quarta-feira, 22 de maio de 2013

A BUSCA DA RESTAURAÇÃO


Referência: Joel 2.12-17
 INTRODUÇÃO
Hoje quero falar sobre a necessidade da restauração da igreja. Deus chamou a igreja do mundo para enviá-la de volta ao mundo como luz. A igreja é tão diferente do mundo como a luz é diferente das trevas. A igreja não foi chamada para ser influenciada pelo mundo. Ela não foi chamada para imitar o mundo. Ela não foi chamada para amar o mundo.
Mas a igreja hoje está exatamente como o povo de Israel, imitando a vida dos povos ao seu redor. Por isso, a igreja tem perdido o seu poder espiritual. Martyn Lloyd-Jones diz que só vamos influenciar e ganhar o mundo quando formos exatamente diferentes do mundo. No Brasil a igreja evangélica está crescendo mas não influenciando o mundo. A igreja tem extensão, mas não profundidade. Tem números, mas não santidade. Tem quantidade, mas não qualidade.
A igreja está se acostumando com o pecado. E o pecado atrai a ira santa de Deus. O pecado provoca o juízo de Deus. O profeta Joel está tocando a trombeta do juízo de Deus no capítulo 2. Os gafanhotos, a seca, a fome e os exércitos invasores estão assolando Israel. Essa trombeta fala do juízo de Deus.
I. A RESTAURAÇÃO COMEÇA COM A CONSCIÊNCIA DA CRISE QUE NOS CERCA – v. 1-11
O profeta Joel entende que a crise é resultado do pecado do povo e do juízo de Deus contra o pecado. Como Deus vê a igreja hoje? Tem Deus prazer na vida do seu povo ao ver a sua infidelidade? Tem Deus prazer na vida do seu povo ao ver que as coisas do mundo nos atrai mais do que as coisas do céu. Tem Deus prazer na sua igreja ao ver que os crentes tem perdido seus absolutos, tem imitado o mundo e vivido apenas um religiosismo sem vida, sem santidade e sem poder?
Deus não se impressiona com formas, com programas, com ritos, com cerimônias. Ele busca um povo santo, piedosos, fiel. Há pecados na igreja: 1) Falta de consistência espiritual – piedade na igreja e mundanidade em casa; 2) Falta de fervor espiritual – cansaço com as coisas de Deus e entusiasmo com as coisas do mundo. Falta de oração. Analfabetismo bíblico; 3) Falta de pureza moral – Crentes que abrigam imoralidade no coração, com pornografia, com namoros impuros, com festas mundanas; 4) Falta de amor nos relacionamentos – Crentes que são insubmissos aos pais, que são insensíveis com o cônjuge, que são frios no trato uns com os outros. 5) Falta de fidelidade na mordomia dos bens – Crentes que amam mais o dinheiro do que a Deus. Crentes que sonegam os dízimos, que roubam de Deus, que não investem no Reino.
A restauração passa pela consciência da crise. A igreja está como Ziclague, ferida e saqueada pelo inimigo. A igreja parece com Sansão, um gigante que ficou sem visão e sem forças. Escândalos vergonhosos têm acontecido dentro das igrejas. A igreja está em crise na doutrina, na ética e na evangelização.
O pecado nos torna fracos e afasta de nós a presença poderosa de Deus. Daí o começo da restauração passar pela consciência da crise.
II. A RESTAURAÇÃO VEM COMO RESULTADO DE UMA VOLTA PARA DEUS – v. 12-17
Qual é o processo dessa volta para Deus?
1.É uma volta para uma relação pessoal com Deus – v. 12 “Convertei-vos a mim”
O caminho da restauração é aberto quando voltamos as costas para o pecado e a face para Deus. Não é apenas um retorno à igreja, à doutrina, a uma vida moral pura, mas uma volta para uma relação pessoal com Deus. Os fariseus amavam mais a religião do que a Deus. Eles estavam mais apegados aos costumes religiosos do que a comunhão com Deus.
A maior prioridade da nossa vida é Deus. Fomos criados para glorificarmos a Deus e desfrutarmos da sua intimidade. Hoje buscamos as bênçãos de Deus e não o Deus das bênçãos. Corremos atrás da bênção e não do abençoador. O nosso alvo é satisfazer a nós mesmos e não voltarmo-nos para o Senhor.
Temos muita religiosidade e muito pouca intimidade com Deus. Conhecemos muito acerca de Deus, e muito pouco a Deus. Estamos envolvidos com a obra de Deus, mas não temos intimidade com o Deus da obra. Somos ativistas, mas não nos assentamos aos pés do Senhor. Deus está mais interessado em nossa relação com ele do que no nosso trabalho. Exemplo: Quando Jesus foi restaurar Pedro ele lhe deu uma lista de coisas para fazer, mas lhe perguntou: tu me amas? A volta para Deus é o primeiro degrau na estrada da restauração.
 2.É uma volta com sinceridade para Deus – v. 12 “de todo o vosso coração”
Há muitos crentes que fazem lindas promessas para Deus depois de um retiro, depois de um congresso, depois de um culto inspirativo, mas logo se esquecem dos compromissos assumidos. O amor deles é como o orvalho, logo se dissipa. Os votos assumidos no altar de Deus, com lágrimas, já são esquecidos no páteo da igreja.
O nosso cristianismo tem sido muito raso. Cantamos hinos de consagração, mas não nos consagramos ao Senhor. Cantamos que queremos ser um vaso de bênção, mas nos omitimos de falar de Jesus. Pedimos para que Jesus brilhe sua luz em nós, mas apagamos nossa luz imitando o mundo em nosso comportamento. Cantamos “tudo a ti Jesus entrego, tudo, tudo entregarei”, mas retemos os dízimos e as ofertas e fechamos o nosso coração ao necessitado. Honramos a Deus com os nossos lábios, mas o negamos com as nossas obras.
Há aqueles que só andam com Deus na base do aguilhão. Só se voltam para Deus no momento em que as coisas apertam. Só se lembram de Deus na hora das dificuldades. Não se voltam para Deus porque o amam ou porque estão tristes com os seus pecados, mas porque não querem sofrer. A motivação da busca não está em Deus, mas neles mesmos. O centro de tudo não é Deus, mas o eu. Precisamos nos voltar para Deus para veler. Deus não aceita apenas uma religião formal, uma reforma exterior, um verniz espiritual.
3.É uma volta com diligência para Deus – v. 12 “e isto com jejuns”
Qual foi a última vez que você jejuou para buscar a Deus? Jejum não é greve de fome, não é regime para emagrecer, não é ascetismo nem meritório. O jejum é instrumento de mudança. Ele muda a nós, não a Deus.
Devemos jejuar para Deus. Devemos jejuar para nos humilharmos diante do Senhor. Devemos jejuar para reconhecermos a falência dos nossos recursos. Devemos jejuar para buscarmos o socorro de Deus. O povo de Deus sempre jejuou. Quem jejua tem pressa. Quem jejua está ansioso por ver a intervenção de Deus.
Josafá convocou a nação de Judá para jejuar e Deus libertou o seu povo das mãos do adversário. Nínive jejuou e Deus lhe concedeu libertação. Ester jejuou com o seu povo e Deus poupou a nação de um holocausto.
Em 1756 o rei da Inglaterra convocou um dia solene de oração e jejum por causa de uma ameaça por parte dos franceses. João Wesley comentou as igrejas ficaram lotadas. A humilhação foi transformada em regozijo nacional porque a ameaça da invasão foi impedida.
Visitei em 1997 a maior Igreja Metodista do mundo com 87 mil membros. O pastor fundador da igreja nos disse que os dois momentos mais significativos da igreja, foi quando ele se dedicou intensamente ao jejum.
Quem jejua tem mais pressa em acertar a sua vida com Deus do que saciar as necessidades do corpo. Hoje os crentes têm pressa para correr atrás de seus próprios interesses. Precisamos de restauração.

4.É uma volta com quebrantamento para Deus – v. 12 “com choro e com lágrimas”
O povo de Deus anda com os olhos enxutos demais. Muitas vezes desperdiçamos nossas lágrimas, chorando por motivos fúteis demais. Outras vezes queremos remover o elemento emocional do culto. É por isso que estamos secos. Não choramos porque estamos endurecidos.
Temos chorado como Jacó no vau de Jaboque buscando uma restauração em sua vida (Os 12:4)? Temos chorado como Davi chorou ao ver sua família saqueada pelo inimigo? Temos chorado como Neemias chorou ao saber da desonra que estava sobre o povo de Deus? Temos chorado como Jeremias chorou ao ver os jovens da sua nação desolados, vencidos pelo inimigo, e as crianças jogadas na rua como lixo? (Lm 1:16: 2:11). Temos chorado como Pedro por causa do nosso próprio pecado de negar o Senhor? Temos chorado como Jesus ao ver a impenitência da nossa igreja e da nossa cidade (Lc 19:41)?
Conhecemos o que é chorar numa volta para Deus? Nosso coração tem se derretido de saudades do Senhor?
5.É uma volta com sinceridade para Deus – v. 13 “Rasgai o vosso coração e não as vossas vestes”
Nessa volta para Deus não adianta fingir. O Senhor não aceita encenação. Ele não se impressiona com os nossos gestos, nossas palavras bonitas, nossas emoções sem quebrantamento. Diante de Deus as máscaras caem. Ele vê o coração.
Para Deus não é suficiente apenas estar na igreja, ter um culto animado. É preciso ter um coração rasgado, quebrado, arrependido e transformado.
Como é triste ver pessoas que passam a vida toda na igreja e nunca foram quebrantadas. Passam a vida toda representando um papel de santidade, mas são impuros. Fazem alarde da sinceridade, mas interiormente são hipócritas. Advogam fidelidade, mas no íntimo são infiéis.
6.É uma volta urgente para Deus – v. 12 “Ainda assim, agora mesmo”
A despeito da crise devemos nos voltar para Deus. A crise não deve nos empurrar para longe de Deus, mas para os seus braços. A frieza da igreja não deve ser motivo de desalento, mas de forte clamor e profunda determinação para nos voltarmos para Deus.
 Os tempos de restauração vem depois de um tempo de sequidão. O tempo de nos voltarmos para Deus é agora. A restauração é para hoje. O tempo de Deus é agora. Não podemos agir insensatamente como Faraó, pedindo a restauração da sua terra do juízo de Deus para amanhã (Ex 8:8-10). Muitos crentes estão também adiando a sua volta para Deus. AGORA é o tempo da graça e o tempo da visitação de Deus. AGORA é o tempo aceitável.
O acerto de vida com Deus é urgente. O profeta Joel ordena: “Tocai a trombeta em Sião” (2:15). A trombeta só era tocada em época de emergência. Mas a trombeta é tocada em Sião e não no mundo. O juízo começa pela casa de Deus (1 Pe 4:17). Primeiro a igreja precisa voltar-se para o Senhor, depois o mundo o fará. A restauração começa na igreja e pela igreja e ela atinge o mundo. Quando a igreja acerta a sua vida com Deus, do céu brota a cura para a terra (2 Cr 7:14).
III. A RESTAURAÇÃO VEM COMO RESPOSTA DA BENIGNIDADE DE DEUS – V. 13-14
1.A restauração é resposta da misericórdia de Deus – v. 13 “porque ele é misericordioso…”
Podemos esperar um tempo de restauração da parte do Senhor porque ele é infinitamente misericordioso. Ele tem prazer em perdoar. Ele tem prazer em restaurar. Na ira ele se lembra da sua misericórdia. Ele volta o seu rosto para nós.
A esperança da restauração está fundamentada no gracioso caráter de Deus. Deus é misericordioso. Ele é compassivo. Ele é tardio em irar-se. Ele é grande em benignidade. Ele se arrepende do mal.
2.A restauração é resposta do pacto de Deus conosco – v. 13 “convertei-vos ao Senhor, vosso Deus”
O povo havia se desviado de Deus, mas ainda era o povo de Deus. Deus continua interessado na restauração do seu povo e ainda está comprometido com o seu imutável amor e propósito. Devemos nos voltar para Deus como o Deus do pacto. Ele é fiel. Ele jamais cessou de nos buscar, nos atrair, de nos chamar para ele. Somos o seu povo.
IV. A RESTAURAÇÃO PASSA POR UMA VOLTA DO POVO TANTO COLETIVA COMO INDIVIDUAL AO SENHOR – V. 15-17
Ninguém pode ficar de fora dessa volta para Deus. Todo o povo deve ser congregado. Toda a congregação deve ser santificada. Todavia o profeta começa a particularizar os que devem fazer parte dessa volta:
1.Os anciãos devem se voltar para Deus – v. 16 “ajuntai os anciãos”
A liderança precisa estar na frente, puxando a fila daqueles que têm pressa de voltarem para Deus. Os líderes são os primeiros a acertarem suas vidas com Deus. Os anciãos são os primeiros a colocarem o rosto em terra.
A igreja é um retrato da sua liderança. Ela nunca está à frente dos seus líderes. Os líderes devem ser os primeiros a se voltarem para Deus com choro, com jujum, com o coração rasgado.
 2.Os jovens devem se voltar para Deus – v. 16 “reuni os filhinhos”
As pressões sobre os jovens são muito grandes. Faraó tentou reter os jovens no Egito. Sansão deu uma festa regada a vinho porque era o costume dos jovens da sua época. Precisamos de jovens como José que preferem a prisão do que o pecado. Precisamos de jovens como Daniel que resolvem firmemente não se contaminarem. Precisamos de jovens como Timóteo que permanece nas Sagradas letras.
O lugar de jovem curtir a vida é no altar de Deus. Só na presença de Deus há plenitude de alegria. Ilustração: Minha experiência na Igreja de Uberlândia.
A volta para Deus é mais urgente para os jovens do que o casamento. “Saia o noivo da sua recâmara, e a noiva do seu aposento”.
3.As crianças devem se voltar para Deus – v. 16 “reuni os que mamam”
Até mesmo as nossas crianças precisam ser desafiadas a se voltarem para Deus. Precisamos trazer os nossos filhos à Casa de Deus e ensiná-los a buscarem ao Senhor. Não podemos entregar os nossos filhos à babá eletrônica. Temos que criá-los aos pés do Senhor e para a glória do Senhor.
4.Os ministros devem se voltar para Deus – v. 17 “Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor… e orem: Poupa o teu povo, ó Senhor…”
Nós pastores precisamos aprender a chorar pelo povo. Temos feito a obra de Deus com os olhos enxutos demais. Não podemos nos conformar com a crise. Não podemos nos conformar em ver a sequidão espiritual do povo de Deus. O choro precisa começar com os pastores. Os líderes precisam chorar e orar.
Quando perguntaram para Moody qual era o maior obstáculo da obra, ele disse: “O maior obstáculo da obra são os obreiros.” Estamos vivendo uma crise pastoral no Brasil. Precisamos nos voltar para Deus e precisamos chorar por nós mesmos e pela vida do povo de Deus.
V. A RESTAURAÇÃO PRODUZ RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS NA VIDA DO POVO DE DEUS – V. 18-32
1.Quando Deus restaura a igreja, ele muda a sua sorte – v. 18-27
Quando a igreja se volta para Deus e acerta sua vida com ele, ele se compadece do seu povo: ao invés de fome, há fartura (2:19,24). Ao invés de opresssão do inimigo, há libertação (2:20). Ao invés de seca, há chuvas abundantes (2:23). Ao invés de prejuízo, há restituição (2:25). Ao invés de vergonha, há louvor (2:26). Ao invés de lamentaçãoi e de solidão, há a plena consciência de que Deue está presente (2:26,27).
2.Quando Deus restaura a igreja, ele derrama sobre ela o Seu Espírito – v. 28-32
O derramamento do Espírito não vem antes, mas depois que o povo se volta para Deus. O derramamento é uma bênção abundante, segura e restauradora que vem sobre trazendo vida, vigor e poder para a igreja.
O Espírito desceu no Pentecoste e a igreja saiu das quatro paredes para impactar o mundo. Antes os crentes estavam com medo dos judeus. Agora os judeus é que ficaram com medo dos crentes. Quando nos voltamos para Deus, ele se volta para nós e restaura a nossa sorte.

Quando Deus dá Asas a Cobra



Serpentes. Só a menção deste nome já causa arrepios em muita gente. Na primeira vez que morei na Flórida, tive que expulsar uma serpente que invadira nosso quintal. Vali-me do báculo episcopal que havia recebido em minha sagração a bispo. Recentemente, uma serpente negra, muito parecida com aquela que enfrentei, apareceu em nosso jardim. Tânia, minha esposa, tentou espantá-la, porém em vão. Sorte a nossa que essas serpentes negras, tão comuns nesta região da América, não são peçonhentas. Bem diferentes daquelas que, segundo a tradição, foram expulsas da Irlanda por Patrício, bispo cristão que viveu entre 385 e 461 d. C. Até hoje não há cobras em território irlandês. Segundo a lenda, a Irlanda era infestada de serpentes, até o dia em que Patrício as expulsou.
Geralmente, acredita-se que sonhar com serpentes indica que alguém está sendo traído. Eu mesmo passei por uma experiência destas.
Havia um pastor em nosso ministério em quem eu confiava cegamente. Eu o tinha como um filho, e um dos possíveis candidatos à minha sucessão. Minha confiança nele era tão grande, que deixei-o à frente da igreja que eu mais amava. Prestes a viajar para o Exterior, tive uma sensação horrível, e temi que algo fosse acontecer durante essa viagem. Convidei-o a ir à minha casa, e chamando-o ao meu quintal, disse-lhe o quanto confiava nele, e pedi para que, caso algo me acontecesse, ele jamais deixasse apagar a chama da mensagem da graça e do reino de Deus (ênfases em nosso ministério). Com lágrimas nos olhos, eu o abracei como um pai ao filho. Naquele momento, minha mente foi remetida a um sonho que havia tido dias antes. Sonhei que aquele mesmo quintal onde nos abraçamos, estava infestado de serpentes. Uma grande, e muitas pequenas. Não comentei o sonho com ele, mas senti que aquele abraço poderia encontrar paralelo com o beijo dado por Judas em Jesus. Tempos depois, esse mesmo pastor agiu traiçoeiramente contra o meu ministério, expondo-me publicamente com acusações infundadas. Infelizmente, ele não se arrependeu do que fez, embora lhe tivéssemos dado chance para tal, mas provocou a divisão de uma das nossas principais igrejas (que eu mesmo havia iniciado anos antes), contagiando aquele povo que tanto amávamos, provocando-o contra nós e o nosso ministério. Foi um dos momentos mais dolorosos que passei em toda a minha vida. Já havia sido traído antes, mas não por alguém que eu considerava um filho. Embora o tenha perdoado, confesso que ainda dói, principalmente quando lembro das lágrimas dos meus filhos diante daquela injustiça. A hemorragia se estancou, mas a ferida ainda está inflamada. Alguns dos que aderiram à rebelião, se arrependeram depois, procurando-me com pedidos de perdão, pois caíram em si e perceberam o que havia por trás de tudo aquilo: orgulho e ganância, tão característicos da natureza humana. 

A serpente não é apenas símbolo de traição, como também é símbolo da malignidade de nossa própria natureza. Por isso, o salmista exclama: “Desviam-se os ímpios desde a mad
Quando Deus dá Asas a Cobra
Serpentes. Só a menção deste nome já causa arrepios em muita gente. Na primeira vez que morei na Flórida, tive que expulsar uma serpente que invadira nosso quintal. Vali-me do báculo episcopal que havia recebido em minha sagração a bispo. Recentemente, uma serpente negra, muito parecida com aquela que enfrentei, apareceu em nosso jardim. Tânia, minha esposa, tentou espantá-la, porém em vão. Sorte a nossa que essas serpentes negras, tão comuns nesta região da América, não são peçonhentas. Bem diferentes daquelas que, segundo a tradição, foram expulsas da Irlanda por Patrício, bispo cristão que viveu entre 385 e 461 d. C. Até hoje não há cobras em território irlandês. Segundo a lenda, a Irlanda era infestada de serpentes, até o dia em que Patrício as expulsou.
Geralmente, acredita-se que sonhar com serpentes indica que alguém está sendo traído. Eu mesmo passei por uma experiência destas. 

Havia um pastor em nosso ministério em quem eu confiava cegamente. Eu o tinha como um filho, e um dos possíveis candidatos à minha sucessão. Minha confiança nele era tão grande, que deixei-o à frente da igreja que eu mais amava. Prestes a viajar para o Exterior, tive uma sensação horrível, e temi que algo fosse acontecer durante essa viagem. Convidei-o a ir à minha casa, e chamando-o ao meu quintal, disse-lhe o quanto confiava nele, e pedi para que, caso algo me acontecesse, ele jamais deixasse apagar a chama da mensagem da graça e do reino de Deus (ênfases em nosso ministério). Com lágrimas nos olhos, eu o abracei como um pai ao filho. Naquele momento, minha mente foi remetida a um sonho que havia tido dias antes. Sonhei que aquele mesmo quintal onde nos abraçamos, estava infestado de serpentes. Uma grande, e muitas pequenas. Não comentei o sonho com ele, mas senti que aquele abraço poderia encontrar paralelo com o beijo dado por Judas em Jesus. Tempos depois, esse mesmo pastor agiu traiçoeiramente contra o meu ministério, expondo-me publicamente com acusações infundadas. Infelizmente, ele não se arrependeu do que fez, embora lhe tivéssemos dado chance para tal, mas provocou a divisão de uma das nossas principais igrejas (que eu mesmo havia iniciado anos antes), contagiando aquele povo que tanto amávamos, provocando-o contra nós e o nosso ministério. Foi um dos momentos mais dolorosos que passei em toda a minha vida. Já havia sido traído antes, mas não por alguém que eu considerava um filho. Embora o tenha perdoado, confesso que ainda dói, principalmente quando lembro das lágrimas dos meus filhos diante daquela injustiça. A hemorragia se estancou, mas a ferida ainda está inflamada. Alguns dos que aderiram à rebelião, se arrependeram depois, procurando-me com pedidos de perdão, pois caíram em si e perceberam o que havia por trás de tudo aquilo: orgulho e ganância, tão característicos da natureza humana.
A serpente não é apenas símbolo de traição, como também é símbolo da malignidade de nossa própria natureza. Por isso, o salmista exclama: “Desviam-se os ímpios desde a madre; andam errados desde que nascem, proferindo mentiras. Têm veneno semelhante ao veneno da serpente; são como a víbora surda, que tapa os ouvidos” (Sl.58:3-4). Não era em vão que Jesus se dirigia carinhosamente aos religiosos hipócritas de Sua época, chamando-os de “serpentes, raça de víboras!” (Mt.23:33).
A figura da serpente habita o imaginário popular, deixando de ser apenas um réptil asqueroso e rastejante para tornar-se num poderoso arquétipo. A palavra 'arquétipo' (grego archétypon) pode ser traduzida por "modelo", "padrão", ou "tipo primitivo". De acordo com Carl Jung, pai da Psicologia Analítica, os arquétipos "são as partes herdadas da psiquê", padrões de estruturação do que Jung denominou de inconsciente coletivo. Assim como temos uma herança biológica, também teríamos uma herança psíquica. Estruturas com as quais já nascemos. Cada nova geração assenta num novo tijolo neste muro psíquico.
A serpente é um desses arquétipos que acompanham a humanidade desde os primórdios.
Nas páginas das Escrituras, ela aparece pela primeira vez como aquela que tenta o primeiro casal, fazendo-os comer do fruto que Deus havia proibido. A partir deste episódio fatídico, a serpente passou a habitar no inconsciente coletivo da humanidade, alimentando-se do pó produzido pelo caminhar do homem, conforme Deus havia sentenciado.
Com o passar do tempo, a serpente foi evoluindo. Conquanto tenha perdido a habilidade de andar, passando a rastejar, ela acabou por desenvolver a habilidade de voar. A serpente do Éden ganhou asas, deixando de ser um réptil rastejante, para ser um dragão alado. 

Ou não é isso que lemos em Apocalipse?
“E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, que engana a todo o mundo” (Ap.12:9).
Pelo jeito, o diabo conseguiu dar um upgrade na imagem construída no imaginário popular. Mas não deixou de ser o enganador-mor, inspirador de toda dissensão entre os homens; aquele que entra sorrateiramente, sem ser percebido, e ali semeia a discórdia, o ódio, o ressentimento.
O mesmo Deus que permitiu que a serpente se infiltrasse no Paraíso sem ser notada, também permitiu que ela criasse asas, tornando-se assim o príncipe das potestades do ar. Porém, suas asas são como as de Ícarus. Na medida em que tenta se elevar, elas vão derretendo, como asas de cera. O mesmo orgulho que o impulsiona para cima, torna maior o seu tombo. Por isso, ele é precipitado das alturas. Lá não é seu lugar. Todos quanto o seguirem, juntamente cairão.
Embora dotado de asas, o pavão sabe como disfarçá-las. Sabe como entrar num ambiente sem chamar a atenção para si.
Daí a preocupação de Paulo com os fiéis de Corinto:
“Mas temo que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos entendimentos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo. Pois se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, de boa mente o suportais...” (2 Co.11:3-4).
Como pessoas que experimentaram a graça de Deus podem dar ouvido a qualquer espírito? Deixam a simplicidade do genuíno Evangelho da Graça por aquilo que foi gerado em corações doentes, cheios de amargura, vaidade e ganância.
Sem dúvida, o temor de Paulo era justificável. “E não é de admirar, pois o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transformem em ministros da justiça. O fim deles será conforme as suas obras” (vv.14-15).
Tais obreiros fraudulentos não sabem o que estão entesourando para si. Veja a exortação que lhes é destinada: “Não te alegres, tu, toda a Filístia, por estar quebrada a vara que te feria; da raiz da cobra sairá um basilisco, e o seu fruto será uma serpente venenosa e voadora” (Is.14:29). Os filisteus festejavam por terem se livrado do domínio de quem os conquistara. Mas não sabiam que estavam chocando ovos de serpente. O mesmo se deu com Israel quando apostatou-se. Isaías os denunciou: “Ninguém há que clame pela justiça; ninguém comparece em juízo pela verdade. Confiam na vaidade, e andam falando mentiras; concebem o mal, e produzem iniqüidade. Chocam ovos de basilisco, e tecem teias de aranha. Aquele que comer dos ovos deles morrerá, e se um dos ovos é quebrado, sai dele uma víbora” (Is.59:4-5).
Deixe que a serpente exiba suas novas asas. Deixe que sua boca se encha de arrogância. Deixe que se gabe de suas conquistas. O Senhor a julgará!
A mentira será revelada! O que estiver escondido virá à tona. Seus ovos eclodirão, e deles sairão seus filhotes que igualmente o trairão.
É praticamente impossível caminhar pelos corredores do mundo cristão sem se deparar com tais serpentes. Elas estão por aí, em nossos púlpitos, exibindo credenciais pastorais e diplomas de doutorado em divindade. O temor de Paulo nos assombra.
Como sobreviver às suas investidas? Como resistir ao seu encantamento? Como escapar de seu carisma e simpatia?
Se voltarmos à simplicidade do Evangelho, seu veneno perderá sua nocividade.
Paulo havia sobrevivido a um naufrágio, e estava aquecendo-se ao redor de uma fogueira juntamente com os demais sobreviventes e alguns nativos da Ilha onde encontraram socorro. De repente, uma serpente salta da fogueira e se lhe apega a mão. Os nativos sabiam que era uma espécie ultra-venenosa, e ficaram esperando pelo momento em que ele cairia morto. Paulo simplesmente sacudiu a serpente, devolvendo-a ao fogo. As horas se passaram, e ele sequer queixou-se de mal estar. Apesar de ter sido julgado mal, de ter sido acusado injustamente, Paulo não deu ouvidos a nada disso, e prosseguiu em seu caminho (At.28:1-5).
Não se preocupe com o que digam a seu respeito. Não tente provar nada a ninguém. Sacode a serpente! Devolva-a ao fogo de onde saiu, e siga em frente. Só não vale prosseguir com a serpente apegada à sua mão.
Jesus garantiu a Seus discípulos que eles segurariam em serpentes, e elas não lhes faria mal algum (Mc.16:18). Estamos vacinados contra o seu veneno. No final, a verdade sempre prevalece. Podemos segurar em serpentes, mas não deixar que elas nos segurem.
Ele nos deu poder para pisarmos serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada, absolutamente nada nos fará dano algum (Lc.10:19).
Na finalização de sua carta aos Romanos, Paulo os admoesta e lhes apresenta uma promessa:
“Rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes. Desviai-vos deles. Pois os tais não servem a Cristo nosso Senhor, mas ao seu ventre. Com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos incautos (...) O Deus de paz esmagará em breve a Satanás debaixo dos vossos pés” (Rm.16:17-18,20a).
Que assim seja!
| Autor: Hermes C. Fernandes | re; andam errados desde que nascem, proferindo mentiras. Têm veneno semelhante ao veneno da serpente; são como a víbora surda, que tapa os ouvidos” (Sl.58:3-4). Não era em vão que Jesus se dirigia carinhosamente aos religiosos hipócritas de Sua época, chamando-os de “serpentes, raça de víboras!” (Mt.23:33).
A figura da serpente habita o imaginário popular, deixando de ser apenas um réptil asqueroso e rastejante para tornar-se num poderoso arquétipo. A palavra 'arquétipo' (grego archétypon) pode ser traduzida por "modelo", "padrão", ou "tipo primitivo". De acordo com Carl Jung, pai da Psicologia Analítica, os arquétipos "são as partes herdadas da psiquê", padrões de estruturação do que Jung denominou de inconsciente coletivo. Assim como temos uma herança biológica, também teríamos uma herança psíquica. Estruturas com as quais já nascemos. Cada nova geração assenta num novo tijolo neste muro psíquico.
A serpente é um desses arquétipos que acompanham a humanidade desde os primórdios.
Nas páginas das Escrituras, ela aparece pela primeira vez como aquela que tenta o primeiro casal, fazendo-os comer do fruto que Deus havia proibido. A partir deste episódio fatídico, a serpente passou a habitar no inconsciente coletivo da humanidade, alimentando-se do pó produzido pelo caminhar do homem, conforme Deus havia sentenciado.
Com o passar do tempo, a serpente foi evoluindo. Conquanto tenha perdido a habilidade de andar, passando a rastejar, ela acabou por desenvolver a habilidade de voar. A serpente do Éden ganhou asas, deixando de ser um réptil rastejante, para ser um dragão alado.
Ou não é isso que lemos em Apocalipse?
“E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, que engana a todo o mundo” (Ap.12:9).
Pelo jeito, o diabo conseguiu dar um upgrade na imagem construída no imaginário popular. Mas não deixou de ser o enganador-mor, inspirador de toda dissensão entre os homens; aquele que entra sorrateiramente, sem ser percebido, e ali semeia a discórdia, o ódio, o ressentimento.
O mesmo Deus que permitiu que a serpente se infiltrasse no Paraíso sem ser notada, também permitiu que ela criasse asas, tornando-se assim o príncipe das potestades do ar. Porém, suas asas são como as de Ícarus. Na medida em que tenta se elevar, elas vão derretendo, como asas de cera. O mesmo orgulho que o impulsiona para cima, torna maior o seu tombo. Por isso, ele é precipitado das alturas. Lá não é seu lugar. Todos quanto o seguirem, juntamente cairão.
Embora dotado de asas, o pavão sabe como disfarçá-las. Sabe como entrar num ambiente sem chamar a atenção para si.
Daí a preocupação de Paulo com os fiéis de Corinto:
“Mas temo que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos entendimentos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo. Pois se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, de boa mente o suportais...” (2 Co.11:3-4).
Como pessoas que experimentaram a graça de Deus podem dar ouvido a qualquer espírito? Deixam a simplicidade do genuíno Evangelho da Graça por aquilo que foi gerado em corações doentes, cheios de amargura, vaidade e ganância.
Sem dúvida, o temor de Paulo era justificável. “E não é de admirar, pois o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transformem em ministros da justiça. O fim deles será conforme as suas obras” (vv.14-15).
Tais obreiros fraudulentos não sabem o que estão entesourando para si. Veja a exortação que lhes é destinada: “Não te alegres, tu, toda a Filístia, por estar quebrada a vara que te feria; da raiz da cobra sairá um basilisco, e o seu fruto será uma serpente venenosa e voadora” (Is.14:29). Os filisteus festejavam por terem se livrado do domínio de quem os conquistara. Mas não sabiam que estavam chocando ovos de serpente. O mesmo se deu com Israel quando apostatou-se. Isaías os denunciou: “Ninguém há que clame pela justiça; ninguém comparece em juízo pela verdade. Confiam na vaidade, e andam falando mentiras; concebem o mal, e produzem iniqüidade. Chocam ovos de basilisco, e tecem teias de aranha. Aquele que comer dos ovos deles morrerá, e se um dos ovos é quebrado, sai dele uma víbora” (Is.59:4-5).
Deixe que a serpente exiba suas novas asas. Deixe que sua boca se encha de arrogância. Deixe que se gabe de suas conquistas. O Senhor a julgará!
A mentira será revelada! O que estiver escondido virá à tona. Seus ovos eclodirão, e deles sairão seus filhotes que igualmente o trairão.
É praticamente impossível caminhar pelos corredores do mundo cristão sem se deparar com tais serpentes. Elas estão por aí, em nossos púlpitos, exibindo credenciais pastorais e diplomas de doutorado em divindade. O temor de Paulo nos assombra.
Como sobreviver às suas investidas? Como resistir ao seu encantamento? Como escapar de seu carisma e simpatia?
Se voltarmos à simplicidade do Evangelho, seu veneno perderá sua nocividade.
Paulo havia sobrevivido a um naufrágio, e estava aquecendo-se ao redor de uma fogueira juntamente com os demais sobreviventes e alguns nativos da Ilha onde encontraram socorro. De repente, uma serpente salta da fogueira e se lhe apega a mão. Os nativos sabiam que era uma espécie ultra-venenosa, e ficaram esperando pelo momento em que ele cairia morto. Paulo simplesmente sacudiu a serpente, devolvendo-a ao fogo. As horas se passaram, e ele sequer queixou-se de mal estar. Apesar de ter sido julgado mal, de ter sido acusado injustamente, Paulo não deu ouvidos a nada disso, e prosseguiu em seu caminho (At.28:1-5).
Não se preocupe com o que digam a seu respeito. Não tente provar nada a ninguém. Sacode a serpente! Devolva-a ao fogo de onde saiu, e siga em frente. Só não vale prosseguir com a serpente apegada à sua mão.
Jesus garantiu a Seus discípulos que eles segurariam em serpentes, e elas não lhes faria mal algum (Mc.16:18). Estamos vacinados contra o seu veneno. No final, a verdade sempre prevalece. Podemos segurar em serpentes, mas não deixar que elas nos segurem.
Ele nos deu poder para pisarmos serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada, absolutamente nada nos fará dano algum (Lc.10:19).
Na finalização de sua carta aos Romanos, Paulo os admoesta e lhes apresenta uma promessa:
“Rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes. Desviai-vos deles. Pois os tais não servem a Cristo nosso Senhor, mas ao seu ventre. Com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos incautos (...) O Deus de paz esmagará em breve a Satanás debaixo dos vossos pés” (Rm.16:17-18,20a).
Que assim seja!
Credito Autor: Hermes C. Fernandes  Mídia Gospel

sexta-feira, 10 de maio de 2013

MERGULHANDO NA HUMILDADE



Texto base: 2 Reis 5.1,9-14.

Naamã era chefe do exército do rei da Síria, era um grande homem diante do seu senhor e de muito respeito; porque por ele o Senhor dera livramento aos siros; e era este varão homem valoroso. Estes são alguns dos atributos que a bíblia diz do General Naamã.
Ele era conhecido pelo seu povo e por todos que ouviam falar da sua fama como um grande estrategista militar, como um grande guerreiro, um grande homem, a quem até o rei o adimirava pela coragem, determinação e suas conquistas.
Mas a bíblia continua dizendo que Naamã era um grande homem, de respeito, valoroso, porém leproso.

A lepra é uma doença caracterizada pela brancura, inchasos e tumores que desfiguram a pele. No antigo testamento os leprosos eram obrigados a morar longe das pessoas, e quando se aproximassem delas, deveria gritar: Imundo, imundo !!! Para alertar a respeito da sua anomalia física.
As pessoas que contraisem a lepra era consideradas imundas, amaudiçoadas, e por consequência viviam solitários e a margem da sociedade da época.
Naamã vivia dois extremos na sua vida, um era o seu aspecto exterior no convivio da sociedade (um grande general) e o outro era o aspecto no interior da sua casa ( um leproso).
E Naamã viveu por algum tempo este dilema, até que um dia a menina de Israel que trabalhava na sua casa lhe falou sobre o profeta Eliseu e da possibilidade de se tornar limpo da lepra.
Naamã mais do que depressa toma todas as atitudes necessárias para ir até o profeta Elizeu. Chegando lá o profeta nem o recebe, apenas manda recado para que ele se lave 7 vezes no rio Jordão.
1- Mergulho da Humildade: Pelo fato de ser da alta patente no exército Naamã se achava grande, pelas sua grandes conquistas ele se ensoberbeceu.
Quando chegou até Elizeu pessou que iria ser recebido como um grande General cheio de recomendaçõe, quando na realidade o profeta nem o recebe, apenas manda um recado, vai se lavar no Jordão.
A palavra Jordão significa, aquele que desce, em outras palavras Elias estava dizendo a Naamã, você esta muito soberbo vai se humilhar primeiro!!!
Para entar no jordão e tomar banho é necessario tirar a farda, tirar as medalhas, tirar a capa e expor a lepra.
Dessa mesma maneira muitas das vezes é necessário nos despirmos do nosso rótulo, deixar de lado os nossos títulos e condecorações e chegarmos diante de Deus com humildade e sem estampa, apenas como somos de verdede.

2- Mergulho da Obediência: Naamã pensou que iria ser curado de uma forma, mas Deus quis curá-lo de outra. Por isso ele precisava obedecer a voz do profeta e continuar a se lavar no rio.
Quantas das vezes nós queremos receber algo de Deus, mas do nosso jeito, meu amado irmão Deus age do jeito que Ele quer, quando Ele quer e como Ele quer.
Precisamos aceitar a maneira de Deus agir e obedecer, do contrario não conseguiremos alcansar a vitória.

3- Mergulho da Contribuição: Naamã precisava contribuir com o seu milagre, ele estava debaixo de uma palavra agora ele precesava contribuir.
Existem muitos crentes hoje que não contribuem para o seu milagre. Ficam esperando tudo, fica esperando cair do céu, vê o mar fica esperando o mar se abrir, vê uma muralha fica esperando a muralha cair, vê um gigante fica esperando o gigante cair, e le fica esperando, esperando ,esperando... Jesus vai voltar e ele fica esperando...
Você precisa se levanter e ir a luta, contribuir com o seu milagre!!!
Existem pessoas que gostam de explorar a fé dos outros, e dizem Pastor ora pra mim! Mas não lê bíblia, não faz um jejum, não consagra a vida, não ora, não dá nenhum glória a Deus !!! E quer receber, o salmista certa vez disse: Uma coisa pedi ao Senhor, e a buscarei!!! tem que contribuir, tem que buscar se não não alcança.

4- Mergulho da Perseverança: Naamã já havia dado três mergulhos e nada havia acontecido, agora ele precisava perceverar e continuar a mergulhar como o profeta havia dito.
Quantos de nós comçamos algo e não terminamos:
Começamos uma campanha e não terminamos, começamos um curso e não terminamos, começamos um projeto e terminamos, começamos um namoro e não vamos até o fim, acabamos deixando tudo pela metade e não concluímos nada.
A bíblia diz em Salmos 126.6- Aquele que segue andando e chorando concerteza trará consigo os seus molhos.
Temos que seguir até o fim para conquistarmos porque a bíblia diz em Eclesiastes 7.8-Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas.

5- Mergulho da fé: Agora ele já havia dado 4 mergulhos, e nada ainda havia acontecido, a lepra ainda estava lá, os seus soldados estavam todos olhando Naamã despido se lavando no rio e nada ainda havia acontecido. É neste momento que aqueles que estão ao seu redor começam a dizer que você está perdendo temo na igreja, que nada vai acontecer, e que você não vai conseguir. Mas é neste momento também que você precisa ter fé e acreditar no seu milagre.
Em hebreu 11.13- A bíblia diz que os pais da fé eles viam as promessas de longe creram e abraçaram as promessas. Nestes momentos de indecisão nós precisamos ter fé e abraçar a nossa promessa.
6-Mergulho do Entusiasmo: A palavra entusiasmo no original quer dizer ''Deus dentro do homem", é a força que se precisa ter na reta final da sua trajetória ao milagre.
7- Mergulho da Vitória: Esse é o mergulho da conquista, da realização, esse é o mergulho que quando você levanta está totalmente curado e todos estão ao seu redor espantados com o milagre de Deus na sua vida, e então eles tem que declarar que só o Senhor é Deus!
Meu querido tenha humildade, obediência, contribua,busque, tenha perseverança, fé, entusiasmo e alcance a sua vitória em o nome de Jesus!

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Estudos Biblicos: SALMO 126

Estudos Biblicos: SALMO 126: Este Salmo 126 fala-nos de Restauração. Ele descreve três períodos na vida do povo de Israel. 1) O passado (v. 1-3) – Temos...

sexta-feira, 19 de abril de 2013

QUE É CÉLULA?


Adicionar legenda
Quero compartilhar com os irmãos algumas razões importantes da existência dos pequenos grupos e da participação de todos em algum deles.
A célula do ponto de vista científico.
 Segundo a Biologia, a célula é a estrutura mais básica e fundamental dos organismos vivos. É através das células que o corpo humano cresce e a vida se renova a cada segundo. Isso se dá porque cada célula contém em si todas as informações genéticas daquele corpo e se submete ao interesse geral do organismo como um todo. Isso significa que por uma célula se pode conhecer a identidade de todo o corpo.

Você sabe porque as pessoas envelhecem? Porque as indesejadas rugas aparecem e com elas as funções orgânicas vão se tornando mais débeis? Basicamente porque as células diminuem o seu ritmo de multiplicação e a vida não se renova na mesma velocidade que antes.
Ruan, Votória e Wesley - Participante da Célula.
O que é a célula dentro da estrutura celular?

Reunião semanal de grupos homogêneos (ex. homens, mulheres, moças, rapazes, etc...) com propósitos que glorifiquem ao Senhor e façam expandir o Seu Reino, tais como: adoração, comunhão, edificação, evangelismo e serviço.





A visão é de uma “igreja em células”
É importante ressaltar que a proposta da visão é que todos, indistintamente, se reúnam em células. Pois há uma grande diferença de uma igreja com células e uma igreja em células. Em uma igreja com células, as mesmas são uma programação dentro de várias. Em uma igreja em células, as células são extremamente importantes. Todos participam da célula, não necessariamente para  contribuir com o conhecimento e informações, mas sim, com o seu envolvimento pessoal.

Leia estes versículos para comprovar que é um princípio bíblico, o qual devemos imitar: At 20.20, Rm 16.5, I Co 16. 19, Cl 4.15, Fl 1.2. É um princípio bíblico estabelecido para o crescimento dos crentes em todos os aspectos da vida cristã, inclusive o da comunhão, da qual alguns sentem falta.
Célula em minha Residência

Se há uma experiência agradável para nós crentes nascidos de novo é a de estarmos juntos nos momentos de culto em nossas igrejas, louvando a Deus e ouvindo sua Palavra. Gostamos de estar reunidos na grande congregação.

A igreja primitiva também gostava muito de ser reunir, tanto no templo quanto nas casas. Um fato importante sobre isso é que as reuniões mais frequentes eram feitas nos lares, em pequenos grupos. Aliás, a igreja primitiva foi construída sobre pequenos grupos nas casas, não no templo. O templo foi utilizado até a morte de Estevão, a partir de então ela se torna uma igreja sem templo. O templo para nós hoje é importante, mas e as reuniões nas casas em pequenos grupos não deveriam ser tão importante quanto?.
Elizângela consolidadora Fiel!!!

Eu creio que Deus está chamando a nossa atenção para este fato bíblico, a fim de nos fazer viver uma experiência semelhante à da igreja primitiva, o foco maior da minha igreja local nesse primeiro momento  é a igreja nos lares.

Alguns exemplos que servem como base bíblica para o sistema de células.

1. Vida de Jesus:

    Discípulos em Emaús – Lc 24.28-31
    A casa de Zaqueu – Lc 19.1-10
    A comissão dos setenta – Lc 10.5-12 (as casas exerciam importante papel)

2. Igreja Primitiva:

    *     Igreja na casa de Filemom – Filemom 1-3
    *     Igreja reunida na casa de Áquila e Priscila – ICo 16.19
    *     Pregavam e ensinavam nas casas – At 5.42

CONCLUSÃO:
Vemos que a igreja primitiva ao adotar o modelo de Cristo vivenciou êxito sobrenatural, pois a igreja se multiplicava (At 9.31). Igrejas em todo o mundo alcançaram êxito com as células. O que precisamos fazer e seguir os comandos de Deus e abraçarmos esta visão.

Cada vida deve ser vista como um tesouro. Precisamos somar tudo o que é necessário para salvá-la, abra seu lar para ser uma das casas onde uma parte da igreja se reúna, como foi no princípio da igreja primitiva. Amém!  Seja ricamente abençoado 

Você está  convidado a participar de uma célula  virtual e só enviar um e-mail para cristianedoze@gmail.com.
 
o que não é Célula??




quarta-feira, 10 de abril de 2013

RELACIONAMENTO






1 – O que é relacionamento?
É correspondência, trato amistoso, ou convivência, relações íntimas com alguém.
Relacionamento com Deus quer dizer convivência com Ele.
É trato diário com o Senhor, tornando-se familiar essa relação de amizade
(Salmo 25:14 e Nm. 12:5-8).

2 – É importante o nosso relacionamento com Deus?
Mateus 5:14 – “...Vós sois a luz do mundo”.
Romanos 13:12 – “...E revistamo-nos das armas da luz”.
Romanos 13:14 – “...Revesti-vos do Senhor Jesus”.

O cristão, no sentido individual e coletivo, é a luz do mundo. Se suas atitudes e relacionamentos não são de conformidade com a natureza de Cristo, a luz se retira, e o cristão se torna parte do problema e não da resposta para o mundo.
Cristo é a luz para nós. Sua presença habitacional em nós é a resposta para o problema básico de uma vida ou de um povo.
Daí a vital importância do nosso relacionamento com Deus, da nossa intimidade com Ele.

3 – Qual o segredo principal do relacionamento com Deus?
O segredo principal do relacionamento com o Senhor é a conversão a Deus. (Jeremias 3:22; 2 Crônicas 30:9; Neemias 1:9).
Converter é voltar ao Calvário, sempre que se fizer necessário, para que haja assim comunhão com Deus.
Nascidos de novo através da Conversão a Cristo, passamos a experimentar um relacionamento novo, de vitória com Deus – Cristocêntrico.
Relacionamento que começa, existe, permanece e termina na Cruz com a visão do Trono, para um relacionamento perfeito e eterno, na glória. Esse relacionamento nos leva para a deslumbrante glória na presença de Deus, onde nossa ânsia é satisfeita, aqui e para sempre.

Relacionamento através da Palavra

1 – A Bíblia

“Habite , ricamente em vós a Palavra de Cristo”. (Colossenses 3:16).
Como vimos, não é exagero ler demais a Palavra de Deus, mas sim uma necessidade.
Ler a Bíblia, absorver a Bíblia, ingerir a Palavra é uma ordem de Deus para nós.
Sem a Palavra não há relacionamento com Deus. Nela encontramos o próprio Deus, encontramos o nosso começo com Cristo, salvação. Com ela alimentamos o nosso relacionamento com Deus que deve ser forte e constante. Com ela haverá quebrantamento, regozijo e emoções sensibilizadas pelo Espírito Santo.
A Palavra é instrumento de restauração, de libertação, de cura para nossa alma doente. É à base de tudo.
Ela fortalece o espírito, conforta a nossa alma, fortalece a personalidade por dentro até Cristo fluir.
A Palavra não pode ser apartada do tratamento interior que o Espírito Santo faz e quer fazer em cada crente e que dura à vida inteira. Ela é remédio para nossa alma marcada pelo pecado. Ela gera paz, poder, prosperidade, alegria saúde, força, vitória (Josué 1:6-8, Prov. 4:20-23).
A ordem de Deus para Josué foi ser forte, corajoso para herdar a terra, mas apresentou o meio para essa conquista – fazer e não desviar da Palavra para que fosse bem sucedido.
E continuou: Falar constantemente, Meditar e Fazer o que a Lei ordenava para fazer Prosperar o Seu Caminho.
A nossa alma tem sede da Palavra, e ela deverá ocupar lugar central na vida da cada crente se quiser vitória.
O grande problema de muitos crentes é desprezar a Palavra, se empobrecendo espiritualmente e até sendo ponto de interrogação quanto a sua vida cristã.
Também o desvalor pela Palavra abre um espaço enorme para Satanás atacar, agir em nossa vida. Qual é a sua brecha? Tem fraquejado?
Ler a Palavra devagar, meditando, examinando (João 5:39), extraindo o seu ensino, anotando, descobrindo verdades ocultas para você. Isso significa alimentar-se da Palavra de Deus, relacionar-se com Ele.

2 – Como a Palavra deve estar em nossa vida?
A – Causando Prazer – Salmo 1:1-9 – Prazer por ela surge quando meditamos nela dia e noite, como fazia o salmista.
B – Entranhada em nós – Para que tenhamos relacionamento com Deus é preciso que sua Palavra esteja entranhada em nós e nós nela, de tal maneira que nos tornemos uma só realidade. Provérbios 4:3-6; João 15:7.
C – Como Regra de Fé Prática – A Palavra é bússola que conduz o filho de Deus até encontrar com o comandante face a face, mas precisa ser prática. Só conhecê-la e não colocá-la a valer na sua vida, de nada e nenhum valor ela tem.
D - Conhecendo o Senhor – Só conheço o Pai que tenho se meditar na Sua Palavra. Sendo bom conhecedor das Verdades Eternas.

3 – Recapitulando: O que fazer para relacionar com Deus pela Palavra?

A – Ler a Palavra - conhecer a sua verdade, conhecer a nossa regra de fé, de vida em combate por uma causa vitoriosa, eterna, obtendo informações que só ela tem para dar.
B – Meditar na Palavra – É penetrar nela, interiorizar, obtendo significado de cada parte ali contida para o meu viver, equivale alimentar-se dela.
C – Praticar a Palavra – Mateus 7:24 – Ter a Palavra de Deus, valendo para nossa vida diante de cada problema, cada sonho, cada pedido, cada alegria, cada plano.
O caminho da benção é o caminho da obediência, da prática da Palavra de Deus.
D – Memorizar a Palavra – É muito importante para tempos difíceis. Momentos em que não temos nas mãos o alimento precioso para sustentar, renovar preservar a fé.

O AMOR RESTAURADOR

 
Em Lucas 15 Jesus contou três parábolas imortais. Todas elas têm a mesma ênfase: a restauração dos que haviam se perdido. Há algumas progressões nessas parábolas: de cem ovelhas, uma se desviou; de dez moedas, uma foi perdida; de dois filhos, um abandonou a casa paterna. A ovelha se desviou por descuido; a moeda foi perdida por negligência; o filho foi embora de casa por ingratidão. Nos três casos, há um processo de busca ou espera. As parábolas terminam com o mesmo enfoque, a alegria do reencontro com os que se haviam perdido. As três parábolas, embora com nuances diferentes, têm a mesma lição central: Deus ama os pecadores, mesmo aqueles que são enjeitados pela sociedade, ou rejeitados pela religião. Deus se alegra na salvação deles e festeja a sua volta ao lar. Vamos nos deter, agora, na última parábola.
Embora essa seja mundialmente conhecida como a parábola do filho pródigo, sua lição central recai não na fuga do filho rebelde, nem mesmo no seu arrependimento e volta ao lar, mas no amor gracioso do pai. A despeito do pródigo não valorizar o conforto do lar nem a companhia do pai e do irmão; a despeito do pródigo pedir sua herança antecipada e assim, considerar o seu pai morto; a despeito do pródigo romper os laços com sua família de forma tão radical e sair para uma terra distante para viver na dissolução, esbanjando os seus bens com os prazeres do pecado; a despeito do pródigo, com profunda ingratidão, ter calcado debaixo dos seus pés o amor do pai e todos os valores morais aprendidos com ele; a despeito do pródigo ter esbanjado toda a herança com vida desregrada e colher os frutos amargos de sua maldita semeadura; a despeito do pródigo voltar para casa maltrapilho e sujo, arruinado e falido, o pai corre ao seu encontro, o abraça, o beija, o restaura e celebra a sua volta. Esse amor restaurador do pai tem algumas características:


Em primeiro lugar, é o amor que procura e espera a volta do pródigo. Não é o homem perdido que busca a reconciliação com Deus; é Deus quem o procura, quem muda seu coração e quem o recebe de volta. Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo. Tudo procede de Deus. É ele quem nos escolhe, chama, justifica, glorifica e festeja a nossa volta aos seus braços.
Em segundo lugar, é o amor que perdoa e restaura o pródigo. O filho pródigo não foi recebido de volta como um escravo, mas como filho. O pai corre ao seu encontro e o abraça e o beija. O pai manda lhe colocar vestes novas, sandálias nos pés e anel no dedo. O perdão é real e a restauração é completa. Para sermos reconciliados com Deus, três atitudes divinas foram tomadas: Primeiro, Deus não imputou a nós as nossas transgressões (2Co 5.19). Segundo, Deus colocou as nossas transgressões sobre Jesus (2Co 5.21a). Terceiro, Deus imputou a justiça de Cristo a nós (2Co 5.21). Estamos não apenas de volta ao lar, mas também perdoados e justificados.

Em terceiro lugar, é o amor que celebra a volta do pródigo ao lar. Deus não só perdoa e restaura, ele também festeja a volta do filho prodigo ao lar. Há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende. Houve festa, música e alegria na casa do Pai, porque o filho que estava perdido foi encontrado, o filho que estava morto, reviveu. Deus se alegra quando os pródigos voltam para casa. Deus celebra com entusiasmo quando os pecadores se arrependem. Os anjos de Deus comemoram a chegada dos pródigos ao lar paterno. Deus tem prazer na misericórdia. Ele se deleita na salvação dos perdidos. Oh, amor bendito! Oh, graça infinita! Oh, salvação gloriosa!