domingo, 20 de outubro de 2013

CRISE DE DIREÇÃO







SALMO 23.3 
restaura-me o vigor. Guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome.

Penso que um dos momentos mais estressantes da vida é aquele em que temos de tomar decisões. Os momentos de indecisão geram angústia e ansie­dade, isto porque queremos ser bem sucedidos em nossas escolhas. São tantas as situações, em que às vezes nos encontramos, nas quais desejamos saber qual é a vontade de Deus para nós. Com quem casar? Que profissões devem seguir? Devo vender aquela casa? Devemos ter mais um filho? Será que devo aceitar esta proposta de emprego? Sem querer antecipar respostas, pode­mos dizer que toda vida de verdadeiro êxito tem de ser planejada por Deus. "Por mais cuidadosamente que elabo­remos o nosso próprio padrão, por mais sinceros e consagrados que sejamos, certamente faremos a escolha errada se não tivermos a orientação divina". Deus vê o futuro que não conseguimos ver. Ele vê os abismos, e por isto mesmo pode seguramente nos orientar e guardar de tropeços.

Vejamos quais são os métodos que Deus usa pra nos ajudar a tomar deci­sões acertadas na vida. Antes é neces­sário que se diga que a ordem desses passos é importante.
1.    DEUS NOS ORIENTA PELAS SAGRADAS ESCRITURAS
A Bíblia é um dos métodos que Deus usa para nos dirigir dentro de sua vonta­de. No texto de 2 Tm 3.14-17 Paulo nos ensina quatro verdades sobre a Bíblia;
1.1. Ela nos foi dada para
nosso aprendizado
Vemos nas Escrituras, orientações de como devemos agir, como por exemplo: no namoro, como ganhar dinheiro, rela­cionamento marido-mulher, amizades etc.
1.2. Ela nos foi dada para nossa repreensão
A ideia é que Deus nos "força a voltar para Ele".

1.3. Ela nos foi dada para nossa correção
1.4. Ela nos foi dada para a nossa educação em justiça
Nenhum desses benefícios alcança­remos se não lermos a Bíblia. Quando a lemos vamos tomando conhecimento daquilo que Deus quer fazer em nós (Salmo 119.35,105). 

2.    ESTEJA DISPOSTO A OBEDECER A DEUS (Rm 12: 1-2)
Em outras palavras, mantenha-se dentro dos limites da vontade já revelada de Deus.
Há muitas orientações seguras nas Escrituras. É verdade que na Bíblia não se diz se alguém deve se casar com a morena ou com a loirinha, mas há infor­mações com quem não devo casar (2 Co 6.14,15). Não existe nada sobre se devo aceitar este ou aquele emprego, mas tenho diretrizes de como ganhar dinheiro, e preciso obedecer a estes princípios já revelados.
Precisamos estar submissos à von­tade de Deus já conhecida e revelada (Rm 12.1-2). Quando nos submetemos a Deus, conhecemos sua vontade (SI 37.4).
3.    CONSELHOS COM PESSOAS TEMENTES A DEUS (Pv 12.15; 15.22; 19.20) BUSQUE
Quem toma decisões sozinhas é tolo.
É preciso ser humilde para consultar ou­tros. Mas é preciso dizer que estes con­selheiros precisam ser fiéis, pois quem busca conselheiros de sua conveniência está enganando a si mesmo.
O erro de Roboão foi ouvir conselhos de gente errada (1 Reis 12).

4. PEÇA SABEDORIA A DEUS
Sabedoria é a capacidade de fazer uso do conhecimento; combinar discer­nimento com conhecimento. Sabedoria é mais que conhecimento, é como eu aplico o conhecimento adquirido. Paulo em C11.9 ora da seguinte maneira: "Que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e en­tendimento espiritual" (grifo da citação). A oração é o caminho para se conseguir esta sabedoria (Tiago 1 .5). "Se, porém, alguém de vós necessita de sabedoria peça-a a Deus ... " Não ter uma vida de oração, é tentar caminhar no escuro; não vejo os buracos e acabo caindo neles.
5.    DESCANSE NA SOBERANA PROVIDÊNCIA DE DEUS (Pv 16.1)
Nada acontece ao cristão por acaso.
Com Deus nunca há acidentes, pois com ele tudo acontece por desígnio. Na vida temos que aprender a espe­rar e obedecer. Os métodos de Deus geralmente parecem inexplicáveis, se não irracionais, porque ocasionalmente eles nos colocam em situações às quais pensamos não pertencer ou em que não desejamos estar. Se Deus age assim, ele tem motivo para isso. O propósito talvez não seja aparente de imediato, mas ele cooperará no final para o nosso bem (Rm 8.28).
Às vezes não importa o quanto nos esforcemos, as coisas não saem como planejamos (Tg 4: 13-17; At 18:21; 16:7; Rm 1 : 10). Temos que descansar na pro­vidência divina.
A boa notícia da providência é que Deus está cuidando de nós (1 Pe 5.7). Deus nunca permite que pessoas que buscam agradá-lo, que são tementes, oram, buscam conselhos, leem a Bíblia,
venham a ser quebradas pelas decisões erradas na vida.
Creia que Deus tem um plano para nossa vida e cada circunstância de nossa caminhada, contribui para este plano que Deus tem para nós. Deus tem o melhor. 

6.    USE SUA CAPACIDADE DE AVALIAÇÃO (At 15.22)
Deus nos deu um cérebro e espera que o usemos. É preciso apelarmos para o "bom senso", a inteligência. É preciso pensar e não agir por impulsos; é necessário avaliar as consequências, e estudar os casos precedentes. Será que faz sentido esta decisão? Qual a melhor coisa a fazer neste momento? Que con­sequência isto trará? Tem lógica o que pretendo fazer?
A razão, a lógica, está no final da fila como um instrumento de auxílio para a tomada de decisões. Entretanto, uma vez que sou sensível à direção de Deus, usarei minha razão com bom senso.
Um exemplo de uso desta capacida­de de avaliação é uma pessoa que está em dúvida se sai ou não do emprego atual. Ela poderá decidir sair ou não, se tiver outra proposta, caso contrário, terá muitas dores.
Estudamos que Deus nos orienta pelo uso correto da Bíblia, pela nossa disposição em obedecê-lo, pelo conse­lho de pessoas fiéis, pela oração, por sabedoria, pela sua divina providência e pelo uso do bom senso. É possível fazer tudo isto e mesmo assim ainda ter algum grau de dúvida sobre a direção que Deus quer dar. Neste caso, podemos estar certos de que não importa quais sejam as decisões que tomaremos, Deus estará cuidando de nós.
PARA REFLETIR
·        Você tem se preocupado em buscar a orientação de Deus?
·        Você já sofreu por alguma decisão errada?
·        Você acredita na sorte ou na obra do destino? Pv 16.33

domingo, 13 de outubro de 2013

A Crise na Evangelização


A Igreja somente justifica a sua existência quando cumpre a sua obrigação missionária. No texto de Marcos16.15-16 temos o mandato missionário: E disse-lhes: Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado.
Podemos esboçar este mandato da seguinte maneira:
  • A sua origem ou motivação: Jesus (E disse-lhes);
  • A quem se destina: a cada crente;
  • A sua natureza: ação (Ide);
  • A sua extensão geográfica: todo mundo;
  • O seu método: a pregação;
  • O seu público alvo: toda criatura (homem);
  • O seu propósito: a salvação ou condenação e a integração (Batismo).
Mas, se temos este mandato tão claro, por que não evangelizamos? Por que há tantos crentes que jamais ganharam uma alma pra Jesus? Estudemos o assunto

1. O QUE É EVANGELIZAR
Em primeiro lugar, precisamos mos­trar que evangelizar é algo simples. Evangelizar consiste simplesmente em pregar o Evangelho a outra pessoa.
Conforme Mateus 28.18-20, evangeli­zação é:
1.1. Ativa
A tradução do termo Ide em Mt 28.19 é tendo ido, ou seja, evangelizar é ir, sair em busca dos perdidos. Evangelização é ação (Mt 9.35).
1.2. Pregação do Evangelho
A ordem implica em convidar as pes­soas à fé e à submissão ao senhorio de Jesus Cristo. É a pregação da cruz de Cristo (GI2.16-21).
1.3. Transformação de vidas
O evangelho desafia as pessoas para o arrependimento ou a mudança de vida (At17.30).
1.4. Um discipulado contínuo
Quem se converte torna-se um testemunhas tanto em Jerusalém como em toda Judeia e Samaria e até aos con­fins da terra (At 1.8). Há na Bíblia uma conexão entre a vinda do Espírito Santo e a subsequente proclamação da palavra (Ez 11.5; At 6.3 e 8.10).

Hernandes D. Lopes falando sobre a importância da unção do Espírito Santo na vida dos pregadores afirma: Sem a presença, a obra, o poder e a unção do Espírito Santo a igreja será como um vale de ossos secos. Sem a obra do Espírito Santo não haverá pregação, não haverá pessoas convertidas e também não ha­verá crescimento saudável da igreja. A obra do Espírito Santo é tão importante quanto a obra da redenção que Cristo realizou na cruz. Somente o Espírito Santo pode aplicar a obra de Deus ao coração humano.
Todo crente tem o Espírito Santo (Ef 1.14). Logo, todo crente deve ser cheio do Espírito Santo (Ef 5.18).
É como diz Alexandre Duff: A Igreja que deixa de ser evangelística, em breve deixa de ser evangélica. Mas a Igreja sou eu e você. Se ela não evangeliza é porque eu não estou evangelizando. A responsabilidade é pessoal.
É o Espírito Santo quem faz a obra.
Sá Ele pode convencer e converter. Se ele não opera, não haverá conversão. Entretanto. ele o usará. É como disse Wesley: Dá-me cem homens que não amem ninguém mais do que a Deus e que não temam nada senão o pecado, e eles eu abalarei o mundo. Disponha-se e seja um homem de Deus! Oswald Smith, em seu livro o Clamor do Mundo, questiona: Por que a Igreja não tem sido eficaz na evangelização do mundo? 

Ele mesmo apresenta seis causas:
  • Por causa dos inimigos do Evangelho;
  • Por causa da nossa ênfase sobre a educação;
  • Por causa das portas fechadas;
  • Por não termos enviados um número suficiente de missionários;
  • Por não termos seguido os métodos do apóstolo Paulo;
  • Por não estarmos convencidos de que as pessoas estão perdidas.

Porque os crentes individualmente não estão cumprindo o seu papel ou a sua responsabilidade missionária.

A RESPONSIBILIDADE É NOSSA
A Ação Missionária de Jesus  Mt 9.35-38  
A Quem Enviarei? Is 6.1-11
Homens São Importantes    3.13-19
É Preciso Pregar  Rm 10.1-15
O Ministério da Reconciliação    2 Co 5.18-21
O Poder Necessário        At 2
A Ceifa e os Ceifeiros   Jo 4.31-42


                                               Pergunta para os dias de hoje?
1.      Qual a missão intransferível da Igreja?
2.      Qual o grande empecilho na reali­zação dessa missão?
3.      Qual o método divino para a evangelização?


Créditos: Arival Dias Cassimiro