quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

CULPA


Todos nós sofremos com a culpa. Alguns hoje, outros ontem e muitos amanhã. Desde a queda, o homem sofre com a culpa (Gn 3:8-12). Embora haja a culpa procedente, a maior parte das pessoas sofre de sentimento de culpa improcedente, ou seja, quando na realidade ela não fez nada, mas sente que fez e se sente culpada - como no caso de filhos que se culpam pela separação dos pais; pessoas que se sentem culpadas por terem deixado que adultos abusassem sexualmente delas, quando eram crianças; mulheres que se sentem culpadas por terem sofrido estupro, etc. Há muitas pessoas com esse problema. Entretanto, vamos nos deter na culpa gerada pelo próprio pecado. Esta lição está baseada e adaptada do livro: Aconselhamento Cristão, Gary Collins, Ed. Vida Nova, p.100 -110

I - Tipos de culpa

Segundo os especialistas em aconselhamento bíblico, existem dois tipos de culpa. 


I. A culpa real. É a culpa que existe porque uma lei foi quebrada, independentemente de sentir-nos culpados ou não. Os tipos de culpa real são quatro.

  1. Culpa legal. Quando uma lei é quebrada. Ex.: ultrapassar o sinal vermelho ou roubar um chocolate no supermercado. Perante a lei, aquele que assim proceder é culpado, independente de ser apanhado ou sentir remorso.
  2. Culpa social. Quando quebramos uma lei não escrita, mas socialmente imposta. Ex.: fazer fofoca, fazer uma brincadeira de mau gosto ou comporta-se com grosseria. Nenhuma lei é quebrada e talvez não cause nenhum remorso, mas feriu o código ético social.
  3. Culpa pessoalQuando não fazemos o que é correto. Ex.: não devolver o troco que foi dado a mais, colar numa prova ou ignorar alguém necessitado. Sentimos ou não culpa, mas temos certeza que não foi correto o que fizemos.
  4. Culpa bíblica.


    Quando uma lei de Deus é quebrada. A Bíblia chama essa condição de "pecado".


2. A culpa sentida
É o sentimento desconfortável, remorso ou vergonha que surge com frequência quando falamos, fazemos ou pensamos algo errado, ou deixamos de fazer o que entendemos ser o correto. Como resultados do sentimento de culpa surgem o desânimo, a ansiedade e o medo do castigo.
Quando o sentimento de culpa pelo pecado nos aflige, ele tem um propósito benéfico: serve de aviso de que alguma coisa está errada no nosso relacionamento com Deus ou com os outros.

CONCLUSÃO
A reação construtiva diante da culpa deve ser o arrependimento, a confissão e o abandono do pecado, independente de achar-se digno ou indigno, limpo ou sujo ou sentir-se rejeitado por Deus. Se não há arrependimento, confissão e abandono do pecado, Satanás vai conseguir que o sentimento de culpa seja um aliado em seu propósito de afastar-nos de Deus.

Devemos acreditar que a solução final para a culpa e os sentimentos de culpa é admitir nossa culpa, confessar o pecado a Cristo e, quando necessário, aos outros, e então crer que com a ajuda de Cristo, somos perdoados e aceitos por Deus. E Ele, nos ajudará a aceitar, amar e perdoar tanto a nós mesmos como aos outros. A culpa do crente já foi removida na cruz do Calvário, por iniciativa do Senhor. E, com a ajuda do nosso Salvador, temos um meio de tratar os sentimentos de culpa.
"O propósito do perdão de Deus não é apenas aliviar a nossa consciência, mas nos dar uma vida plena."