segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Inveja, um Grave Pecado



Inveja, um Grave Pecado
o coração com saúde é a vida da carne, mas a inveja é a podridão dos ossos.
( Pv 14.30).

Dois graves pecados, que jamais deveriam ser encontrados na vida do crente: a inveja e a maldade. A inveja leva à maldade e esta afasta o homem do seu Criador.
Todo aquele que pratica a iniquidade será julgado e condenado por Deus. Infelizmente, muitos dos que afirmam servir ao Senhor praticam a maldade e, depois, hipocritamente, escondem-se atrás das máscaras da mansuetude e da humildade. Mas o Todo-Poderoso não se deixa enganar pel aparências. No devido tempo, conforme a parábola do joio e do trigo, arrancá-Ios-à e os lançará no lago de fogo.

Inveja: Desejo violento de possuir o bem alheio; desgosto ou pesar pelo bem felicidade de outrem.


Desejos Pecaminosos X Fruto do Espírito
Desejos Pecaminosos
O fruto do espírito é
Iníquos
Bom
Destrutivos
Produtivo
Fáceis de inflamar-se
Difíceis de inflamar-se
Difíceis de conter
De fácil controle
Egoísta
Dedicado
Opressivo e possessivos
Libertador e cuidadoso
Decadentes
Estimulador
Pecaminosos
Santificado
Morais
Abundante de vida

I.                   A INVEJA NO PRINCíPIO DO MUNDO
II.                 A INVEJA E A SUA CONSEQUÊNCIA
III.              A DESTRUIÇÃO ADVINDA DA MALDADE

I.                   A INVEJA NO PRINCíPIO DO MUNDO

1.                  Inveja, um sentimemto maléfico. Inveja é o mesmo que cobiça; um sentimento de desgosto ocasionado pela felicidade do outro. Invejar é cobiçar e desejar o que a outra pessoa tem. Tal sentimento nasceu da frustrada tentativa de Satanás em apoderar-se dos atributos divinos (ls 14.12-20). Lúcifer invejou o Senhor; queria ser maior que o
Todo-Poderoso.
No Jardim do Éden, a serpente despertou algo parecido em Eva, levando-a ao desejo de ser como Deus (Gn 3.1-5). Esse sentimento ainda motivou o primeiro homicídio da história (Gn 4.5). Por isso, a manifestação da inveja entre os servos de Deus é condenável por sua Palavra (GI 5.26).

2.                  Maldade, uma ação maligna. A pessoa que pratica a maldade é naturalmente perversa e está sempre pronta a prejudicar e a ofender ao próximo. O Senhor abomina os iníquos de coração e os que tem prazer em praticar o mal (Pv 11.20). Os filhos do profeta Eli faziam o que era mau diante de Deus, e tiveram por sentença a morte (1 Sm 2.34; 4.11). Todo aquele que busca fem ao seu semelhante, física ou moralmente, age de forma dissimulada, hipócrita e ímpia (Pv 6.16-19). O tal não ficará impune.

3.                  A inveja leva à maldade. Quem se deixa contaminar pela inveja, vive angustiado e planejando o mal de seu próximo. Aliás, a maldade é precedida pela inveja. As Sagradas Escrituras dão exemplos reais desse duplo pecado. Em Gênesis, encontramos a história de Caim que, consumido pela inveja, assassinou o seu irmão, Abel. Tempos depois, os irmãos de José, movidos pela inveja, vendem-no como escravo para o Egito. Nos Evangelhos, deparamo-nos com os sacerdotes que, por inveja do Senhor Jesus, tramaram a sua prisão e morte (Mt 27.18).

A inveja teve origem na frustrada tentativa de Satanás em apoderar-se dos atributos de Deus.





I.                   A INVEJA E A SUA CONSEQUÊNCIA

1.                  Na vida de Caim. O homicídio cometido por Caim nasceu da inveja que ele nutria por seu irmão, Abel. Ele apresentou uma oferta ao Senhor que, por causa da má disposição de seu coração, foi rejeitada por Deus. Ao passo que a de Abel foi aceita, porque este amava a Deus ( Gn 4.1-16 ) o problema não estavana oferta em si porque Deus era adorado, no antigo Testamento, tanto por sacrifícios vegetais Guanto animais (Lv 2.1-16). O real problema está na qualidade espiritual e moral do ofertante.

Vendo que o semblante de Caim decaíra por causa da inveja e do ódio que ele nutria contra o seu irmão, Deus advertiu-o quanto ao pecado que jazia à porta. Mas Caim permitiu que a inveja se transfor­masse em ódio que, mais adiante, leva-o a planejar e a executar o assassinato de seu irmão. Em consequência de seu crime, Caim é banido da presença do Senhor (Gn 4.16). O crente deve aprender a controlar as suas emoções, pois os nossos atos geram consequências que, às vezes, acompanham-nos durante toda a vida.

2.                  Na vida dos irmãos de José. José era o filho amado de Jacó. Por isso, recebeu de seu pai um presente que o distinguia de todos os seus irmãos (Gn 37.3). Além disso, teve certa vez dois sonhos que, interpretados, mostravam toda a sua família curvando-se diante dele. Tais fatos suscitaram a inveja e a maldade de seus irmãos, pois era-Ihes inadmissível que o seu irmão caçula viesse, um dia, a dominá-Ios (Gn 37.4-11).

Tomados pela inveja, venderam-no como escravo para o Egito. Mas, passados treze anos, o Senhor exaltou aJosé. O escravo hebreu tornou-se governador do Egito. E, nessa condição, pôde salvar a sua família, inclusive os que intentaram-lhe o mal ( Gn 41-48). Mas tarde, eles vieram, eles vieram a se arrependeer de seus pecados e a reconhecer que Deus, de fato, estava operando uma grande salvação por intermédio de José.

3.                   Na vida do crente. O crente fiel não pode ser dominado pela inveja, pois tal sentimento é pecado. A Bíblia ensina que devemos nos alegrar com os que se alegram (Rm 12.15). Mas o invejoso não consegue alegrar-se com o sucesso e o êxito dos outros, pois não tem escrúpulos e tudo fará para se apossar daquilo que não lhe pertence.

Infelizmente, há muitos crentes que invejam cargos e posições, esquecendo-se de que é o Senhor Deus quem chama e capacita os seus servos para obras específicas. O invejoso, porém, não entende isso. Por isso, vive amargurado de alma. Quem nutre tal sentimento precisa mais do que depressa correr aos pés de Cristo e buscar o perdão e a misericórdia. Se assim não proceder, não herdará a vida eterna.
A Inveja é pecado e o crente não pode ser dominado por tal sentimento.


I.                  A DESTRUIÇÃO ADVINDA DA MALDADE

1.                  No âmbito familiar. O homem e a mulher que sincera- homem e a mulher que sincera- mente servem a Deus não agem com malícia ou com astúcia. Cristo convida-nos a aprender com Ele a sermos mansos e humildes (Mt 11.29. A família cristã deve ser diferente e firmar-se como exemplo a ser seguido. Em nosso lar, por conseguinte, não pode faltar o amor, a paz e a mansidão. Se, por acaso, você estiver sofrendo com algum familiar, suporte a provação e vença o mal com o bem (1 Pe 3.8-12).

2.                  No trabalho. A empresa é o lugar onde passamos a maior parte do nosso tempo e onde também encontramos pessoas invejosas, incompetentes e malignas. Nesse ambiente, o servo de Deus deve aprender a compartilhar a sua fé (sem prejudicar o seu trabalho) e demonstrar, através de atitudes, que é diferente.
Não faltam relatos de pessoas que sofrem abuso moral e que têm a sua fé confrontada a todo instante. O desejo de galgar cargos e posições não é condenável desde que isso ocorra de forma ética e como fruto do esforço e dos méritos pessoais. É inadmissível, porém, a um servo de Deus agir de forma desleal e antiética. Devemos ser sal e luz, para influenciar positivamente o nosso ambiente de trabalho, a fim de que o nome de Cristo seja glorificado (Mt 5.13-16,20). Ainda que você seja prejudicado, aja de maneira cristã. O Senhor, no devido tempo, o honrará (GI 6.9).

3. Na Igreja. Falar sobre maldades dentro da igreja pode parecer desnecessário, mas infelizmente  Falar sobre maldades dentro da igreja pode parecer desnecessário, mas infelizmente não o é. Em nossos rebanhos, não faltam lobos em pele de ovelha e joio em meio ao trigo. Há muitos que, em nome de Deus, planejam o mal, ensinam heresias e profetizam mentiras, trazendo dissensões, rebeliões e escândalos entre os santos (Mt 7.21-23; 2 Pe 2.1).
A maldade tem minado a fé de muitos. Quantas pessoas, alvos de calúnias e deslealdades, não se acham desviadas do caminho do Senhor? A Palavra de Deus diz que de seis coisas odiadas pelo Senhor, a sétima Ele abomina: semear contendas entre os irmãos (Pv 6.16-19). Mesmo que você esteja padecendo perseguições por parte dos falsos irmãos, prossiga fielmente, pois o Senhor reservoulhe uma grande recompensa (2 Tm 3.12; GI 2.4; 6.9; 1 Pe 5.4; Ap 2.10). Converse com o seu pastor; ele saberá como ajudá-lo.
 A maldade traz consequências maléficas e acaba minando a fé do crente.
             Quem serve a Deus verdadeiramente não deve sentir inveja do seu próximo nem praticar o mal. O Senhor chamou-nos para ser luz em meio às trevas. Assim, se você está sendo alvo de inveja e ou de maldades, procure olhar para o alto, para aquele que lhe dá a salvação e o livramento. Não se deixe vencer pelo mal, mas vença o mal com o bem (Rm 12.9,21). Jamais esqueça que os olhos do Senhor estão atentos. Ele é justo e o seu rosto está voltado para os retos (SI 11 .4-7).

          "A história dos primeiros dois rapazes nascidos a Adão e Eva realça as repercussões do pecado dentro da unidade familiar. Os rapazes Caim e Abel, tinham temperamentos notadamente opostos. Caim gostava de trabalhar com plantas cultiváveis. Abel gostava de estar com animais vivos. Ambos tinham uma disposição de espírito religioso. Os filhos de Adão levaram sacrifícios ao Senhor, o primeiro incidente sacrificial registrado na Bíblia. Que Abel também
trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura não quer dizer necessariamente que animais são superiores a planta para propósitos sacrificais. Por que atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta fica evidente à medida que a história se desenrola. A primeira pista aparece quase imediatamente. Caim não suportava que algum outro ficasse em primeiro lugar. A preferência do Senhor por Abel encheu Caim de raiva. Só Caim podia ser o 'número um'.
             O Senhor não estava ausente na hora da adoração. Ele abordou Caim e lhe deu um aviso. Deus não o condenou diretamente, mas por meio de um jogo de palavras informou a Caim que ele estava em real perigo. Se Caim tivesse feito bem, com certeza Deus o teria graciosamente recebido"


A palavra de Deus recomenda-nos que sejamos cheios do Espírito Santo, pois assim não daremos lugar às obras da carne ( Gl 5.16). Sabemos que a inveja procede da nossa natureza pecaminosas, da nossa carne. Precisamos nos encher contatemente do Espírito Santo para que possamos ter um vida santa e justa.livre do pecado. Deus nos chamou para vida de santidade e pureza.

                     SL 37.1-3 – Pratique a bondade
                     Pv 23 .17 – Não seja invejoso
                     Fp 1.15 – Pregar por inveja e disputa
                     I Sm 2.22-25 – As maldades dos filhos de Eli
                     Pv 11.19,20 – Deus abomina a maldade
                     Ez 36,33 – Deus purifica seu povo de toda a maldade.

domingo, 20 de outubro de 2013

CRISE DE DIREÇÃO







SALMO 23.3 
restaura-me o vigor. Guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome.

Penso que um dos momentos mais estressantes da vida é aquele em que temos de tomar decisões. Os momentos de indecisão geram angústia e ansie­dade, isto porque queremos ser bem sucedidos em nossas escolhas. São tantas as situações, em que às vezes nos encontramos, nas quais desejamos saber qual é a vontade de Deus para nós. Com quem casar? Que profissões devem seguir? Devo vender aquela casa? Devemos ter mais um filho? Será que devo aceitar esta proposta de emprego? Sem querer antecipar respostas, pode­mos dizer que toda vida de verdadeiro êxito tem de ser planejada por Deus. "Por mais cuidadosamente que elabo­remos o nosso próprio padrão, por mais sinceros e consagrados que sejamos, certamente faremos a escolha errada se não tivermos a orientação divina". Deus vê o futuro que não conseguimos ver. Ele vê os abismos, e por isto mesmo pode seguramente nos orientar e guardar de tropeços.

Vejamos quais são os métodos que Deus usa pra nos ajudar a tomar deci­sões acertadas na vida. Antes é neces­sário que se diga que a ordem desses passos é importante.
1.    DEUS NOS ORIENTA PELAS SAGRADAS ESCRITURAS
A Bíblia é um dos métodos que Deus usa para nos dirigir dentro de sua vonta­de. No texto de 2 Tm 3.14-17 Paulo nos ensina quatro verdades sobre a Bíblia;
1.1. Ela nos foi dada para
nosso aprendizado
Vemos nas Escrituras, orientações de como devemos agir, como por exemplo: no namoro, como ganhar dinheiro, rela­cionamento marido-mulher, amizades etc.
1.2. Ela nos foi dada para nossa repreensão
A ideia é que Deus nos "força a voltar para Ele".

1.3. Ela nos foi dada para nossa correção
1.4. Ela nos foi dada para a nossa educação em justiça
Nenhum desses benefícios alcança­remos se não lermos a Bíblia. Quando a lemos vamos tomando conhecimento daquilo que Deus quer fazer em nós (Salmo 119.35,105). 

2.    ESTEJA DISPOSTO A OBEDECER A DEUS (Rm 12: 1-2)
Em outras palavras, mantenha-se dentro dos limites da vontade já revelada de Deus.
Há muitas orientações seguras nas Escrituras. É verdade que na Bíblia não se diz se alguém deve se casar com a morena ou com a loirinha, mas há infor­mações com quem não devo casar (2 Co 6.14,15). Não existe nada sobre se devo aceitar este ou aquele emprego, mas tenho diretrizes de como ganhar dinheiro, e preciso obedecer a estes princípios já revelados.
Precisamos estar submissos à von­tade de Deus já conhecida e revelada (Rm 12.1-2). Quando nos submetemos a Deus, conhecemos sua vontade (SI 37.4).
3.    CONSELHOS COM PESSOAS TEMENTES A DEUS (Pv 12.15; 15.22; 19.20) BUSQUE
Quem toma decisões sozinhas é tolo.
É preciso ser humilde para consultar ou­tros. Mas é preciso dizer que estes con­selheiros precisam ser fiéis, pois quem busca conselheiros de sua conveniência está enganando a si mesmo.
O erro de Roboão foi ouvir conselhos de gente errada (1 Reis 12).

4. PEÇA SABEDORIA A DEUS
Sabedoria é a capacidade de fazer uso do conhecimento; combinar discer­nimento com conhecimento. Sabedoria é mais que conhecimento, é como eu aplico o conhecimento adquirido. Paulo em C11.9 ora da seguinte maneira: "Que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e en­tendimento espiritual" (grifo da citação). A oração é o caminho para se conseguir esta sabedoria (Tiago 1 .5). "Se, porém, alguém de vós necessita de sabedoria peça-a a Deus ... " Não ter uma vida de oração, é tentar caminhar no escuro; não vejo os buracos e acabo caindo neles.
5.    DESCANSE NA SOBERANA PROVIDÊNCIA DE DEUS (Pv 16.1)
Nada acontece ao cristão por acaso.
Com Deus nunca há acidentes, pois com ele tudo acontece por desígnio. Na vida temos que aprender a espe­rar e obedecer. Os métodos de Deus geralmente parecem inexplicáveis, se não irracionais, porque ocasionalmente eles nos colocam em situações às quais pensamos não pertencer ou em que não desejamos estar. Se Deus age assim, ele tem motivo para isso. O propósito talvez não seja aparente de imediato, mas ele cooperará no final para o nosso bem (Rm 8.28).
Às vezes não importa o quanto nos esforcemos, as coisas não saem como planejamos (Tg 4: 13-17; At 18:21; 16:7; Rm 1 : 10). Temos que descansar na pro­vidência divina.
A boa notícia da providência é que Deus está cuidando de nós (1 Pe 5.7). Deus nunca permite que pessoas que buscam agradá-lo, que são tementes, oram, buscam conselhos, leem a Bíblia,
venham a ser quebradas pelas decisões erradas na vida.
Creia que Deus tem um plano para nossa vida e cada circunstância de nossa caminhada, contribui para este plano que Deus tem para nós. Deus tem o melhor. 

6.    USE SUA CAPACIDADE DE AVALIAÇÃO (At 15.22)
Deus nos deu um cérebro e espera que o usemos. É preciso apelarmos para o "bom senso", a inteligência. É preciso pensar e não agir por impulsos; é necessário avaliar as consequências, e estudar os casos precedentes. Será que faz sentido esta decisão? Qual a melhor coisa a fazer neste momento? Que con­sequência isto trará? Tem lógica o que pretendo fazer?
A razão, a lógica, está no final da fila como um instrumento de auxílio para a tomada de decisões. Entretanto, uma vez que sou sensível à direção de Deus, usarei minha razão com bom senso.
Um exemplo de uso desta capacida­de de avaliação é uma pessoa que está em dúvida se sai ou não do emprego atual. Ela poderá decidir sair ou não, se tiver outra proposta, caso contrário, terá muitas dores.
Estudamos que Deus nos orienta pelo uso correto da Bíblia, pela nossa disposição em obedecê-lo, pelo conse­lho de pessoas fiéis, pela oração, por sabedoria, pela sua divina providência e pelo uso do bom senso. É possível fazer tudo isto e mesmo assim ainda ter algum grau de dúvida sobre a direção que Deus quer dar. Neste caso, podemos estar certos de que não importa quais sejam as decisões que tomaremos, Deus estará cuidando de nós.
PARA REFLETIR
·        Você tem se preocupado em buscar a orientação de Deus?
·        Você já sofreu por alguma decisão errada?
·        Você acredita na sorte ou na obra do destino? Pv 16.33

sábado, 12 de outubro de 2013

Superando os Traumas da Violência Social



1. Introdução: Ocupando grande parte dosnoticiários, a violência aflige a todos, inclusive o crente. Sua origem é de ordem espiritual edeve ser tratada a partir daí. Por isso, na liçãode hoje, veremos o que a Palavra de Deusensina a seu respeito e como devemos agir, afim de minorar os seus efeitos. Não podemosficar indiferentes aos seus males, porqueenquanto permanecermos neste mundo,estaremos sujeitos às suas conseqüências.Todavia, não devemos esquecer-nos de que anossa vida está escondida em Deus e neleestaremos sempre seguros.

    2. “1. A origem da violência : AsEscrituras Sagradas mostram que aviolência é o resultado direto da rebeliãode Adão e Eva contra Deus (Gn 3.4-24;6.5). Neles, toda a humanidade fez-sepecadora (Rm 3.23). Logo após a queda,seus filhos apresentaram ofertas aoSenhor: as de Abel foram aceitas, mas asde Caim, rejeitadas (Gn 4.3-5). Issolevou Caim a matar Abel, protagonizandoo primeiro homicídio da história. Estavainaugurada a violência sobre a face daterra.”
    3. “2. A multiplicação da violência : O ato deCaim revela a natureza da humanidade que, agoraarruinada pelo pecado, comete violência sobreviolência (Sl 14.1-3; Rm 3.10-18 ). Suadisposição para o mal é evidenciada em Lamequeque, além de matar dois homens, louva os próprioscrimes (Gn 4.23). A violência generalizou-se de talforma, que constrangeu a Deus a destruir o mundoantigo pelas águas do dilúvio (Gn cap. 6). ApenasNoé e sua família são poupados. Foi com pesarque o Senhor decretou o fim da primeira civilizaçãohumana: “Destruirei, de sobre a face da terra, ohomem que criei, desde o homem até ao animal,até ao réptil e até à ave dos céus; porque mearrependo de os haver feito” (Gn 6.7).”
    4. “3. A violência na sociedadeatual: Apesar das políticas públicas contraa violência, as estatísticas envolvendoassassinatos, lesões corporais, estupros,roubos, etc, aumentam anualmente deforma assustadora. Vivemos diassemelhantes aos de Noé. Por isso, a Igrejade Cristo, como sal da terra e luz domundo, deve postar-se como a vozprofética de Deus contra todos os tipos deviolência. Não podemos nos conformarcom o presente século (Rm 12.1,2).
    5.  “1. Quando o crente é perseguido : Há formas deviolência que, embora não agridam fisicamente, são mental eemocionalmente destrutivas. Entre as mais comuns,encontram-se a tortura psicológica e o assédio moral, ambosextremamente danosos, podendo levar a vítima a danosirreversíveis (Sl 73.21). O que dizer, portanto, dasperseguições que muitos crentes piedosos sofrem no trabalho ena escola em virtude de sua postura moral e espiritual?Quando isso acontecer, lembre-se das palavras de Jesus:“Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porquedeles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois quando, porminha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo,disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque égrande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aosprofetas que viveram antes de vós” (Mt 5.10-12). O Senhor époderoso para transformar esse quadro e mostrar a todos queEle zela por seus filhos (Sl 42.5,11; 62.5).”
    6. “2. A ação do bom samaritano : O SenhorJesus contou, certa vez, uma parábola cujospersonagens centrais são um samaritano e umisraelita que fora espancado por salteadores(Lc 10.25-37). A vítima foi ignorada atémesmo por um levita e por um sacerdote(10.31,32). Todavia, o samaritano, alguémabominado pela nação judaica (Jo 4.9),compadeceu-se do israelita, socorreu-o eresponsabilizou-se por seu tratamento. Nessaparábola, há uma importante mensagem paraa Igreja de Cristo. Devemos cuidar e ampararas vítimas da violência.”
    7. “3. A Igreja deve denunciar a violênciaatravés de ações: Todas as pessoas, crente sou ímpias, estão sujeitas à violência. Por isso, aIgreja do Senhor deve empreender ações paraauxiliar as vítimas a superarem os traumasprovenientes de atos violentos. Em primeirolugar, clamemo
    8. “Conclusão: Você já foi vítima de alguma forma de violência? Saibaque Deus se importa com você. Ele oajudará a superar os traumas e dará novo rumo para a sua vida. Não sedesespere, nem se deixe vencer pelatristeza. Afinal, temos conosco, e emnós, o divino Consolador. SomenteEle pode transformar nosso pranto em riso. Amém.”
s a Deus para que a nossacidade tenha paz e que os homens públicoscumpram o seu dever com ações preventivascontra a violência (1 Tm 2.1,2,8). Em segundolugar, preparemo-nos para acolher devidamenteos que sofreram algum tipo de violência,oferecendo-lhes conforto espiritual, moral eemocional (Lc 10.36,37).”

As Crianças e a Bíblia


Desde os mais antigos Deus, se preocupou com o ensino bíblico para a criança. A primeira prova disso é que Ele teve o cuidado de organizar uma instituição educacional que se responsabilizasse pelo ensino, desde a mais tenra idade do indivíduo " o lar ou a família.

Compreende-se que o plano fundamental de Deus concernente à educação do seu povo deveria iniciar no lar. O temor do Senhor, a guarda dos estatutos e mandamentos, deveriam ser passados de pais para filhos, de geração em geração, a fim de que o conhecimento de Deus fosse uma constante entre o povo.

A criança ocupava lugar importante no seio da família israelense (Sl 127.3 e 128.1-3). Sua educação nos preceitos bíblicos era prioridade. Cabia aos pais o zelo pela instrução dos filhos que, por ordem divina, deveria ser constante e diligente (Dt 4.9-10;6.1-7 e11.18-19).

Está claro nas Escrituras que, de acordo com a vontade divina, os mandamentos do Senhor seriam ensinados em todos os momentos (andando, falando assentados em casa, à mesa, pelos caminhos, de dia e à noite, quando a família se reunia). À criança era concedida a oportunidade de fazer perguntas (Ex 12.26-27; Gn 22.7-8), o que tornava o ensino eficaz e mais interessante.

Mais tarde, além do lar, as crianças também aprendiam com os sacerdotes e profetas. Algumas delas eram dedicadas a Deus e entregues ao sacerdotes para educá-las. Um desses casos é o de Samuel, que foi entregue ao sacerdote Eli ainda bem novinho (1Sm 1.20-28). O profeta também era uma figura importante na educação nacional. Muitos jovens eram enviados às escolas de profetas a fim de estudarem as Escrituras e se prepararem para substituir seus antecessores (1Sm 10.10;19.19; 2Rs 2.5 e4.38).

Propósito
Deus preparou um plano de reconciliação para a humanidade perdida e distanciada do seu Criador. Havia, portanto, necessidade de transmitir à humanidade a mensagem de perdão, de fé e esperança, bem como os preceitos e normas para uma vida de comunhão com o Senhor.

Para isso, Deus separou Israel, um povo especial, para que o mesmo transmitisse aos outros povos o propósito divino. Era fundamental que as gerações tomassem conhecimento dos fatos acontecidos no passado, para serem enriquecidos no presente e não serem esquecidos no futuro.

A transmissão da herança histórica era assunto que deveria ser ensinado à criança até que ela alcançasse maturidade e, conseqüentemente, condições de transmitir à geração seguinte. Além da história do povo, a idéia do conhecimento de Deus, a adoração e obediência ao Criador, o reconhecimento pelos seus feitos, todos esses aspectos eram pontos fundamentais na educação da criança israelita. Graças a tais cuidados por parte de Deus é que o conhecimento do Todo-Poderoso chegou até os nossos dias.

Crianças educadas, homens usados por Deus
Podemos citar alguns exemplos relacionados ao assunto:

 

Adão
Entendemos pelas Escrituras que Adão ensinou aos seus filhos quando eles se propuseram a oferecer suas ofertas a Deus (Gn 4.3-4).

Abraão
É certo que Abraão transmitiu os ensinamentos bíblicos a seu filho Isaque ainda pequeno. A prova disso é que o jovem conhecia todo o ritual do sacrifício, e quando seguia para o monte Moriá com seu pai, sentiu falta do cordeiro para o holocausto (Gn 22.7).

A educação de Moisés
Ele era o legislador de Israel, foi educado em toda a ciência do Egito como filho de Faraó (Ex 2.10 e At 7.22). No entanto, sua meninice teve a influência dos ensinamentos de sua própria mãe hebréia (Ex 2.8-9), que não descuidou de ensinar-lhe os princípios divinos. Isso lhe serviu de base para não se contaminar com a idolatria e guardar, no coração, o temor do Senhor e a fé em um único Deus, criador de todas as coisas.

O cuidado de Loide e Eunice
Mesmo tendo um pai grego que certamente lhe ensinava acerca da mitologia e da filosofia da época, Timóteo recebeu também de sua avó e de sua mãe ensinamentos das Escrituras (2Tm 1.5 e3.14-15), desde a sua meninice. Tais fundamentos foram a base de sua fé e conduta, o que o tornou grande evangelista ainda bem jovem.

Através dos tempos
Os ensinos do Antigo Testamento tiveram ressonância através dos tempos e a preocupação em transmitir as verdades bíblicas às crianças foi um dos pontos observados nas sinagogas até mesmo no tempo do cativeiro.

Jesus nunca excluiu as crianças das multidões que vinham a ele ouvir os seus ensinamentos (Mt 14.21). Ele repreendeu seus discípulos quando pretendiam excluir as crianças do seu convívio (Mc 10.13-14).

A continuidade do ensino
Lendo as cartas do apóstolo Paulo, entendemos que o ensino sempre foi assunto de relevância na Igreja (Rm 12.7; Cl 1.28; 2Tm 2.2 e3.14-15) e no lar.

Através dos tempos, a Igreja passou por muitas provações, perseguições e até mesmo profundas mudanças. Todavia, Deus sempre continuou preocupado com a questão da transmissão dos seus preceitos e mandamentos.

Na Reforma
Através da História, constatamos que Deus sempre levantou homens preocupados e interessados na educação. Martinho Lutero, o ilustre reformador protestante, por exemplo, empenhou-se em promover a educação concentrada no lar, como registra o Antigo Testamento. Reconhecia, no entanto, que as autoridades do Estado também deveriam desenvolver programas educacionais para as crianças tomando para si a responsabilidade de ajudar os pais na educação dos filhos. Ele sugeria um currículo que desse ênfase aos estudos bíblicos e à música (para isso, a Bíblia deveria ser traduzida para o vernáculo, proporcionando a facilidade da leitura da mesma), ao lado de outras disciplinas.

Outro nome é João Calvino, fundador da Academia de Genebra, onde se ensinava a crianças e adultos. Ele teve a grande preocupação de convocar a igreja para retornar à tarefa de ensinar às crianças nos moldes do Antigo Testamento.

Os colonizadores
Da mesma forma como os hebreus nos tempos antigos, os colonizadores nos séculos passados, quando vieram da Europa para habitar na América, não faziam distinção entre educação religiosa e educação secular.

Quase todas as famílias, senão todas, eram protestantes. Vieram para o Novo Mundo fugindo das perseguições religiosas, em busca de liberdade para exercitar a fé em Jesus. A principal razão para ensinar a seus filhos a ler era para que pudessem ler a Bíblia. Assim, procuravam transmitir de modo simples, mas convincente, um patrimônio moral e espiritual e um viver de acordo com os ditames bíblicos.

Cada família tinha o cuidado de realizar o culto doméstico. Os pais chegaram até a ser obrigados por lei a ensinarem os preceitos divinos aos seus filhos.


Surgimento das escolas
Caso os pais não cumprissem seu dever de ensinar, a comunidade se responsabilizava por transmitir um ensino mais adequado e eficaz. Assim foram surgindo as primeiras escolas para complementação do ensino no lar. Aos mais ricos era concedido o privilégio de contratarem pessoas para irem à casa ensinar as crianças.

Atualidade
É fato incontestável que os judeus sempre premiavam pela educação de seus filhos. Eles consideravam a educação tão importante quanto a oração. Esse zelo pelo saber originou-se do preceito bíblico registrado em Deuteronômio 11.19. Ainda hoje se pode observar o cuidado e preocupação em transmitirem aos seus filhos a Lei do Senhor e os preceitos de Jeová. Consideram a educação da criança prioritária.

Somos também o povo escolhido de Deus (Hb 8.10 e Tt 2.14). Assim, a educação cristã está também embasada nos mesmos princípios e ditames expostos nas Escrituras.

A Igreja de Cristo tem como objetivo primordial a salvação do homem e o seu preparo para viver Jesus eternamente. A educação é o agente de mudança.

Para isso, a Igreja se propõe a ensinar a Palavra de Deus de modo sistemático, prático e progressivo, alcançando pessoas de todas as idades, principalmente as crianças. A instituição educacional da igreja é a Escola Dominical. O ensino bíblico, ou melhor, a educação cristã deve ser compreendida como uma tarefa que não se limita apenas a algumas horas de estudo aos domingos na ED. Mas, como um processo, um contínuo aprendizado de crenças e valores, de hábitos, atitudes, maneiras de sentir e de agir de acordo com o querer de Deus.

Cada cristão deve tornar-se uma pessoa zelosa, praticando boas obras com o objetivo de melhor servir a Jesus e ser capaz de influenciar na vida da comunidade, da sociedade em que está inserido. Nessa tarefa cabe aos pais a responsabilidade maior.

Dificuldades atuais
A sociedade atravessa um período de profundas mudanças. Em conseqüência, os lares são abalados de forma preocupante, o que traz sérios problemas no que se refere à educação do indivíduo.

De um lado está a necessidade da busca de meios de sobrevivência colaborando para que as mães também deixem o lar e se dediquem a algum trabalho para ajudar a sustentar a economia da família. De outro, as mulheres que "vestindo a roupagem" do desejo da realização pessoal e da procura de um "espaço" na sociedade, fogem das suas responsabilidades de esposa e mãe. E ainda levando-se em consideração os desmandos dos pais, as brigas, as ocupações extras, a separação dos cônjuges, que no final chegam ao divórcio na maioria das vezes.

Todos esses acontecimentos na vida familiar levam a criança ao abandono, à falta de orientação, a necessidade de alguém para  identificar-se, de ajuda para resolver seus problemas.

Falta a presença dos pais para incentivá-la a crescer, a desenvolver-se, quer elogiando-a ou repreendendo-a, conforme a situação. Determinando e cobrando tarefas. Ensinando-a a respeitar limites, a ser útil, a participar do grupo familiar. Dando-lhe oportunidade de partilhar das alegrias e das dificuldades do dia-a-dia. Ensinando-a a fazer escolhas e a tomar decisões. Caminhando junto a ela, apontando-lhe o caminho (Pv 22.6). Orientando-a a lidar com seus próprios sentimentos.

São os pais e, principalmente a mãe, as pessoas responsáveis para "descortinar" conhecimentos. É a qualidade do mesmo que determinará seus resultados. Sem dúvida, os ensinamentos bíblicos oferecidos ao indivíduo desde a sua infância é que nortearão sua vida de modo eficaz tornando-o um cidadão honrado. Capacitando-o a colaborar para o bem estar da sociedade e da nação. E, acima de tudo, fazendo-o um futuro cidadão dos céus.

Autor: Albertina Malafaia