremas, até agredir alguém fisicamente. Tais reações se dão dessa mesma forma desde a criação do homem.
II - Por que devemos combater este sentimento?

Sentimentos negativos, certamente, não agradam a Deus. O auto-controle (domínio próprio) é fruto do Espírito Santo. Vejamos o que diz a Palavra de Deus.
1. Controlar a ira é demonstração de sabedoria (Pv 29: 11)
Ao submeter nossos sentimentos ao controle do Espírito Santo, não permitindo que governem nossa vida, mostramos que nossas ações são dirigidas por Deus.
2. Controlar a ira é demonstração de força (Pv 16:32)
Ao controlar nosso temperamento, mostra-nos que estamos preparados para enfrentar desafios ainda maiores diante de Deus.


3. A Bíblia orienta as pessoas a ficarem distantes de pessoas raivosas (Pv 22:24 - 25)
Não devemos nos associar a pessoas que não controlam sua ira. Não devemos ter familiaridade e intimidade com elas nem mesmo fazer delas nossa companhia. A influência de um ser humano que age descontroladamente não é positiva. Ao escolher um amigo, uma amiga devemos tomar cuidado para que não fiquemos próximo de quem influencia negativamente.
4. Ira guardada aumenta os níveis de estresse (Hb 12: 15)
Fingir que nada aconteceu ou guardar a raiva no coração faz mal para a saúde. Raiva guardada aumenta os níveis de estresse, reduz as defesas do sistema imunológico, leva à gastrite, provoca dores musculares. Isso porque a adrenalina produzida pelo organismo fica acumulada, sem ter uma válvula de escape.
Da próxima vez que você explodir, escreva o que exatamente fez com que isso acontecesse e pense como você pode se precaver de uma experiência similar no futuro.


II -  Como lidar com a ira
Sabedor de todas as coisas, Deus nos capacitou para que possamos lidar com sentimentos negativos.

1. Analise racionalmente seu sentimento
Muito frequentemente as pessoas tentam resolver seus conflitos sem definir a razão exata de sua ira. Por que estou irado exatamente? Uma reflexão sobre o motivo real da ira ajudará no amadurecimento e no controle dos sentimentos.
2. Desenvolva a maturidade cristã
À medida que o processo de crescimento espiritual evolui em sua vida, é necessário que os fatos que provocam a ira sejam deixados sob controle do Espírito Santo. Assim, evitamos reações que não agradam a Deus.
3. Cuidado com seu meio ambiente
Algumas vezes é o ambiente que nos cerca que é a causa de irritação e fúria. Problemas e responsabilidades podem pesar sobre você e fazê-Io sentir raiva quando percebe que caiu em uma armadilha. Dizem que o meio circundante tem tanta ou mais influência quanto o DNA da gente!
4. Perdoe e direcione seu sentimento a Deus
Quando acontecer de você ser de alguma forma atingido por alguém em um acesso de ira, perdoe o ofensor e dirija seu sentimento a Deus, impedindo que haja intenção de vingança.
IV - POSSO FICAR IRADO? 
Para responder essa pergunta é necessário entender que nem toda ira é má. Há uma clara diferença entre a ira justa e a injusta. As Escrituras usam duas palavras distintas para expressar esse sentimento. A primeira é "orge" e é usada para indicar Uma ira calculada e racional como descrita em Mateus 18:34; 21; 12-13 e Efésios 4:26, e "tymos" que representa uma ira irracional, que irrompe como um vulcão e indica emoções tumultuadas, indignação, geralmente com um viés de vingança ou represália, como descrita em Lucas 4:28; Atos 19:28; 2Co 12:20.
Portanto, ao expressar ira, analise seu sentimento e veja que reais motivações o levaram a reagir daquela maneira. Se não forem justas e integras, é praticamente certo que você está pecando e deve confessar seu pecado a Deus (Tg 1:20)
Conclusão:
Não ficar irado é impossível. Não perca o controle se você ficar nervoso. Descarregar nos outros seus sentimentos não ajudará em nada. Não se deixe controlar pela ira. Antes, submeta seus sentimentos e temperamento ao controle do Espírito Santo de Deus.

Consumismo & Finanças


Introdução
Estamos vivendo numa época em que o consumismo está quase fora de controle. Diversas são as pessoas que passam por problemas sérios na vida financeira. O pior é que muitas tiveram uma situação econômica estável na juventude, mas que, ao enfrentar uma crise financeira, estão atualmente vivendo com muita dificuldade. Por outro lado, existem jovens que já estão amargando problemas gravíssimos nessa área, chegando a ponto de, em alguns países, decretarem falência pessoal!
o que podemos fazer hoje, na juventude, visando ter uma vida estável no futuro?
Veremos alguns princípios bíblicos que nos ajudarão.

I - Definindo os termos
1. Finanças
A situação financeira de uma pessoa é baseada na quantia de dinheiro que ela possui. Biblicamente falando, devemos utilizar este dinheiro com sabedoria, pois somos mordomos de Deus.

2.  Consumismo
É a ansiedade de uma pessoa para gastar o dinheiro que possui. Em alguns casos, a pessoa gasta mais do que possui, fazendo com que fique totalmente endividada.
II - A Bíblia e o uso do dinheiro

Há quem diga que o dinheiro é algo maligno, mas não devemos pensar assim. O dinheiro em si é amoral (nem bom, nem ruim). O uso que fazemos do dinheiro é que pode ser bom ou ruim. Vemos na Palavra de Deus o uso do dinheiro em diferentes situações.
1. Compras pessoais ( Jr 32:32: 10 )
Nesse caso, Deus orientou Jeremias a comprar uma propriedade, revelando que um dia o profeta voltaria a possuir sua terra.
2. Pagar tributos (Mt 22: 19-21)
Jesus concorda com o pagamento de trlbutos:feí que esses fazem parte dos reinos deste mundo, com suas respectivas despesas.
3. A obra de Deus (Mc 12:41-44)
Nesse episódio, Jesus exalta a oferta da viúva pobre que, dando todo o seu sustento, contribuía de coração para a manutenção do Templo.
4. Não deve ser usado para fins malignos (Mc 14: I O-I I)
Aqui lemos sobre o pacto de Judas com os principais sacerdotes para trair a Jesus.
Você tem tido sabedoria no uso do seu dinheiro? Tem contribuído com a obra de Deus, por meio dos dízimos e ofertas? Tem ajudado os missionários?

III - Uma parábola e três usos do dinheiro
(Lc 10:30-35)
Quem nunca leu ou ouviu falar na parábola do bom samaritano? Nessa parábola, Jesus nos ensina sobre quem é o nosso próximo (10:29,36-37), mas podemos também verificar três posições sobre o uso do dinheiro, as quais veremos a seguir. .
1. O que é teu, é meu! (OS LADRÕES) OS ladrões estavam à espreita de qualquer pessoa que passasse por ali.

A visão dos ladrões nos mostra que existem pessoas que querem enriquecer de forma ilícita, tomando de outras o que, com sacrifício, custaram adquirir.
2. O que é meu, é meu! (O SACERDOTE E O LEVITA)
Eles demonstraram que não queriam se envolver com os problemas daquele pobre homem, isso porque o envolvimento com alguma pessoa naquela situação acarretaria também recursos financeiros.
Quantos são os que hoje em dia não utilizam os recursos que possuem para beneficiar a outros?
3. O que é meu, é teu! ( O SAMARITANO )
O samaritano (para a surpresa de muitos) foi quem se compadeceu do pobre homem e, não somente isso, mas também colocou a mão no bolso para poder ajudá-lo.
São poucos os samaritanos da atualidade! Pois para isso precisamos muitas vezes repartir o nosso próprio pão.
Quem tem visão correta dos recursos que Deus colocou em suas mãos? Como você tem utilizado os seus recursos?


IV - O consumismo

1.  Os dois aliados do consumismo: a moda e a mídia
Esses dois aliados, por diversas vezes, nos pressionam a gastar dinheiro. Quem nunca pensou: "Tenho de comprar outra roupa, pois a minha está fora de moda!"? Ou ainda: 'Amanhã preciso ir à cidade, pois naquela loja tem uma promoção imperdível que é só até amanhã ..... ?
Esses e outros pensamentos refletem o desejo desenfreado e até mesmo irracional de consumir. Se pararmos para refletir alguns minutos de maneira séria, veremos que nem sempre precisamos comprar tudo o que nos apresentam. Devemos, como crentes, tomar todo o cuidado com a concupiscência da carne, com a concupiscência dos olhos e com a soberba da vida (IJo 2: 16).
2.  Desejos X necessidades
Outra coisa a aprender é sobre a diferença que há entre desejos e necessidades.
Desejo: ''Ato ou efeito de desejar; anseio, aspiração; vontade de possuir."
· Necessidade: "Qualidade ou caráter de necessário; aquilo que é absolutamente necessário, exigência; precisão instante e urgente."
Com isso, podemos observar que nem tudo o que pensamos ser "necessário" para nós, de fato é uma necessidade.
Abraham Maslow (conhecido por sua pirâmide das necessidades do ser humano) disse o seguinte: "A insatisfação é um estado natural do ser humano. Ele fica satisfeito momentaneamente, retornando sempre ao seu estado natural, que é a insatisfação". É por isso que vemos que muitas pessoas ricas estão atualmente insatisfeitas com a vida, pois sempre querem mais.
Precisamos aprender com a Bíblia a ter visão correta sobre o que realmente é necessário para a nossa existência e demonstrar contentamento com o que já temos. Leiam os seguintes versículos:
Mateus 6:33: "buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas". Jesus promete, aos que buscam em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, o que é necessário para a vida: alimento e vestuário.
1 Timóteo 6: 8: "Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes". Paulo confirma as palavras de Jesus, após mencionar que devemos ser pessoas piedosas e contentes.
Filipenses 4: 19: "E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades". Paulo diz aos crentes de Filipos que Deus iria suprir cada uma de suas necessidades.
Vejam que a ênfase bíblica está no suprimento divino de nossas NECESSIDADES. Se atentarmos para isso, verificaremos que Deus JÁ nos tem dado muito mais do que o necessário.

Conclusão:
Precisamos ser pessoas mais contentes com o que temos. Por vezes ficamos reclamando da vida, da atual condição financeira, e se pararmos para observar o que Deus já nos tem dado, veremos que somos mais ricos do que muitas pessoas que vivem por aí. Diga não as dividas!!!!

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Estudos Biblicos: O porquê da Adoração

Estudos Biblicos: O porquê da Adoração: Em Mateus 4:10, durante sua tentação, Jesus diz ao diabo – “ao Senhor Teu Deus adorarás e só a Ele darás culto” usando as palavras da Lei...

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

SANTIFICAÇÃO, ORAÇÃO E OBEDIÊNCIA

Necessário vos é nascer de novo" (Jo 3:7). Esta é a necessidade de todos nós, ter uma experiência com Jesus. Para os que ministram é um requisito. Somente os nascido do Espírito terão condições de entender a grandeza do ministério.


Tamanha é esta responsabilidade, por isso é imprescindível que o coração do que ministra no altar seja quebrantado. Para ministrar sobre Deus é necessário conhecer a Deus de verdade "...Que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual...crescendo no conhecimento de Deus (Cl 1:9-10).
                                     Vivemos os últimos tempos, e o Espírito Santo está sendo derramado sobre a igreja. Uma das evidências é que há um despertamento para a santificação pessoal e também o desejo ardente de adoração, exaltação e glorificação da pessoa de Jesus Cristo. Esse deve ser nosso desejo constante. Não podemos negligenciar este chamado à santificação, "Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação...Que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra" (1 Ts 4:3-4 - veja tb.êx.28:36;39:30; 1Cr 15:14;  2Co7:1 e Sl 29:02; 77:13; 2Co 7:1 1Ts 4:7)
                                     A intimidade através da oração nos leva a uma renovação espiritual constante, a santificação. Infelizmente algumas pessoas separam tempo para tudo, exceto para a oração. O pensamento de que reunião de oração é só para alguns, e não uma responsabilidade coletiva, é totalmente errado. Todos devem ser intercessores prontos a ouvir Deus: falar. Nosso ministério precisa ser marcado pela comunhão profunda com Deus.(veja Sl 5:3; Jó 42:10; Lc 2:36-37; Rm 12:12; At 16:25 e 1 Ts 5:17).
                                     Temos que observar com cuidado o que diz respeito à obediência, pois os que não atentam para isso poderão trazer sérios problemas para a igreja. A Bíblia diz "Eis que o obedecer é melhor do que sacrificar" (1Sm 15:22), portanto, é de suma importância para um ministério a submissão às lideranças, principalmente a pastoral.

   Cuidado com as críticas, o diabo lança questionamentos e desordem de todo tipo, e a falta de observação às orientações do líder provoca conflitos e divisões, que é a intenção do inimigo. Jesus Cristo foi o próprio exemplo de obediência, "...Pela obediência de um, muitos serão feitos justos" (Rm 5:19). Devemos agir esse exemplo (leia tb. Nm.12:7-10, 16:30-32; 1Sm 15:22, Rm 16:16-17; Hb13:17 e 1Pe 4:17). O louvor na casa de Deus deve ser fruto de vidas consagradas e retidão de espírito. Deve ser a expressão viva do Espírito nos lábios do povo de Deus. Tenha em mente que servir ao Senhor através da música é algo tremendo, que o agrada. Todos somos chamados a participar da geração de adoradores dos últimos tempos. "Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anunciéis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz " (1Pe 2:9)
Paz e bem!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O porquê da Adoração

Em Mateus 4:10, durante sua tentação, Jesus diz ao diabo – “ao Senhor Teu Deus adorarás e só a Ele darás culto” usando as palavras da Lei em Êxodo 20:4 e 5, quando Deus ordena ao povo de Israel: Só a Ele adoração e o culto.

O constante desígnio de Satanás é roubar aquilo que é devido a Deus – a adoração. Mesmo sabendo que fomos feitos para louvor e glória do Deus vivo, (Ef. 1:12 – a fim de sermos para louvor da sua glória, nós os que de antemão esperamos em Cristo)., o inimigo tem tentado de todas as formas deturpar o culto a Deus, limitando-o em formas e costumes em acordo mais com culturas e padrões humanos do que com o coração de Deus, assim foi com o povo de Israel, depois com a Igreja. Sutilmente a idolatria à imagens e ídolos foi se infiltrando no culto da cristandade e foi assim corrompendo o entendimento dos líderes e crentes em geral. A forma pagã e judaica de templo foi sendo imposta à Igreja fazendo assim que os templos vivos que somos nós os redimidos (I Cor 3:16), lugar da verdadeira adoração fossem reduzidos a simples membros na maioria “leigos“ que por dezenas de séculos de escuridão e inoperância foram dependentes de um sacerdócio externo para cultuar a Deus, de geração em geração, homens, imagens e ídolos de todas as formas se colocaram como intermediários daqueles que podem achegar-se com intrepidez ao Santo dos Santos através do novo e vivo caminho que é Jesus. (Hb.10:19 a 22)

Porém hoje o Pai está restaurando toda a verdade e isto diz respeito também a nossa vida de relacionamento com Ele, e a intermediação tem acabado, pois Cristo Jesus nosso único mediador tem levado a Igreja a um entendimento nesta área e por todo o mundo tem surgido um novo culto de verdadeira adoração àquele que é digno, Jesus que disse, “ninguém vem ao Pai senão por mim”. Jo. 14:6.

Quando portanto Jesus focaliza ao Pai está focalizando também a si mesmo (quem vê a mim vê ao Pai – Jo.14:9) e está focalizando também ao Espírito Santo (Jo.14:26) . A trindade Santa portanto, são o foco da nossa adoração e a Eles nos achegamos com liberdade e amor.

Já fiz diversas vezes a pergunta porque devemos adorar a Deus?

Esta pergunta invade o meu coração pelo fato de entender que Deus é suficiente em Si, não apenas em sua grandeza e majestade, mas em tudo. Apesar de sabermos que Deus se alegra com nossa adoração e obediência e se entristece com o pecado, se ira com a idolatria, seu coração não necessita de nada para que seja completo, não precisa de nossos sacrifícios de louvor e de nossa adoração para ter alegria e sentir-se feliz, não precisa de nossas expressões de amor para sentir-se amado pois Ele é o próprio amor, ( I Jo 4:8). Antes de que cada um de nós existíssemos Deus já existia em sua plenitude e era completo, e o Filho e o Espírito Santo participavam desta plenitude eterna. Em Cl 1:16, falando da criação diz que “Nele (em Cristo e junto com Cristo) foram criadas todas as coisas nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias”.


Ele é junto com o Pai e o Espírito Santo a fonte e a plenitude de todas as coisas, inclusive de todo louvor , toda a adoração, toda a alegria e júbilo. Por isso Jesus disse que Deus não procura adoração, pois adoração ele tem no céu (Is. 6 1 a 3). Deus procura por seus filhos, seus adoradores.(Jo. 4:23)

O que vem ao meu coração ao meditar sobre isto é que acima de tudo existe algo na adoração que é de vital importância não para Deus, mas para os adoradores, ao ponto de Deus em sua onisciência e auto suficiência estar procurando por adoradores que o adorem em espírito e em verdade. Adoração (comunhão) é um precioso elo entre a criatura e criador. Tudo está na atitude do adorador, no livre arbítrio que temos para optarmos em sermos ou não adoradores.


Deus nos deixou esta opção. Ele governa todas as coisas e poderia Ter feito de toda a criação seus adoradores assim como são os anjos, mas nos deixou a opção de o sermos ou não. Ao optarmos por Cristo, optamos por Deus.

Esta é a grande brecha da maioria das religiões que querem adorar a Deus, falam até mesmo de vida eterna, porém sem o sacrifício de Jesus. O adorador é aquele que faz uma opção por Deus, optando por Jesus e pelo seu reino, opta em Ter comunhão com Deus, comunhão esta que não é imposta por vontade divina mas é uma livre opção de amor. A parte de Deus é completa e perfeita seu amor por nós é inquestionável, porém ele espera por cada um de nós quando através de Cristo por obra do Espírito Santo que enche nosso coração do Seu amor revelado a nós por pela plenitude de Jesus e depois retorna para Ele. A verdadeira adoração é uma opção deste abrir-se ao amor divino, feita por cada um de nós, se não fosse assim porque Deus estaria procurando verdadeiros adoradores? Qual é a nossa opção? Deus governa sobre todas as coisas, menos sobre a nossa opção por adorá-lo ou não. Deixa para nós esta única e pequena atitude. Optarmos ou não por amá-lo e adorá-lo. Adoração é algo que satisfaz e alegra a Deus, mas beneficia também ao homem , pois este ao optar por Deus está cumprindo a sua parte neste enlace de amor. Adoração emana do amor. Deus quer ser amado por nós. O que trás eficácia na adoração é o amor. O que dá conteúdo as nossas expressões de adoração é a nossa vida de amor expresso em aliança e compromisso para com Deus e o seu reino nesta aliança de amor.

Asaph Borba


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

PAZ

 
A palavra paz tanto no hebraico como no grego nunca é um estado negativo. Nunca significa apenas a ausência de conflito. A paz é inclui o bem estar geral do homem. É a libertação do mal e a presença de todas as coisas boas.

A paz é um estado de harmonia com Deus, consigo, com o próximo.

Impedimentos à paz

a) Semear contendas – A Bíblia diz: “Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo” (Lv 19:16). Este é o pecado que mais a alma de Deus aborrece, semear contendas entre os irmãos (Pv 6:19). O mexeriqueiro é o correio do diabo por quem ele envia as suas cartas, disse Thomas Watson. Ele é um mexeriqueiro. Ele sopra as brasas da contenda. Se a Bíblia que o pacificador é abençoado, bem-aventurado, então, aquele que quebra a paz é maldito. O diabo foi o primeiro a quebrar a paz, separando o homem de Deus.
b) Alimentar a soberba – A pessoa soberba pensa que ela é melhor do que os outros e contede por superioridade. Diótrefes, amava os primeiros lugares (3 Jo 9). Amã mandou matar todos os judeus porque Mordecai não se prostrou aos seus pés (Et 3:9). Só uma pessoa que abriu mão da sua vaidade, pode ser um pacificador.
III. A BÊNÇÃO DE SERMOS PACIFICADORES
1. Nós fomos chamados à paz e somos portadores da paz
Deus nunca nos chamou para a divisão ou contendas. Ele nos chamou à paz (1 Co 7:15). Temos paz com Deus, temos a paz de Deus e somos portadores da paz. Devemos levar a paz: “paz seja nesta casa”. Quando Tiago e João pediram para Jesus mandar fogo do céu sobre os samaritanos, Jesus lhes repreendeu: “Vós não sabeis de que espírito sois. Pois o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las” (Lc 9:55). Isaías diz que quando andamos com Deus, nossos filhos tornam-se reparadores de brechas (Is 58:12). A Bíblia diz: “Quão formosos são os pés daqueles que anunciam as boas novas da paz”.
2. É honroso ser um pacificador
A Bíblia diz que “honroso é para o homem o desviar-se de contendas” (Pv 20:3). É honroso por termo aos conflitos intrapessoais e interpessoais. Salomoão disse que “como o abrir de uma represa, assim é o começo da contenda; Quando uma represa arrebenta, há uma inundação catastrófica, que traz perigo, prejuízo e morte.
Jesus diz que feliz é o pacificador, aquele que não gera conflitos, mas que acaba com eles, buscando reconciliação.
3. O pacificador poupa a si mesmo de tormentos
A Bíblia diz: “O homem bondoso faz bem a si mesmo, mas o cruel a si mesmo se fere” (Pv 11:17). Um gerador de contendas torna o seu próprio carrasco e algoz. Ela flagela a si mesmo. O ímpio é como o mar agitado, que lança de si lodo e lama. Não há paz para o ímpio (Is 57:20,21). A Bíblia diz: “Oh quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. É como o óleo e como o orvalho” (Sl 133:1).
4. O pacificador estampa na sua vida o próprio caráter de Deus
O Deus Pai é chamado o Deus da paz (Hb 13:20). Ele nos comissiona a sermos embaixadores em seu nome, rogando aos homens que se reconciliem com Deus.
O Deus Filho é chamado o Príncipe da Paz (Is 9:6).Ele entrou no mundo com uma música da paz: “Paz na terra entre os homens” (Lc 2:14). Ele deixou o mundo com um legado de paz: “Deixo-vos a paz, a minha vos dou, não vo-la dou como o mundo a dá” (Jo 14:27). Cristou orou pela paz. Para que sejamos um como ele e o Pai são um (Jo 17:11,21,23). Cristo derrou seu sangue pela paz. Ele fez a paz pelo sangue da sua cruz (Cl 1:20).
O Deus Espírito Santo é o Espírito da paz. Ele é o consolador. Um dia nós estaremos no céu em perfeita paz. Somos co-participantes da natureza divina. Os anjos pertencem a diferentes ordens, mas jamais estão em conflito. Não céu não haverá contenda, nem ciúmes.
5. O pacificar promove a paz
O pacificador está em paz com Deus, anuncia o evangelho da paz, tem o ministério da reconciliação e é um embaixador de Deus, rogando aos homens que se reconciliem com Deus (2 Co 5:18-20).

O pacificador é aquele ama os seus inimigos, abençoa aqueles que lhe maldizem, ora por aqueles que lhe perseguem (Mt 5:45).
Jesus ordena: “Tende paz uns com os outros” (Mc 9:50). Paulo diz: “Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens” (Rm 12:18).
6. Como podemos ser pacificadores
a) Evangelizando – Quando você leva ao homem o evangelho da paz, você está sendo um embaixador do céu na promoção da paz. Quando o homem se reconcilia com Deus, ele abandona o ódio, a vingança. Exemplo: Charles de Cheise and Fuchida.
b) Perdoando as ofensas – A Bíblia diz que não devemos retribuir o mal com o mal, mas vencer o mal com o bem. Ódio produz mais ódio. Guerra produz mais guerra. Exemplo: José e seus irmãos (Pai do presbítero A.S.V).

c) Sendo um reparador de brechas – Se o pecado que mais Deus abomina é espalhar contendas, apagar contendas deve ser atitude que mais alegra o coração de Deus.
IV. A RECOMPENSA DO PACIFICADOR
1. A recompensa do pacificador é ser chamado de filho de Deus
A língua grega usa huios para filhos e não tekna, que significa crianças. Tekna nos fala de uma afeição terna. Huios nos fala de dignidade, honra e consideração.
Amamos nossos filhos mais do que nossa casa, nosso carro, nossos bens. Nossos filhos são nossa maior herança. O pacificador é filho do Deus vivo. Esse título é mais honroso do quer ser o mais exaltado príncipe da terra.
A Bíblia diz que somos a menina dos olhos de Deus. A pupila é a parte mais sensível do corpo. É a parte mais frágil e delicada. Você a protege. Deus age da mesma forma com os seus filhos. Se você tocar em um de seus filhos, você está colocando o dedo no olho de Deus.
2. Os filhos de Deus são muito preciosos para Deus
A Bíbia diz que somos o seu tesouro particular (Ml 3:17). Diz que Deus nos dará um nome eterno (Is 56:5). Diz que Deus recolhe nossas lágrimas em seu odre (Sl 56:8). Quando morremos, nossa morte é preciosa aos seus olhos (Sl 116:15). Deus nos fez reis, príncipes e sacerdotes, herdeiros. Deus diz que seus filhos são os notáveis em quem ele tem todo o seu prazer (Sl 16:3). A Bíblia diz que nós somos os vasos de honra de Deus (2 Tm 2:21). A Bíblia diz que os filhos são dignos de honra (Is 43:4). Nós somos a herança de Deus. Nossa posição é mais elevada do que a dos anjos. Ele nos servem. Nós somos co-participantes da natureza divina. Estamos ligados a Cristo. Somos membros do corpo de Cristo. A Bíblia diz que nós nos assentaremos com ele no seu trono (Ap 3:21), como filhos pulando no colo do pai.

3. Os pacificadores são feitos filhos de Deus por adoção
No que a adoção consiste:

a) Adoção é a transferência de uma família para outra – Nós fomos transferidos da velha família de Adão. Éramos escravos, éramos cegos, perdidos, filhos da ira (Ef 2:2-3). Agora, somos membros da família de Deus. Deus é nosso Pai. Cristo é o nosso irmão mais velho. Os santos são nossos irmãos e co-herdeiros, os anjos são espíritos que nos servem.

b) Adoção consiste em uma imunidade e desobrigação de todas as leis que nos prendiam à antiga família – Agora não somos mais escravos do pecado. Agora fomos libertos do império das trevas. Agora somos novas criaturas.
c) Adoção consiste em uma legal investidura dos direitos da nova família – Recebemos um novo nome. Antes éramos escravos, agora somos filhos. Antes éramos um pecador, agora somos santos. Recebemos também uma gloriosa herança. Somos herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo.
No que a adoção divina difere da adoção humana:
a) A adoção humana via de regra é para suprir uma carência dos filhos naturais – Deus sempre foi completo em si mesmo. Deus sempre se deleitou no seu Filho unigênito.
b) A adoção humana é restrita, a de Deus ampla – A herança do pai é repartida em parte para os filhos. Os herdeiros de Deus possuem tudo o que é do Pai. Tudo o que Deus tem é nosso.
c) A adoção humana é feita sem sacrifício, a divina custou a vida do seu Filho – A nossa adoção custou a morte do seu Filho unigênito, para fazer-nos filhos adotivos. Deus selou nossa certidão de nascimento com o sangue do seu Filho. Quando Deus criou todas as coisas, ele apenas falou, mas quando nos adotou, o sangue do seu Filho precisou ser derramado.
d) A adoção humana confere apenas benefícios terrenos, a adoção divina confere bênçãos celestiais – Deus concede-nos mais do que bens, concede-nos uma nova vida, um novo coração, uma nova mente, uma nova herança, um novo lar, a vida eterna.
4. Como podemos saber que somos pacificadores ou filhos de Deus
a) Provamos que somos filhos de Deus quando temos um coração sensível – Um filho chora ao ofender o seu pai. Pedro chorou ao negar a Jesus. Clemente de Alexandria diz que sempre que Pedro ouvia um galo cantar, ele desatava em choro.
b) Provamos que somos filhos de Deus quando agimos de forma semelhante ao nosso Pai celeste – Os judeus disseram para Jesus que eles eram filhos de Abraão, mas suas atitudes indicavam que eles eram filhos do diabo (Jo 8:40). Não podemos chamar a Deus de Pai e imitar o diabo. Não somos filhos de Deus por criação, mas por reneração. Não pelo primeiro nascimento, mas pelo novo nascimento.

c) Provamos que somos filhos de Deus quando nos deleitamos em estar na presença de Deus – Onde Deus está aí é céu. Na presença de Deus tem delícias perpetuamente. Quem tem prazer em Deus aqui, vai entrar no gozo do Senhor. Vai desfrutar e usufruir da presença de Deus por toda a eternidade.
d) Provamos que somos filhos de Deus, quando assim formos chamados pelos homens – Eles não apenas são filhos de Deus, mas eles serão chamados filhos de Deus. Eles refletem o caráter do Deus da paz, buscando a paz, sendo embaixador da paz, levando união, sendo um construtor de pontes e não um abridor de abismos.

CONCLUSÃO
1. Você tem paz? Você vivem em paz com Deus, consigo, com o próximo?

2. Você tem perdoado as pessoas que lhe ofendem? Você prefere sofrer o dano do que entrar numa rixa e numa contenda?

3. Você é um pacificador? Qual foi a última vez que você lutou para evitar uma contenda?

4. Você pode provar pela sua atitude de pacificador que você é um filho de Deus? As pessoas consideram você um pacificador e um filho de Deus?

quinta-feira, 27 de setembro de 2012